sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Mentira e Ilusão Marcam nossas Fotos nas Redes Sociais.

 

                Tempos de enganos, auto enganos por sinal, mentimos e iludimos nós mesmos com a convicção de estarmos expondo nossa verdade, vivemos as facilidades que o uso, como se nosso fosse, das pretensas unanimes verdades das redes nos conforte. 

 

                Na pretensa pós-modernidade o pensamento, que por característica própria é multifacetado, virou uma via de mão única, simplesmente deixamos de nos auscultar sobre cada um deles, não mais refletimos o contraponto de nossa vida na relação a cada uma das faces do mesmo.

 

                Não que seja simples fazê-lo em tempos bipolares de cara e coroa, mas não analisar as diversas nuances é transformarmo-nos em mortos vivos, abrindo mão da nossa individualidade e humanidade.

 

                Quem nos garante que maiorias de ocasião, quase sempre incoerentes com outras unanimidades, refletem uma verdade, são de fato apenas oportunidades de fugirmos da solidão que é o que de fato nos permite refletir.

 

                Resulta dos fatos acima a complicada engrenagem de mentiras que poluem nossas redes sociais, mesmo que em sua maioria bem intencionadas, criando uma vida artificial da qual não mais conseguimos escapulir.

 

                Porque deveria este tema nos preocupar, por sinal uma preocupação que não devemos abrir mão, tão somente para mantermos a sanidade mental que só o equilíbrio entre o que somos e como mostramo-nos pode obter.

 

                Não é possível esta metamorfose de humano para autômato resulte em saúde mental, não fomos feitos para reproduzir ideias, não formos feitos para expressarmo-nos de acordo com o interesse dos outros, não fomos feitos para engolir todas as manifestações de um grupo e repudiar todas de outro, fomos feitos refletir e para criar com base firme a partir de nossos sentidos.

 

                Nas redes os sentidos são anulados, passamos a desfilar uma lógica guiada pelo interesse que não provém do tato, do olfato, do gosto, do som e da visão, enfiam da reação do corpo com seus mecanismos psíquicos, fugindo da realidade e nos anulando como seres humanos, não é mais nossa foto e sim a foto que criamos de nós mesmos