sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

É Tolo Prensarmos Que Apreendemos com o Passado!

 

                Como compreender o homem em metamorfose se insistimos em defender a tese que apreendemos com o passado, há vida presente e tão somente isso até porque não podemos evitar que nossas recordações sejam ficções criadas a cada momento sem nenhum compromisso com a verdade.

 

                Com o esforço investigativo feito pela humanidade já é de conhecimento de todos que ao olharmos para nossas sequências no tempo somos submetidos a poderosos e incontroláveis filtros, o que nos permite ver apenas o que é do interesse do homem atual com suas particularidades do momento.

 

                Gerações e gerações de mariposas morrem ao jogar-se contra a luz, assim como gerações e gerações de humanos se submetem a guerras suicidas em nome do exercício do poder sobre outros homens, sempre se considerando em estado de legitima defesa.

 

                Escravizarmo-nos as experiências do passado é negar o conceito definidor de ser humano, o livre arbítrio, já nos dizia Descartes que o importante, o que define ser humano, é decidir e comprometer-se com a opção e é isso que nos define como homens livres.

 

                Enquanto não rompermos com esta fabulosa máquina de moer carne humana, como lindamente nos mostra o filme The Wall, estaremos condenados a submissão e abrirmos mão de existirmos como seres humanos.

 

                O homem que deve existir dentro de nós é o poderoso ser livre capaz de manifestar sua plenitude no único momento que realmente existe que é o seu presente sem nenhuma norma que não seja sua consciência sobre si mesmo.

 

                Por certo devemos combater as cartilhas que humilham o homem ao ponto de torna-lo pensamento de terceiros, em contraponto devemos incentivar ao máximo que cada um crie seu caminho de descobrimento, perceba-se como pessoa que é da sua inserção comunitária com outros iguais.  

 

                Nossa vocação primeira é ser este homem liberto, comunitariamente colaborativo, capaz de achar seus próprios caminhos e assim realizar-se realizando a todos.       


domingo, 4 de outubro de 2020

O Foco em Inovação Testemunha Nosso Conservadorismo

 

                Nada mais conservador do que fazer o mesmo de uma maneira nova, colocamos todo nosso esforço hoje na inovação desistindo de obtermos quebra de paradigmas, estamos apenas aperfeiçoando para não mudar.

 

                Confesso ser um dos beneficiados deste processo, pois quase tudo hoje passa pela TI quando falamos de inovação, porém meu eu solidário rejeita o “Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais” como dizia o saudoso Belchior.   

 

                O que pretendo colocar é que investimos muito trabalho e esforço em aperfeiçoar o modelo que aí está, que por sinal tem se mostrado um grande fracasso em sua relação com a natureza e com a comunidade humana, desistindo de reescrevermos nossa história.

 

                Colocar tecnologia avançada em cima de nossos modelos equivocados de sociedade apenas ajudam a aumentar nosso insucesso, qual o avanço que podemos enxergar entre o primitivo bater na porta pessoal, o centro de chamadas telefônicas e o chatbots onde uma programação de computador substitui os primeiros? Nenhum apenas continuamos fazendo o mesmo com maximização dos lucros e depreciação do trabalho humano.

 

                Estamos em uma luta ferrenha, apoiada em grandes avanços tecnológicos, para mantermos e ampliarmos as desigualdades sociais dedicando enorme esforço para mantermos a falência social que hoje vivemos, infelizmente sem construções que permitam atingir um novo patamar de bem estar mundial.

 

                Tal qual um ciclone a vida moderna arrasa com tudo nos mantendo ocupados em seu interior a nos equilibrarmos na turbulência, sem tempo de refletirmos sobre os benefícios que o nosso trabalho possa trazer para a humanidade.

 

                Um basta a este processo necessita ser obtido e com urgência, precisamos colocar tecnologia a serviço do homem e da sua emancipação apoiando-o a ser colaborativo na comunidade e na natureza.

 

                Por óbvio isto só será obtido quando recuperarmos a individualidade crítica ao contrário do que ocorre hoje onde apostamos todas as fichas no aparelhamento do ser humano ao efeito manada.

 

                Romper com o conservadorismo deve ser nossa aposta.    

sábado, 3 de outubro de 2020

Cartas Extraviadas - Para o Eleitor.

 Em outubro, Porto Alegre 2020.

 

Caro Eleitor, tudo bem!

 

                Esperando que estejas bem, apesar deste momento de monumental descrença, preciso lhe confessar que muito mais do que ideológico o nosso voto deve ser certeiro em separar o trigo do joio, precisamos acertar em candidatos dispostos em prestar um serviço público e não em clãs patriarcais que transformam a vida pública em um negócio de família, vide a família miliciana mafiosa que chegou a presidência da república.   

 

                Nossos candidatos devem ser lutadores não contra a remuneração justa do estar a serviço da comunidade mas sim contra a verdadeira capitania que se tornou cada cargo público com inúmeros  penduricalhos em cargos e benesses que são usados para fortalecer os clãs patriarcais em sua sede de consumir o bem público em proveito próprio.

 

                Enquanto não construímos uma nova republica via reestruturação completa dos três poderes tornando-os novamente instrumentos de serviço a população brasileira, você e eu meu amigo eleitor temos o trabalho de pelo voto demolirmos estas maquinas de enriquecimento pessoal que aí se estabeleceram, votar em homens livres e quando eleitos fiscalizá-los e ajuda-los a manterem-se como tais.

 

                Nunca esquecendo da importância de contemplar com nosso voto a diversidade da matriz populacional brasileira, rompendo em definitivo o voto a cabresto que desde sempre desvirtua a nacionalidade elegendo uma elite privilegiada que o usa para explorar a nossa nação.

 

                Vamos nos ajudar, vamos conhecer nossos candidatos, vamos discutir suas alianças, vamos investigar quem os financia, vamos fugir do simples rótulo e buscar a essência de sua candidatura, sei que o momento é complicado mas temos que começar a dar um basta nesta máquina de exploração  do bem comum que se tornou a política nacional.

 

                Quando meu caro falamos em democracia temos que propiciar para que a mesma se realize de forma plena  e deve começar pelo nossos vereadores e prefeitos que estão mais próximos de nós e mais facilmente podemos os conhecer e fiscalizar, os três poderes estão falidos moralmente minados pelos interesses econômicos e temos que usar o nosso voto para reconstruí-los, assim me despeço desejando-lhe amigo um grande momento democrático com o nosso voto, um abraço.       

sábado, 26 de setembro de 2020

Cartas Extraviadas - Para o Crente.

 

Em setembro, Porto Alegre 2020.

 

Caro Crente, tudo bem!

 

                Sempre que conversamos, agora ao escrever-lhe, me vem à mente o grande desencontro entre o que vives e o que sustenta seu viver, não lhe parece difícil compactuar com um permanente amém a princípios ditados por outrem o que a mim nega na prática a religiosidade.

 

                Quando vejo conceitos que não passam pelo seu próprio filtro pessoal serem assumidos como dogmas me entristeço pelo que representa de diminuição da humanidade a falta de exercício de liberdade que nos dá o livre arbítrio.

 

                Sempre penso em espírito livre como maior testemunho de fé do homem por si mesmo, se não testemunhas sua humanidade serves contra a comunidade de seres humanos e ao combater a si mesmo estais a combater a todos.

 

                Nunca lhe contestei o direito de unir-se a outros na busca de trabalhar conceitos espirituais, mas lhe combato sempre o ato de aderir incondicionalmente a verdades proclamadas como ato de fé.

 

                O próprio conceito de fé é inumano porque lhe tira o direito de determinar-se em nome de uma submissão intelectual a um conceito, quando sempre o soubemos os conceitos redefinem-se nas sucessivas máscaras do tempo.

 

                Não tenho pretensão nenhuma de influenciar-te nestas linhas, apenas me permito e me obrigo a comunicar-lhe o que penso pois senão incorro em erro comigo mesmo ao sonegar-lhe o meu conceito sobre a crença e a postura do crente.

 

                Não podemos começar nosso caminho seguindo pegadas pré-traçadas na areia, pois caminhadas às cegas são de fato negação da vida e nada pode sustentar como humano tal procedimento, não somos rebanho para seguir uma ovelha mestre.  

 

                Mais tranquilo por ter lhe exprimido meu pensar lhe desejo tudo do melhor, um abraço.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Cartas Extraviadas - Para o Neoliberal.

 

Em setembro, Porto Alegre 2020.

 

Caro Neoliberal, tudo bem!

 

                Se lhe escrevo estas linhas é tão somente por acreditar na humanidade, tenho absoluta certeza que ela está presente em você, embora escondida em equivocadas convicções, o que por certo não lhe desmerece apesar de exigir uma reflexão crítica da qual me obrigo a não omitir-me.

 

                Sempre penso na questão das oportunidades, os fatos estão sempre a desmentir sua igualdade o que acredito não possas negar, não admitir que berço é um privilégio infelizmente é uma apropriação indevida de uma benesse que deveria ser de todos e como tal é um ilícito.

 

                Toda e qualquer herança de saúde física, intelectual bem como financeira, deves convir, tem origem em uma apropriação indébita do trabalho de outros no passado, apenas usufruí-la não é suficiente e não nos absolve, exige-nos colocar nossos privilégios na luta para restabelecer as condições de igualdade.

 

                Quando o vejo envolvido e defendendo projetos que ampliam a desigualdade social, aumentando em lugar de diminuir privilégios, não posso evitar de alertá-lo sobre o equívoco destas posições, são sempre contra o homem e contra a natureza.

 

               Sua defesa naturalmente injusta do conceito de mérito lhe remete para uma posição de escolhido, o que não tem amparo na realidade de uma comunidade de humanos, ou somos todos escolhidos ou não somos uma comunidade.

 

                Não me parece necessário elencar lhe uma lista de posições equivocadas que o vejo defender, pois todas são construídas em base ao mesmo alicerce a lei do direito à violência para sobrepor-se a outros, onde construímos inimigos e não parceiros de caminhada.

 

                As consequências deste comportamento criminoso estão escancaradas na sociedade hoje, uma miséria reservada a maior parte da população em benefício de uma minoria e a geométrica destruição do ecossistema planetário para ampliar estes imerecidos privilégios.

 

                Assim como na areia da praia as marcas de pés são belas independente do gênero, da raça, do tamanho, ou das posses de quem as imprimiu esta igualdade deveria ser pré-condição de todas as relações que temos na vida, afirmo que é por gostar de ti como ser humano que tenho que combater e desmontar estas suas ideias equivocadas sobre a humanidade, minhas sinceras saudações.  

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Cartas Extraviadas - Para o Companheiro.

 

Em setembro, Porto Alegre 2020.

 

Caro Companheiro, tudo bem!

 

                Na esperança de que tudo esteja bem contigo, apesar dos tempos difíceis que nos acolhem, conheço sua força e sei que como eu apostas continuamente no teu crescimento pois só assim podemos abraçar com força as lutas em que somos companheiros.

 

                Tenho refletido muito sobre esses tempos de desencontros e por isso lhe escrevo para partilhar contigo, embora admita que o preferiria em uma mesa de bar onde um pouco exaltados pelo teor alcoólico poderíamos virar de cabeça para baixo, juntos, o mundo.    

 

                Confesso que estou bem, até porque como você acredito que seja vida o arco-íris de situações que enfrentamos, só fazem reforçar nossas lutas, só fazem minar de esperança a construção do mundo mais humano e justo em que acreditamos.

 

                Bem o sabes que apesar de participarmos de lutas específicas diferentes nos apoiamos mutuamente em nossas particularidades pela consciência que temos de serem batalhas paralelas a comporem uma só guerra, guerra destinada a construir o fim das desigualdades sociais e uma sociedade de homens livres.

 

                Estas linhas tenho a convicção que me fortalecem pelo simples fato de ouvir no silêncio do meu espírito o eco personalizado que representa o teu pensar, todas as diferentes nuances que alimentamos em conjunto nada mais são do que um belo pensamento universal.

 

                O mundo melhor está sendo construído pela resistência que cresce em nós, sempre que se despem de suas máscaras os incapazes de amar, estes inseguros que necessitam de dogmas para se manter de pé, detentores e divulgadores do ódio como reflexo de seu fracasso como seres humanos.

 

                Desejo de força e felicidade para você é o que habita em mim quando penso na alegria em tê-lo como companheiro de lutas, um grande abraço para o amigo, estaremos sempre juntos. 

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Efêmero Sempre é o Destino do poder Ignorante-Incompetente.

 

                Estes brutamontes não nos assustam, já vivemos isto quando resistindo a ditadura militar os vimos desmancharem-se por incompetência intelectual, gerencial e moral, infelizmente o custo que tivemos para reerguer a nação destruída foi gigantesco.

 

                Também naquela época tivemos um bom número de adesões no início do projeto golpista, como sempre inocentes uteis trabalhados pela mídia, autoridades religiosas e políticos inescrupulosos para a causa, realizando como hoje, embora com menos recursos tecnológicos, ocultação da verdade e propagação da mentira.

 

                Além dos inocentes uteis sempre há um punhado de oportunistas que por seu despreparo encontram oportunidade única de pequena melhoria de vida em troca de sua postura de fidelidade canina, são pagos para dizer sempre sim.

 

                Em contrapartida, enfrentando a tentação do imediatismo, cresce a resistência fermentada por inevitável revelação da verdade escondida, verdade esta que no tempo revela o que no início o discurso esconde, a falsidade, a ignorância e sua fiel escudeira a incompetência.

 

                A história nos mostra isso e quando os fascistas não são despreparados, o que por sinal não é o caso brasileiro, acabam sucumbindo por sua tentação de serem hegemônicos no planeta e bem o sabermos não há força de armas suficiente para obter este intento.

 

                Nosso exército nascido e criado na submissão a interesses estrangeiros, quando não a serviço direto destes, no ócio conspira para vantagens em causa própria sempre em detrimento da população brasileira.

 

                Nossas violentas polícias militares, treinadas e dirigidas para manter a enorme desigualdade social a que somos submetidos confundem-se com o submundo do crime em um falso combate pela justiça.

 

                Os três poderes da nação como vemos todos os dias foram tomados por gangs organizadas que brigam entre si constantemente para obter o espólio de nossa pátria desmontada por golpes seriais planejados de fora objetivando nos manter colônia.

 

                E você se pergunta como posso ter esperança, lhe respondo a própria inaptidão demonstrada por quem aí esta para governar a nação deve fermentar o crescimento deste belo núcleo de resistência, até chegarmos a uma nova diretas já e desta vez não permitiremos que se escapem de julgamento todos os traidores da nação.   

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Triste Brasil! Como Estancar a Sangria da Nação.

                Os rastros de sangue da nação brasileira estão por todos os lados, para nossa tristeza aumentam a cada dia, se pensarmos que a tal nação do futuro a cada par de passos dados nesta sonhada direção é forçada a uma dezena no sentido contrário.

 

                Aparentemente pagamos o preço desta maravilhosa natureza a qual fomos contemplados despertando a cobiça dos poderosos do momento por tanta fartura e beleza, há estes exploradores da nossa riqueza natural lhes triplica a culpa por escravizarem nosso povo para consumação de seus crimes.

 

                Massacre de índios, de negros, de florestas e principalmente de libertários que aqui nascem são a característica marcante de nossa história e sempre executado por feitores locais á serviço de interesses estrangeiros, viramos o paraíso dos capitães de mato.

 

                Por isso necessitamos de policiais militares violentos e discriminatórios, de exército nacional treinado e submisso a interesses estrangeiros e de três poderes judiciário, legislativo e executivo corrompidos lavando suas mãos no suor e sangue do povo brasileiro.

 

                Se mata, se escraviza, se discrimina nesta terra maravilhosa sempre em nome da liberdade, da família, da pátria e de deus, sistematicamente negando o valor real destes conceitos como se pudessem justificar tanto banditismo exercido por suas elites, pior assim se faz desde o descobrimento até os dias atuais.

 

                Todas as vezes que tentamos sair deste ciclo sangrento e mal intencionado de brasileiros, se assim o podemos chamar, pobres de espírito humanitário a violência planejada lá fora é executada via esses lacaios locais.  

 

                O único caminho que vejo para estancar a sangria da nação brasileira é a luta no dia a dia para desmontar esta farsa, denunciar a inutilidade do exército, combater e exigir o fim das polícias militares, enfrentar todos os apoiadores comprados do clã político nacional.

 

                Romper os feudos existentes nos três poderes denunciando os comissionados de cada cargo que nada mais são do que instrumentos de aumento de ganhos em detrimento a funcionários concursados.

 

                Reencontrarmo-nos com a ideia de serviço público por parte de juízes, legisladores e executivos governamentais, eliminando as famílias patriarcais que transformam em modo de vida a exploração do erário público.

 

                Não podemos ceder nenhum espaço nesta luta contra qualquer manifestação de apoio a este tipo de projeto predatório, cada combate estabelecido  é a oportunidade de darmos um basta a esta destruição do país.     

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Competição e Consumismo Destruíram a Humanidade.

 

                Falar em valores humanos é desenhar uma ficção, não sobrou espaço na sociedade que aí está para comportamentos fraternos e colaborativos, reinventamo-nos como seres humanos transformados em gladiadores competindo violentamente para consumir a nós mesmos e a tudo que nos cerca.

 

                Não existe mais trigo para separar do joio, ruíram os alicerces da sociedade, todos temos justificativas em abundância para absolvendo-nos distribuirmos nossas culpas sobre todos os outros, virou apenas uma questão de ser descoberto ou não.

 

                Estão viciadas em seus princípios todas as organizações políticas, econômicas e sociais, as famílias, as escolas, as sociedades beneficentes, as empresas, os poderes instituídos, no conceito de sobrevivência onde não existem outras regras que não seja a de não sermos flagrados.

 

                Escondidos por silogismos que glorificam a meritocracia, criamos medidas de valor onde sempre os fins justificam os meios, ficamos especialistas em nos auto absolver, mais do que isso, nos vangloriamos de nossa esperteza na competição com o outro.

 

                Somos espectadores do nosso próprio teatro tragicômico, cômico pelo grotesco da lógica em que apoiamos nossas auto justificativas, trágico pela destruição que geramos de seres humanos e da natureza.

 

                É momento de darmos um basta a tudo isso, é inadmissível continuarmos mantendo a sociedade humana como se fosse um conjunto de animais famintos que se matam por causa de pedaços de comida que lhes caem ao seu alcance.

 

                Romper com isto significa minar as bases degradantes da desigualdade social, as pessoas têm o direito de ter parte justa da riqueza mundial em alimentação, moradia, saúde, educação e cultura que as desobrigue de fazer seu papel de gladiador no Coliseu planetário em que transformamos a terra.

 

                Tão somente partindo desta base justa conseguiremos ver novamente aflorar a alegria no trabalho colaborativo e fraternal de todos em prol da humanidade.   

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Tinha Esquecido de Lhe Contar!

                 Sim, tinha esquecido de lhe contar que estou chateado com esta sociedade do entretenimento que premia absurdos em lugar de valorar descobrimentos e não é por quem aplaude que me aborreço, mas por quem se deforma para obter palmas.

 

                Sim, tinha esquecido de lhe contar que não consigo encontrar alegria na exploração do ridículo que alguns tentam pregar em nome de conceitos, aos quais não tem direito de se apropriar, para um punhado de votos angariar.  

 

                Sim, tinha esquecido de lhe contar que não posso admitir a construção de casas grandes nos três poderes cada vez com mais coronéis e suas hierarquias de serviçais dedicados à do povo drenar recursos para seu gozo particular.

 

                Sim, tinha esquecido de lhe contar que me envergonho da elite hipócrita que usa a pátria e o país como justificativa para criar desigualdades desaguando rios de riqueza na mão de poucos em nome do país em detrimento da nação.

 

                Sim, tinha esquecido de lhe contar que me entristece esta constelação de exploradores do nome de deus em vão, transformando fiéis em crentes para deles extrair parte do trabalho pessoal de cada um em benefício próprio para exercer poder, riqueza e prazer.  

 

                Sim, tinha esquecido de lhe contar que me perturba está violência patrocinada por polícia militar, exército e milícias particulares destinada a concentrar renda e ao povo escravizar.

 

                Sim, tinha esquecido de lhe contar que me assusta a tecnologia de manipulação tecida pela grande imprensa e redes sociais para em suas teias o povo imobilizar, em troca de trinta dinheiros desinformam para lucrar.   

 

                Sim, tinha esquecido de lhe contar que me revolta a destruição da mãe terra por inconsequentes que a exploram para guardar riquezas impossíveis de serem usufruídas pelos mesmos com o custo de condenarem gerações futuras ao extermínio.  

 

                Sim, tinha esquecido de lhe contar que persevero a tudo isso condenar acreditando que nós humanos podemos construir uma sociedade fraterna, justa e colaborativa.

Mecanismos de Defesa Desarmam a Razão.

 

                Além da genética carregamos de nossos antepassados a moral, ambas são construídas por mecanismos de defesa durante a jornada da humanidade na busca de sobrevivência da espécie, sendo a segunda por si própria antagônica a consciência individual portanto deve ser continuadamente revisada por cada um de nós.

 

                Como se não bastasse virmos ao mundo com esta carga contra o livre arbítrio as organizações que nos amparam até a fase adulta, família, igreja e escola são militantes autoritários da causa, isto é, normalmente são hierarquizadas e encarregam-se de muitas maneiras de nos colocar nos trilhos pré-definidos.

 

                A rebelião natural do ser humano que se constrói enfrentando a camisa de força que insistem em nos vestir, define quem seremos em nossa vida adulta e por infelicidade da sociedade tem resultado em uma maioria sem senso crítico dobrada por estas ditas verdades universais.

 

                Nos tiram a vocação natural de descobridores e a substituem pela artificial de passivos seguidores, o que resulta no que aí vemos um processo suicida da raça humana onde em efeito manada destruímos a tudo que nos cerca a começar por nós mesmos.

 

                Estancar este processo exige uma revolução completa no sistema educacional, só um ser humano livre pode construir a organização social fraterna colaborativa que pode nos alçar a uma alta qualidade de vida tanto física como espiritual.

 

                Como ajudarmos a cada um desde antes do nascimento até a sua morte, a esculpir-se como homem livre, é o grande desafio que os novos tempos exigem da humanidade se esta deseja crescer em harmonia e por certo temos bagagem em quantidade suficiente para o fazermos, só nos falta a decisão política.

 

                Como as muralhas que defendem um castelo e precisam ser derrubadas para que o possamos penetrar, assim temos que combater todo autoritarismo no sistema educacional participando ao máximo do seu dia a dia e exigindo que faça seu único trabalho que é permitir que os humanos descubram-se como capazes de pensar.

 

                Nossa vocação política deve ser exercida em todas as causas contra a desigualdade e a favor da justiça social, mas não pode abrir mão de priorizar um novo sistema educacional inclusivo com qualidade capaz de possibilitar o nascimento de seres humanos livres.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Liberdade Religiosa & Libertinagem Religiosa.

                 A religião acompanha os seres humanos desde os primórdios de sua construção social, sempre funcionou como agente moderador e aconselhador do povo, bem como do poder e em todas as vezes que substituiu este papel por assumir o poder causou desastres lamentados até hoje pela humanidade.

 

                O respeito a liberdade religiosa é um direito constitucional em um país leigo como o nosso com profundas tradições religiosas e assim deve ser visto e respeitado inclusive na sua diversidade, o que abrange agnósticos e ateus, como separar o trigo do joio, entre a liberdade e a exploração da religiosidade é a grande questão.

 

                Nada justifica projetos econômicos e políticos executados por religiões, isto caracteriza desvio de função e como tal deve ser combatido, de fato é um abuso contra os fiéis e os leva a decidir via filtros indevidos de consciência descaracterizando a liberdade individual.

 

                Mais do que brigarem por fiéis as religiões mantém um corporativismo onde absolvem projetos pseudo-religiosos em nome de manterem privilégios que a todas beneficiam, é injustificável terem quaisquer benefícios pois representam uma associação de seres humanos como qualquer outra.

 

                Transparência econômica, imparcialidade política e espírito comunitário deveriam ser seu principal norte, infelizmente o que vemos são construções paternalistas hierarquizadas sempre dispostas a alianças com a estrutura de poder estabelecida na sociedade.

 

                Se dão conforto espiritual por um lado, o que é meritório, em contrapartida acabam abraçadas há interesses mesquinhos comprometidos com a discriminação e injustiça social causando grandes males a sociedade como um todo.

 

                Existe sim espaço para todas as manifestações religiosas, mas como a mulher de Cezar não basta apenas serem honestas tem que parecer honesta, todos os seus atos deveriam estar em uma vitrine e não na caixa preta que hoje administram.

 

                Talvez seja muito otimismo que esta transparência parta das próprias organizações religiosas, que seria o ideal, então que se crie mecanismos eficazes de controle e fiscalização a fim de merecerem a auto caracterização de beneméritas.

domingo, 23 de agosto de 2020

Inumano é Receitar e Aceitar o Ritual de Sacrifício.

                 Não há diferença entre quem receita e quem aceita, são assassinos iguais sempre que recomendam as diferentes mortes de seres humanos em nome de seus egoísmos, mesmo que os apelidem como sacrifícios para deus, família, pátria ou propriedade.

 

                De fato, deveriam enfrentar suas matanças por fome, por insuficiente saúde pública, por deliberado deficiente acesso ao conhecimento, por segurança pública de extermínio discriminatório, como atos de vontade pessoal, covardes, porém escondem seus crimes em nome de conceitos abstratos que os absolveriam.

 

                Não temos nenhuma justificativa, por ser injusto e egoísta, para causar qualquer prejuízo a outrem, qualquer conceito ou instituição que o tente explicar é por si só transgressora dos valores humanos e como tal deve ser penalizada e extinta para o bem da humanidade.

 

                Errar e acertar é a própria definição de ser humano, sempre que o pensemos como um indivíduo exercendo seu livre arbítrio, agora esconder-se debaixo de conceitos para explorarmos a maioria em nome de nossos interesses pessoais é um crime lesa humanidade.

 

                Sempre que nos organizamos como hierarquias que necessitam de ombros onde apoiar nossos pés estamos construindo modelos de injustiça, pois negamos o direito de realizar-se como pessoa quem esteja em qualquer uma das camadas que não seja o topo da pirâmide.

 

                Quando dizes que é em nome da família, da pátria ou de deus que fazes suas escolhas na verdade estais a assumir uma confissão de culpa, não exerces teu livre arbítrio e te absolves por estar a serviço destes conceitos e bem o sabes que os estais usando para tirar vantagens desonestas de quem deveria ser seu igual.

 

                Por obvio que quem usa estes recursos conceituais para convencer-te a aderir a um conjunto de injustiças para com o outro tem a mesma culpa, agravada pela quantidade de benefícios pessoais que adquire ao cumular-se com partes do expropriado individualmente por cada um dos seguidores.       

 

                Não existe nada que possa justificar prejudicar deliberadamente outros seres humanos não é nossa vocação competir, mas sim colaborar.

sábado, 22 de agosto de 2020

Noite o Crepitar do Fogo Cercado de Humanos.

                 Nossa memória, que como sabemos sempre rouba no jogo, seletiva como o é, separa os melhores e piores momentos com os bons propósitos de nos proteger, quem dentre nós não tem no entorno da fogueira alguns de seus mais alegres momentos, talvez esta seja a melhor imagem de uma comunidade igualitária.  

 

                Do fogo emana uma mistura de ruídos e sombras que se espalham acompanhados pelo calor nas mentes fantasiosas de cada um dos que o circundam, a luz que dele emana contrasta com a escuridão mechada pelas tênues luzes dos astros celestes, deste ambiente polarizado nascem as alegrias, os medos e os prazeres.

 

                Equidistantes do centro recebemos de modo igualitário as benesses do fogo estabelecendo uma cadeia de afeto no perímetro do círculo, onde mantemos nossa individualidade exercendo plenamente nossa vocação comunitária.

 

                A força do todo sobrepõe-se as fraquezas e fortalezas de cada um, cria-se um clima para confidências, para desafios, para a arte de contar histórias, crescem as fantasias de cada um, distribuem-se melhor os sentimentos e por certo crescemos juntos derrubando desafetos construindo pontes entre nós.

 

                Lembrei-me disto ao pensar na sociedade humana que gostaria ver construir-se, algo assim como um momento de fogueira, onde pudéssemos usar menos subterfúgios, onde tivéssemos as mesmas benesses, cada um equidistante do centro, onde a soma dos talentos formasse um conjunto harmonioso.

 

                Nosso trabalho é apenas manter o fogo acesso, cada pedaço de galho que jogamos na fogueira distribui calor para todos, e a necessidade de fazê-lo está presente em cada um sem que ninguém necessite ordenar, que é como sabemos inato ao ser humano.

 

                Nossa arte é apenas contar as histórias que o próprio ambiente e a força do círculo comunitário fazem nascer e crescer dentro de nós, não há roteiros pré-definidos, não há regras apenas a vontade de espalhar o momento de nosso pensamento para todos.

 

                Não há prêmios, a não ser o de sentirmo-nos únicos, mas parte de um todo irmanado, não julgamos as histórias que ouvimos apenas nos instigamos a contar a nossa, vivemos uma provocação positiva de criatividade.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Evoluímos, Qual a Diferença entre um Faraó e um Magnata Moderno.

             O mesmo ingrediente é protagonista na receita usada pelo faraó para construir uma pirâmide que garante sua imortalidade do que manipulado pelo magnata moderno na montagem do império monetário, o trabalho escravo de muitos seres humanos.

 

Os faraós utilizavam seus exércitos para escravizar e manter milhares de pessoas trabalhando para seus interesses particulares com a utilização direta da força bruta, o escravo obedece sob a ameaça de morte do chicote e das armas que os exércitos dos faraós possuíam.

 

As mudanças só aconteceram com os donos do poder, depois dos faraós, os imperadores romanos na continuação os senhores feudais, em sequência os reis e nos novos tempos os governos modernos, nesta linha do tempo foram construídos mecanismos de justificativa “moral” via direito, medicina, religião que apenas escondem quem os garantem no poder dos seus exércitos.

 

 O foco é sempre o mesmo via violência determinar o esforço da maioria em favor da minoria, se nos tempos primitivos era garantido toda a parte nobre do tempo do explorado simplesmente pela força física hoje sofisticamos os mecanismos via ameaça constante de exclusão social respaldada por legislação, mecanismos de controle social e polícia.

 

Desde sempre tivemos uma elite religiosa, política e militar garantindo a existência dos governos e sua exploração da maioria da população para acumulação de riquezas nas mãos de poucos do próprio governo e esta elite que lhe dá sustentabilidade.

 

Os novos tempos nos trazem uma pequena mudança neste projeto, os governos suas forças militares e religiosas passaram a ser assalariados da elite que os sustenta, seu trabalho é garantir via mecanismos modernos o trabalho escravo da maioria, temos aí uma dúzia de famílias a coordenar países e povos em um processo de acumulação nunca visto pela humanidade.

 

Em síntese não evoluímos, apenas sofisticamos os mecanismos de termos muitíssimos seres humanos trabalhando para poucos e como vemos no dia a dia utilizando o mecanismo de sempre o extermínio de outros seres humanos sempre que ameacem seu poder de acumulação.    

 

O que nos oxigena de esperança é que hoje a própria natureza se rebelou contra este processo desenfreado de acumulação consumista inspirando o ser humano a seguir sua rebeldia nem que seja tão somente para garantir sua sobrevivência como comunidade humana.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Ser Visível é a Prioridade em Tempos de Clique.

                 As máscaras, sim porque são várias sobrepostas, são construídas com o cuidado de corresponderem a um alvo pré-determinado da sociedade, não estamos em tempos de expor conteúdo ou verdades pessoais, hoje nos obrigamos a corresponder a um grupo de preferência envolvido em uma polêmica.

 

                Carentes de honestas relações pessoais, solitários na multidão, compensamos com o som de palmas e vaias nas impessoais redes sociais nosso despreparo para lidarmos conosco mesmos e com nossa vocação lançada na direção do outro, nosso semelhante.

 

                Deixamos de ser os roteiristas de nossas vidas para conduzirmos nossos caminhos pelo ruído de pretensas pesquisas de opinião em uma sociedade de alta tecnologia dedicada a trabalhar em cada um de nós o desejo e assim exercer o poder de manipulação.

 

                A tristeza e a alegria, o amor e o ódio, bem como a indignação deixaram de ser sentimentos transformando-se em conteúdos racionais dedicados a corresponder a construções teóricas de pensamento cada vez mais construídas por terceiros.

 

                Como tão em moda nestes tempos pós modernos terceirizamos a condução de nosso viver, preferencialmente nos mantendo tão ocupados em fazer desnecessidades com o intuito de fugirmos em permanência do encontro conosco mesmos.

 

                Quem decretou que pode ser feliz o humano que substitui aceitar a si mesmo por ser aceito por um grupo só pode estar comprometido com um jogo de poder, e assim sendo trabalhando interesses pessoais e nunca da humanidade.

 

                A manipulação do desejo tem a força de despersonalizar o ser humano que abandona suas necessidades naturais para lançar-se atrás de alucinações sucessivas onde a frustação do alvo alcançado alimenta o novo a ser buscado e assim sendo não mais vivemos mas corremos atrás do que nos dizem ser o viver.   

 

                Parece confortável acreditarmos que exista um caminho que possa servir a todos, mas isso seria reduzirmo-nos a seres programáveis por terceiros e nos tiraria o que nos distingue a capacidade de decidir, os vários tons de prazer que cada decisão nos traz é o que nos torna plenos.             

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Basta! Não Somos Propriedade de Quinze Porcento.

                O Brasil deve reescrever-se com a força do povo brasileiro, os modelos de bem estar que nos apresenta o mundo desenvolvido tem a hedionda herança de ser construído sob a exploração colonialista de nossas riquezas naturais e a parcial senão total escravidão da população brasileira.

 

                Quando olhamos o topo da pirâmide, este quinze porcento que a compõe, vemos em sua maioria uma nação onde um pouco de dignidade é por si só considerado privilégio, poder alimentar, vestir e educar a família sempre com preocupações financeiras virou distinção social.

 

                Não existe nenhuma compatibilidade entre a riqueza intelectual da população, a pujante natureza e o padrão de vida da população brasileira, devemos e devemos muito aos oitenta e cinco por cento que compõe a base da pirâmide.

 

                Infelizmente a parte mais alta da pirâmide mancomunada com os interesses internacionais colonialistas, quem diria em pleno século XXI continuarmos colônia, insiste em degradar o trabalhador brasileiro com condições aviltantes para o seu labor agregando a isso uma vocação mentirosa de fornecedor de commodities.

 

                Um país a parte, nossa burocracia estabelecida nos três poderes mais a família militar, construídos por agrupamentos familiares ao modelo dos antigos coronéis, cumpre o papel ridículo de feitores do imperialismo em troca das migalhas que sobram da espoliação da nação brasileira.

 

                Romper este ciclo, reescrevendo nossas estruturas políticas, econômicas e sociais, é o único caminho a evitar sermos condenados a exclusão permanente da sociedade de bem estar social que a humanidade está prestes a realizar.

 

                Necessitamos ao contrário do proposto pelos mercenários do capitalismo mundial construir um estado forte capaz de dar a cada habitante da nossa nação sua parte na riqueza nacional, um grande esforço em prol da boa alimentação, da qualificada educação, da segura moradia e da preventiva saúde.

 

                Sim um estado forte que construa a infraestrutura necessária para uma vida autossustentável onde brasileiros possam viver em harmonia como nação entre si e com a nossa exuberante natureza.


sábado, 20 de junho de 2020

O Fim do CIEP Condenou Mais uma Geração a Escravidão.

                Um projeto mais do que educacional era o prenuncio do nascedouro de uma geração de homens livres, onde cada CIEP formaria uma comunidade de saúde, educação e cidadania base para o crescimento sólido do povo brasileiro (Darcy Ribeiro) como nação soberana.

 

                A finalidade básica era educação integral, alimentação, saúde, lazer para a formação de um individuo inteiro capaz de viver desde o início sua condição de cidadão, rompendo com as algemas da desigualdade que são a marca de nosso modelo de sociedade.

 

                Importante ressaltar que estava nas previsões do projeto o envolvimento da comunidade local com a participação dos pais e vizinhos da comunidade em ações sociais na área educacional, profissional e de saúde pública, na prática um movimento comunitário de ascensão social.   

 

                Temos testemunho local na terra gaúcha onde nos tempos do Brizola com suas três mil escolas espalhadas por todo o interior do estado, projeto muito mais modesto por certo, espalhou pelo Brasil uma geração de bem preparados cidadãos.

 

                Este tipo de iniciativa é sempre bloqueado por quem tem interesse em evitar a ascensão econômico/social  do povo brasileiro, são os que para manterem seus privilégios usam e abusam da falsa meritocracia construída sobre a injusta exclusão da maioria da população dos instrumentos de formação individual, condenando-os a serem apenas mão de obra barata a ser explorada.  

 

                Todas as caridades que vemos por aí se destinam a manter nosso status internacional de colônia criando uma população incapaz de resistir a espoliação dos interesses estrangeiros, sendo gerenciada por falsos patriotas á serviço destes.

 

                Esta opção pela ignorância só pode resultar na necessidade de forte aparato policial militar destinado a manter a ordem entre os oprimidos, por ser um processo autoritário por excelência, e com isso criar um novo tipo de coronel, os chefes milicianos hoje espalhados por todo o Brasil e infiltrados em todas as instâncias de poder.

 

                Na outra vertente temos como consequência colocarem a população nas mãos de falsos líderes religiosos que além de enriquecerem com o temor a um deus desumano encontraram oportunidade de também assumirem o poder temporal.

 

Precisamos com urgência ressuscitar projetos de educação voltados a construção integral do homem com poder de atrair a comunidade para participar e liderar a tão sonhada redenção social do povo brasileiro.


quinta-feira, 18 de junho de 2020

Não está na Hora de Abrir o Jogo e Escancarar a Verdade?

                Vitimar-se como perseguido político é uma enorme desonestidade deste que está presidente do Brasil, na verdade todos sabemos que nunca foi um político, sempre foi um chefe mafioso ligado a milícia, especializado em esvaziar cofres públicos, por isso a inexistência de projetos que não sejam em honra e interesse da parte podre da polícia militar.

 

                  Seu clã mafioso já tinha umas duas dezenas de integrantes bem postados em cargos legislativos conduzidos para lá pelas ligações com a milícia, como é de conhecimento público a milícia funciona como um curral de votos ao estilo do velho coronelismo, pela força bruta.

 

                Este pequeno núcleo, economicamente não é tão insignificante assim trata-se da gestão de 250 mil por posto, com 20 postos estamos falamos em 5 milhões mensais, parte investido em negócios em parceria com a milícia, parte distribuídos entre os assessores e parte destinado ao património familiar, é o que nos mostra os diversos vazamentos de investigações e noticiários da mídia.

 

                Tudo ia muito bem, construindo seu patrimônio ampliando os espaços públicos onde buscar dinheiro, mas como todo mundo sabe a tentação de um grande golpe sempre é uma utopia presente em todas as gangs e quando apareceu a oportunidade a agarraram com as duas mãos.

 

                Como também é de conhecimento público o general Eduardo Villas Bôas á partir de 2011 passou a liberar palestras anuais para os militares do Bolsonaro, se dá para chamar de palestras um conjunto de chavões metidos a patriotismo, em um movimento de politização do exército brasileiro.

 

                Por outro lado, o fundamentalismo religioso decidiu-se por assumir postos na imprensa e na política nacional com intuito de consolidar suas receitas, na imprensa o dinheiro resolveu, comprou horas e meios de comunicação disponíveis no mercado, na política mais fácil ainda é só usar o temor a deus como curral de votos.

 

                Por seu lado a quadrilha estava bem organizada e coesa, pois tinha quadros na própria família disponíveis, um filho cuidava bem da parte financeira o Flavio, outro cuidava a violência o Eduardo e um terceiro com a questão tecnológica/ideológica o Carlos porque existe um bom dinheiro financiando o obscurantismo fascista.

 

                Sob patrocínio americano os militares e os fundamentalistas religiosos logo apoiados pelo empresariado opotunista colocaram no colo de Bolsonaro a possibilidade de dar o grande passo, o que não foi difícil pela destruição que causaram ao país á partir de 2015 quando o deixaram a nação aleijada política, econômica e socialmente em nome de interromper a sequência de governos um pouco mais a esquerda.

 

                Precisamos estar muito atentos neste momento, não é suficiente colocar os bandidos na cadeia é necessário reconstruir a nação politicamente, socialmente e economicamente com os princípios de uma democracia de bem estar social.    


terça-feira, 16 de junho de 2020

Assustador, os Manipuladores do Marionete Bolsonaro não são vistos.

                O boneco Bolsonaro responde pronto a cada puxão das cordas, levanta o braço brinca de arma contra inimigos imaginários, desloca o maxilar para emitir sons desconexos de lógica e bom senso, cria a cizânia com a negação quixotesca da verdade e é assim que seus mentores reescrevem o Brasil colônia.

 

                Podemos não ver as mãos que o manipulam afinal estão fora da janela do palco, mas não podemos aceitar que não entendam que as estas existam, não há teatro de marionetes sem mãos hábeis a manobrar os bonecos.

 

                O show vamos admitir é bem montado, no seu afã de fazer rir o mundo tem muitos personagens, cada qual mais fora do tempo, um monte de milicos ressentidos dobrando soldo com dinheiro público, um punhado de representantes de uma fé mesquinha baseada no tomar as custas do medo do povo, um time de ridículos bufões experimentando ganhar dinheiro público para demonstrar sua ignorância.

 

                Mas não vamos esquecer que no entorno, nunca no palco, em meio ao público, tem os batedores da carteira do povo brasileiro distraído pela folclórica apresentação, muito contribui para esta distração a grande imprensa focada no show e não na destruição da soberania nacional que o time dos bastidores realiza.

 

                Por que me assusto? Porque é tão óbvio o golpe contra o estado de direito como o feito com os tanques na rua em 64, apenas não temos os tanques pois os tempos são outros e fica desagradável hoje esta violência explicita, temos outra tecnologia outros métodos tão eficazes como a violência bruta, nem por isso deixa de ser violência.

 

                A obviedade só não é vista por quem não quer vê-la, o atual presidente nunca teve qualquer tipo de liderança de coisa nenhuma, nem nas falcatruas coordenava apenas usufruía da sua parte, representando os interesses da milícia, parte podre da segurança pública, elegeu sua trupe utilizando os curais eleitorais desta milícia montando um grande grupo de espoliação dos cofres públicos com a utilização de inúmeros funcionários fantasmas que a legislação permite.

 

                Os interesses americanos com seus capachos brasileiros instalados no exército encontraram aí a oportunidade de golpear a nação brasileira, mantendo-a colônia como sempre o desejaram, pois o caos que hoje aqui instalaram com os três poderes dominados tão somente a estes serve, assim continuam de posse das riquezas nacionais e mantém o povo brasileiro escravizado sem direitos.     

 

Precisamos com urgência olhar o que está por trás de todo este circo armado para combatermos os verdadeiros inimigos e não estes atores de quinta categoria que aí estão assentados nos três poderes a consumir as migalhas da mesa do grande banquete dos interesses estrangeiros compulsoriamente pago pelo povo brasileiro.               


domingo, 14 de junho de 2020

Inseguros e Fracos Neonazistas Agarram-se em Falsas Verdades.

                O medo de enfrentar seus demônios internos, sua incapacidade de viver o conhecimento de si mesmo, conduz os neofascistas a esbravejar violência contra tudo que é humano assim se penitenciando contra o ódio que tem de si próprios.   

 

                É uma característica fascista a covardia de assumir sua individualidade, protegem-se apoiados no que chamam de tradição que nada mais é do que um conjunto de pratos feitos aos quais se submetem pelo medo de criarem.

 

                Tanto não se assumem que lhes falta coragem de andar de peito aberto, estão sempre em pequenas gangs paramentados de instrumentos que pensam possa lhes dar a força que eles como indivíduos sabem que não tem.

 

                Sua falta de humanidade é tão gritante que necessitam fabricar super-homens aos quais lhes entregam obediência absoluta, libertando-se assim do fardo de serem livres podem funcionar como marionetes imunes a tentação do bem e do mal.

 

                Apoiam-se sempre em conceitos vazios, apenas palavras de ordem de uso universal que dispensam explicação, sua incapacidade de refletir sobre um pensamento olhando sua diversidade os torna refém de dogmas aos quais se submetem.

 

                O espelho os assusta, principalmente a visão do outro que em suas diferenças o incita a ver-se e a entender-se, deste medo nasce a insegurança e a crença cega que deve combater o diferente.

 

                São sim mortos vivos, incapazes de errar ou acertar, obedientes julgam-se destinados a guerrear, isentando-se de culpa ou glória, imolam-se ao sacrifício de uma existência sem finalidade própria destinada apenas ao ódio e a violência ao outro.

 

                Seu desserviço é terrível ao conjunto dos seres humanos, sempre estão a serviço de quem possa acumular posses por exploração do homem pelo homem, gerando com isso mais desigualdade e competição.

 

                É dever nosso combater o fascismo em todas as suas frentes como única maneira de avançarmos para uma sociedade colaborativa, justa e igualitária.   


sexta-feira, 12 de junho de 2020

Não Aceito que Transformem a Você e a Mim em Idiotas.

                Podia sim ficar quieto no meu canto, podia sim ficar buscando meu livre arbítrio na vivência da minha intimidade, mas exatamente esta minha última reflexão é que me lembra a vocação humana para o outro e nenhum de nós merece este chamado a anulação de nós mesmos que nos é proposto nestes novos muito velhos tempos.

 

                Em nome de uma crendice em nome de uma tradição querem nos idiotizar como se o ser humano pudesse ser barro moldado em ignorância, não fomos feitos para obedecer não fomos feitos para sermos mortos vivos reprodutores de frases feitas.

 

                Quando nos falam em ordem respondemos vida, quando nos falam em progresso respondemos justiça, quando nos falam em normas respondemos bem estar humano, somos em essência a capacidade de decidir momento a momento o que é o melhor para nós como pessoa e sociedade humana.

 

                Estão nos enterrando vivos com sua conclamação a ritos já vividos que só podem existir como farsa como negação á vida, os homens livres sempre caminharão juntos a combater todas as correntes da submissão.

 

                Em nenhum momento podemos admitir qualquer culto a personalidade, como qualquer humano todos erramos e acertamos, tanto no erro como no acerto a nossa verdade é o que se manifesta, estaremos constantemente convergindo ou divergindo no campo das ideias e nunca seguindo qualquer receituário porque este sempre nos diminui.  

 

                Não aceitamos a canga do crente pois não nenhum pastor pode receitar a nossa vida, seu papel único é de nos ajudar a nos libertar dele conduzindo nossos caminhos de acordo com nossa livre consciência.

 

                Não aceitamos a prepotência dos fascistas agarrados na construção doentia de submissão o que só expõe sua fraqueza e covardia, sua falta de confiança em si mesmos os faz agarrar-se a frases feitas e querem impô-las á nos pela sua incapacidade de decidir por si próprios.

 

                Não aceitarei nunca robotizar minha vida e nem que o façam com a sua, por isso grito todo dia para levarmos nossa liberdade as últimas consequências que é vivermos de acordo tão somente com as normas que estabelecemos momento a momento para nós mesmos, definitivamente não aceitamos ser idiotas.            


terça-feira, 9 de junho de 2020

Vocacionado para a Vida, porque me Matam todo o Dia!

                Perplexo, é como me sinto, nesta roda viva de mortes as quais me condenam os que deveriam ser meus iguais, me matam por asfixia de um joelho policial, me matam com um tiro em uma batida policial, me matam quando inconsequentes me deixam, menino, cair de um prédio de muitos andares, mas principalmente me matam a cada comentário destinado a justificar meus assassinos.

 

                Se lhes lembro destas minhas mortes é por saber que somos muitos a morrer nestes dias insanos do século XXI, logo nós humanidade que em nossa finitude temos apreendido a valorizar a vida como nosso bem mais intenso e precioso, nos defrontamos com a contracultura de humanos que tem como mais alto valor reverenciar a morte.

 

                Não seria um conjunto de preces para a deusa morte a defesa intransigente da desigualdade social, desigualdade que hora a hora tortura indefesos seres humanos com a fome, com a falta de habitação, negando-lhes saúde e educação e acima de tudo roubando-lhes o direito a dignidade.

 

                Agridem o outro em nome de uma propriedade da qual o único direito que possuem é a indevida usurpação e destroem vidas em nome desta farsa, como não ter minha vida solidária destruída junto a dos irmãos espoliados, como aceitar que um humano se ajoelhe perante a matéria sacrificando homens no interesse desta.

 

                Nomeiam-se como superiores por raça, por gênero, por sexo e por privilégios resultantes de gerações de violência, acumulam armas, acumulam ódios, acumulam desprezo e de posse destes malditos guardados distribuem morte injustamente amparados por legislações construídas contra o ser humano.

 

                Inventam deuses autoritários, egoístas, despóticos e vingativos como justificativa para alimentar suas necessidades deformadas, justificando sacrifícios humanos em nome de suas particulares verdades, no altar do sacrifício o que percebemos é apenas sua incapacidade de aceitar a sua vocação em direção ao outro que nos define,  assassinados percebemos que há muito são eles que já estão mortos como seres humanos.

 

                Nossas mortes nos tornam mais fortes, ressuscitamos sempre mais humanos, mais solidários e mais colaborativos no rumo da construção de uma sociedade de homens livres o destino utópico que nos é reservado.  


domingo, 17 de maio de 2020

Maio 2020, Brasil! Não Aceito ser Ofendido me Chamando de Patriota.


                Amigo não vou aceitar que ao chamar-me de patriota me mistures com este pessoal, militares que vendem a soberania nacional por duplicação ou triplicação de soldo, famílias milicianas fascistas escravizando a população brasileira e um punhado de desmiolados pedindo a liberdade da ditadura, use o termo que quiseres mas não este, patriota, pois este hoje está a serviço de interesses que nada tem a ver com nossa pátria.

                Como entender um patriota que se acolhe em bandeira estrangeira, americana ou israelense ou qualquer outra que seja, orgulhoso prestando-lhe continência, que submisso reproduz o discurso, que até poderia ser adequado para eles, como sendo vital para nós, que tudo faz para transformar nossas leis ás mais adequada ao seus senhores não brasileiros.

                Como entender um pessoal, que se dizendo patriota, destrói nosso mercado interno, nossa área de comercio e serviços, por consequência nossa indústria, para beneficiar o que eles chamam nossa vocação exportar matéria prima bruta, como se os brasileiros fossem incapazes de beneficiá-la e agregar valor.

                Como entender o patriota que legisla sempre em favor do negócio financeiro, logo este que não produz nada além de juros, que não gera empregos e que principalmente é um negócio globalizado sem pátria.

                Como entender o autointitulado patriota que não respeita a capacidade de organização e de trabalho do povo brasileiro perseguindo em todos os seus direitos o trabalhador brasileiro e o funcionalismo público nacional em nome de grupos familiares de exploração continuada do erário nacional.

                Como entender um governo civil, lotado de patriotas militares correndo atrás de agregar valores aos seus soldos e jurar fidelidade, não a bandeira, mas sim a um personagem violento, agressivo, despreparado e desumano, ocupando funções para as quais nunca foram preparados e usurpando esta oportunidade da população civil, população esta, que não tem como eles o soldo assegurado até para filhos.

                Como posso entender um patriota que nega investimento para o crescimento da cultura e da ciência sempre em nome de interesses estrangeiros, que de posse destes aumentarão dia a dia a subjugação do povo brasileiro a interesses que não os nossos, por despreparo forçado da nossa população.

Se ser patriota é aumentar a desigualdade social, amparar os amigos e tão somente os amigos, colocar interesses familiares acima, muito acima dos interesses da nação, por favor nunca me ofendas me chamando de patriota.


segunda-feira, 11 de maio de 2020

Bárbaros Vendem a Pátria Abortando a Nação Brasileira.

                A pouco mais de setenta anos atrás vivemos talvez o momento mais próximo do nascimento da Nação (comunidade estável historicamente constituída por vontade própria) Brasileira, desde então bárbaros como os que hoje nos governam sistematicamente apropriam-se da Pátria (pais onde nascemos ou adotamos como cidadãos) vendendo-a interesses estrangeiros à revelia do Povo Brasileiro.   

                Era tempo das reformas de base montava-se a infraestrutura necessária para garantir nossa soberania e libertar definitivamente nosso povo do colonialismo, finalmente poderíamos estabelecermo-nos como nação apoiados na riqueza do povo brasileiro e na exuberante natureza que aqui dispomos.

                Em troca dos míseros trinta dinheiros de sempre que competem historicamente a traição, os bárbaros do exército e da elite predatória, sócios naturais, abortaram o nascimento desta nação em nome de nos manter colônia, pouco mais de vinte anos foi o que precisaram para completar o saque e devolver o país quebrado.

                Todo este tempo brotava novamente n’alma brasileira seu sonho de nação soberana, apesar de toda repressão chegamos as “diretas já” e recomeçamos a caminhar na direção de recuperar o tempo perdido, voltamos a ter orgulho de nossa gente, recuperamos a estima e o respeito internacional nos estabelecendo como uma terceira via, melhoramos todos os índices de bem estar.

                Mas não combatemos os bárbaros, os deixamos soltos a conspirar, permitimos o beijo do Judas na nossa sala de estar, não separamos o trigo do joio no nosso campo, e novamente nos venderam agora não mais golpeados por tanques e sim por mecanismos sofisticados do mundo globalizado e cá estamos cada vez mais colônia menos nação.

                O povo brasileiro que já sentiu o gosto de ser dono de si mesmo saberá encontrar seu caminho, por certo agora mais prevenido, mais atento a barbárie e seus interesses escusos, livrar-se-á em definitivo deste mentiroso destino de ser colônia estabelecendo uma nação livre e soberana.

                Mesmo com a destruição acelerada de nossas riquezas sociais e econômicas que estão realizando saberemos retomar o controle e reerguer este país ao seu destino de pujança e liderança mundial, então poderemos viver o sonho da igualdade e justiça social.