Quando Nietzsche
dizia:
“(...) o
protótipo do otimista teórico, a pessoa diferenciada por sua crença na
inteligibilidade da natureza das coisas, e assim pela convicção de que
conhecimento e entendimento são uma panaceia, e que o erro é o mal último”.
É a respeito do
Homem-Socrático e estava acusando Sócrates de sobrecarregar nossa civilização
ao determinar que a finalidade do ser humano fosse o conhecer, também ele
Nietzsche, acrescentava o seguinte texto referindo-se à ciência:
“(...) a ciência,
impelida pelas suas próprias poderosas ilusões, avança para os seus limites,
limites nos quais o otimismo que está embutido na lógica deve estilhaçar-se”.
Defende que o
conhecimento como formação de crenças confiáveis não possui um fim em si mesmo,
apenas está a serviço dos desejos humanos ele nos incita a simplesmente apagar
de nossas mente noções tais como “verdade”, “erro”, “aparência” e “realidade”.
Seguindo nossa
trilha:
Começamos a nos preocupar em avançar,
continuamos aperfeiçoando nossa organização, já tinha duas classes os senhores
e os servos, já obtivemos o apoio irrestrito aos seus criadores de nossos
deuses, agora tratamos de construir um sistema moral e ético que possa transformar
o homem comum em nosso aliado, ou seja, construirmos um conjunto de códigos que
sejam aceitos pela maioria e assim através das gerações as pessoas poderiam
policiar-se a si mesmas e aos outros, para tal apenas necessitávamos criar uma
nova entidade os sábios.
O próprio saber para
nós era um instrumento de poder, e esse com amplas vantagens sobre a opressão
física pelo efeito multiplicador, nós poderíamos divulgar esse saber como se
fosse um produto pronto e acabado evitando o crescimento do espírito crítico e
assim o fizemos, não nos era interessante a transcendência do homem na busca de
um espaço novo e sim a adequação do mesmo aos espaços existentes e a sua
continuada diminuição como consequência.
Começamos a
dirigir e estimular esforços para esta ciência que podia trazer as respostas
que desejávamos e com vantagens sobre a fé tradicional, pois estruturada sobre
o que denominamos verdades provadas e aceitas sempre ao seu tempo, construindo
assim um novo mundo diferente do real e que nos engole a todos, o estruturamos para
a vitória do médio majoritário sobre o melhor minoritário, projetando um poder
capaz de exerce-se independente das pessoas baseado na memória genética que se transmite
entre as gerações.