Qualquer
que seja a releitura interior por mim realizada, combina estas três palavrinhas
pequenas no tamanho e grandes no seu significado, com elas assim me exponho por
inteiro aos olhos próprios ou de terceiros.
Caso,
como ato ou ação, é por si só minha foto como momento, condensa nestas quatro
letras o infinito limite do possível onde me exerço pleno como vivente, livre
que sou todo sempre de qualquer julgamento.
Acasos
em sua força de eventualidade, é como leio minha medida no instante, não temos
como ser coerentes se os desafios não o são, impossível ter a mesma resposta
para diferentes perguntas e como a vida não se repete tal como camaleão me
rescrevo.
Ocaso,
própria imagem do eterno, meu encontro perene com a minha finitude, o limite
ínfimo do tempo é o mesmo na vida e na morte, por este prisma se coloca meu
livre arbítrio, cada grão da ampulheta sempre é todo meu tempo.
Por
este caminho começamos a nos entender pela própria impossibilidade de o
fazê-lo, assumo que não há também necessidade alguma de ser entendido ou de
entender tanto de minha parte como de parte de outrem, cada um convivendo com o
outro encontre a melhor resposta para si mesmo.
O que
não exclui a dimensão social que é vocação primeira do ser humano, ao contrário,
o fato de sermos incompreensíveis nos joga sempre nos braços do outro, único
caminho para esculpirmos esta obra prima criatura do próprio criador.
Conspiração
desde sempre contra a humanidade as armadilhas que se espalharam durante os
tempos sob nome de moral, apenas para sabotar nossos sentidos cuja maximização
permite o espirito criador, foram os medrosos que as escreveram para justificar
seu pavor a vida, são pretensas verdades que lhe servem de muletas ao não viver
e para o quais sonham nos evangelizar.
Um
pouco disso tudo é o que pretendo viver neste papel que compartilho com vocês,
procurando encontrar esta ficção sempre presente em cada uma de nossas frases
mais sinceras de cada revelação e do qual estas linhas são o prólogo.