sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Nossos Descendentes Lamentarão a Incompetente Geração que Somos.


                Sim lamentarão por termos proposto, apoiado ou não suficientemente combatido esta fraude que é o desmonte da legislação trabalhista e do sistema de previdência social como plano de salvação nacional, fraude sim porque é mentirosa não corrige apenas alonga a vida falida desta estrutura, usa como receita a mesma de sempre ampliar o sacrifício da maioria explorada em beneficio do acumulo de riquezas de uma minoria predatória, aumentando ainda mais a injustiça social.
                Sim lamentarão por termos proposto, apoiado ou não suficientemente combatido o aumento da penalização e da violência gratuita contra os menos favorecidos fornecendo mecanismos para o livre exercício do ódio entre as diversas classes sociais incentivando uma policia justiceira e armando um falido patriarcado do direito de oprimir e matar em defesa de seu patrimônio que todos sabemos sempre tem origem na rapina da humanidade.
                Sim lamentarão por não termos destruído e reconstruído os três alicerces da democracia representativa que são o Judiciário, parlamento e executivo que são legítimos sepulcros caiados bonitinhos por fora podres por dentro, comandados por mafiosas famílias patriarcais e autoritárias na rapinagem sistemática da riqueza nacional.
                Sim lamentarão por não termos destruído e reconstruído o exercito que junta vaidades e vantagens pessoais em nome da farsa de uma possível defesa nacional em tempos de guerra julgando-se elegidos para serem carregados nas costas pela população nacional em seu ócio conspirador contra este mesmo povo.
                Sim lamentarão pela nossa falta de coragem de mudança ao não tomarmos poucas e definitivas medidas de reconstrução do país que podem ser resumidas na criação da renda universal, eliminação de todos os cargos de confiança nos três poderes, criar um plano de carreira para funcionalismo concursado dos três poderes só de salários sem nenhum penduricalho, reinventar a policia e o exercito como instituições de paz e não de guerra e principalmente implantarmos educação e saúde universal e gratuita.  
                A educação, saúde e renda universal se autopagariam ao tornar desnecessária uma pesada estrutura de controle da previdência social e a própria estrutura trabalhista que com a sobrevivência garantida da população teria no trabalho opcional a condição de igualdade de negociação com os patrões, também como países com desenvolvimento social mais avançado tem provado o aumento da justiça social que ela provocaria nos levaria inevitavelmente a diminuição da violência e ao esvaziamento das prisões.
                Estamos falando de uma quebra de paradigma, mudança real não a falácia da salvação nacional que nada mais é do que fazer o mesmo de sempre, oprimir mais os explorados e privilegiar a elite predatória da nação, com o tempo esta nova sociedade bem alimentada, educada e saudável estaria se preparando para abolir em definitivo estas cercas que são municípios, estados e nações que representam hoje os beneficiários da maior parte do nosso tempo trabalhado.  

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Na Escravidão Pós-Moderna Somos Nossos Grilhões.


                A cultura escravocrata aperfeiçoada pela construção de uma moral com fundamentos na competição e no consumo, muito bem construída pelas elites financeiras, aprisiona cada um de nós com seu guarda particular o próprio aprisionado, como eu coloquei em outra oportunidade a vida real superou a ficção cientifica neste item, pois esta última sempre apostou em um chip, um objeto externo, para exercer o controle sobre a humanidade.
                Temos que admitir que o próprio dominador também seja escravo desta idolatria ao falso desejo, apreendemos sempre a querer o que imaginamos tenha o outro, desaprendendo a olhar para nós mesmos, propagamos esta angustia em nosso interior, desafiando todo dia o caminho da depressão, ao qual infelizmente, cada vez em maior quantidade os humanos se precipitam.
                Uma alma justa não pode ser seletiva, pois a seleção carimba no outro nossas próprias dificuldades de compreensão e aceitação, a impossibilidade de nos colocarmos no contexto do outro não justifica nossa descriminação ao contrario deve habilitar a ideia de que os caminhos são diferentes e cada qual deve trilhar o seu e nisto ser respeitado.
                Como separar o trigo do joio em nosso interior? Não posso imaginar opção diferente da reflexão sobre qualquer um de nossos pensamentos tanto quanto ao que se aplica a verdade interior de cada um deles quanto ao nível de aceitação da ideia que nossa igualdade esta exatamente na diferença como qualificador do ser humano.
                Se formos instigados a reagir instantaneamente a cada fato, mais do que isso treinados a ter respostas prontas perante eles, não reservamos tempo para pensá-lo, o que me parece ser a maneira que opera o sistema de formação hoje disseminado na nossa sociedade.
                Correto, estou sendo repetitivo clamo por uma análise séria sobre o tema a competição entre humanos é um grande desperdício, nos impingiram que as conquistas da humanidade vêm da competição quando bem o sabemos o homem não é indolente ele sempre por natureza projeta-se em frente, a competição apenas exige um esforço para sua execução que poderia estar sendo utilizado em maiores e melhores descobertas têm que enfrentar esta inverdade que é a competição ser o motor da humanidade para podermos ser maiores e melhores.
                Na mesma linha de pensamento exigi-se um combate permanente ao consumismo, esta ilusão de que alcançaremos a felicidade ao obter algo, o fato é que todas as conquistas consumistas geram frustração porque obtido perde seu sentido, estão na ideia de obter e não na necessidade do consumo que mantém a vida.
                Escravos destes mantras do consumo e da competição, desrespeitadores de nós mesmos e do outro, nos rebaixamos abrindo mão de nossa natureza humana para os anseios de ódio e violência contra o planeta e a humanidade, é hora de lutarmos pela nossa libertação em busca da construção de uma sociedade colaborativa de homens livres.