Tão
somente a tela branca pode nos oferecer esta alternativa, seis dias quatro
filmes e sim quatro faces completamente diferentes da violência são vividas por
este seu amigo aqui, todas comoventes e dignas de emoções importantes há
crescerem dentro de nós, por certo a violência tem uma amplitude maior, mas é
esse momento vivido nesta semana.
Na sala
Capitólio no sábado passado “parceiros na noite”, a violência de um mundo
sadomasoquista na comunidade gay, por certo nos parece que é impossível existir
este ambiente que vivenciamos ao curtir o filme, mas bem o sabemos se tivermos
o cuidado de averiguar as fantasias que invadem as pessoas que a realidade se
impõe, a ponto de o protagonista, Al Pacino, se envolver completamente pelo
ambiente que investigava a ponto de duvidar de sua própria personalidade.
Esta
violência é exposta pelo próprio serial killer aparentemente externo deste
ambiente onde cometia seus crimes, o invadia para perpetuá-los sob a sombra da
não aceitação da morte, ocorrida a dez anos de seu pai.
Já na
terça estava frente a frente com a direção de um alemão e seu parceiro romeno a
descrever a queda do regime de Ceausescu na Romênia, impressionante montagem de
uma narrativa feita pelas câmeras da televisão oficial romena e de câmeras
amadoras sobre o levante popular que determinou o fim a deste governo, uma
violência em busca de uma justiça social, foi um discurso muito bem organizado
de várias câmeras a testemunhar a tomada do poder.
Óbvio,
fui tudo muito rápido, desde a tomada do poder até o julgamento e execução do
tirano, muita emoção na massa, muitas bobagens individuais e um impressionante
não acreditar no que estava a acontecer pelo casal autoritário, a beleza da
manifestação popular não esconde sob a inspeção das câmeras as fraquezas
individuais a se aproveitarem da comoção geral.
Bom
chegou quinta e de novo na sala redenção, estamos falando do documentário sobre
a luta do pai de Assange para a libertação do filho “Ithaka – a luta de
Assange” é um documentário que mostra o inevitável envolvimento de um pai
(também da mulher e mãe dos filhos de Assange) para libertar um ser humano do
odioso e violento jogo de poder que o sistema exerce sobre quem ameaça seus
segredos de abuso de poder.
Fica bem
claro que o martírio de um membro da raça humana, Assange debilitado
psicologicamente e fisicamente, é considerado pelos donos do sistema como uma
violência aceitável e necessária não só contra ele, como contra todos que
puderem ousar enfrentar os constantes erros mal intencionados do mesmo.
Bom
fechamos os seis dias no Capitólio, dramalhão mexicano da década de 50,
história maravilhosa de uma mulher, libertária e não modelo de bom
comportamento social, consegue desafiar todas as violências do destino e
terminar vitoriosa e em paz com si mesma, a despeito das violências a que foi
submetida.
Desejando muitos e muitos mais seis dias de tela branca como esses.