domingo, 29 de dezembro de 2019

Coragem de Enfrentar a Imagem que Tenho de Mim Mesmo.


                Este por certo é o desafio do momento, parar para refletir, para enfrentar o quanto não estou sintonizado com a natureza como um todo e com a humana em particular, um mundo de flagrantes e importantes desigualdades como o nosso só pode ser construído sobre a negação do ser humano por ele mesmo.

                Quanto mais construo minha imagem pública com seu alicerce construído na ficção, com o objetivo de encontrar amparo e aceitação social, mais me afasto da minha natureza humana, do que realmente sou, o que em uma sociedade globalizada como a nossa desgraçadamente alavanca a multiplicação deste comportamento.

                Invariavelmente passo a mentir para todos construindo um modelo filosófico sem fundamento por ser descompromissado com o meu real existir, suas bases são uma imaginária percepção do que o outro gostaria de ver em mim, o que se reproduz nas vivências paralelas a minha própria.

                Descobrimo-nos a criar uma caricatura nossa via adulteração de nossos sentidos e talentos, perdemos a capacidade de mostrar nossos diferentes humores e sentimentos, deixamos de viver para corresponder a imagem que de nós desenhamos.

                Abro assim mão de avançar em humanidade, pois perco a condição de avaliar e decidir em nome de um roteiro escrito por mim, para mim mesmo, em um outro momento que sempre não corresponde ao atual, passamos a ser atores de outra que não a nossa história.

                Para toda esta farsa construímos palavras e frases maravilhosas onde o compromisso com elas é muito maior do que o conosco mesmo, assim nos despimos da humanidade por uma falsa coerência, escravizando-nos a conceitos que não correspondem ao humano que somos.

                Por certo romper com este ciclo vicioso não tem facilitadores, muito ao contrário, a cada dia é mais complicado em um mundo polarizado como o nosso, nossos amigos e menos ainda nossos inimigos estão dispostos a aceitar nosso posicionamento livre a cada passo que exercemos, eles preferem o atrelamento automático a um senso comum de uma das linhas de pensamento.

                Viver continua a ser optar a cada momento e assumir o compromisso com sua opção vivendo assim cada um de nós a nossa verdade que é de fato a única existente.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Meu Ocaso um Caso de Acasos.


                Qualquer que seja a releitura interior por mim realizada, combina estas três palavrinhas pequenas no tamanho e grandes no seu significado, com elas assim me exponho por inteiro aos olhos próprios ou de terceiros. 

                Caso, como ato ou ação, é por si só minha foto como momento, condensa nestas quatro letras o infinito limite do possível onde me exerço pleno como vivente, livre que sou todo sempre de qualquer julgamento.

                Acasos em sua força de eventualidade, é como leio minha medida no instante, não temos como ser coerentes se os desafios não o são, impossível ter a mesma resposta para diferentes perguntas e como a vida não se repete tal como camaleão me rescrevo.

                Ocaso, própria imagem do eterno, meu encontro perene com a minha finitude, o limite ínfimo do tempo é o mesmo na vida e na morte, por este prisma se coloca meu livre arbítrio, cada grão da ampulheta sempre é todo meu tempo. 

                Por este caminho começamos a nos entender pela própria impossibilidade de o fazê-lo, assumo que não há também necessidade alguma de ser entendido ou de entender tanto de minha parte como de parte de outrem, cada um convivendo com o outro encontre a melhor resposta para si mesmo.

                O que não exclui a dimensão social que é vocação primeira do ser humano, ao contrário, o fato de sermos incompreensíveis nos joga sempre nos braços do outro, único caminho para esculpirmos esta obra prima criatura do próprio criador.

                Conspiração desde sempre contra a humanidade as armadilhas que se espalharam durante os tempos sob nome de moral, apenas para sabotar nossos sentidos cuja maximização permite o espirito criador, foram os medrosos que as escreveram para justificar seu pavor a vida, são pretensas verdades que lhe servem de muletas ao não viver e para o quais sonham nos evangelizar.

                Um pouco disso tudo é o que pretendo viver neste papel que compartilho com vocês, procurando encontrar esta ficção sempre presente em cada uma de nossas frases mais sinceras de cada revelação e do qual estas linhas são o prólogo.           

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

O Combate é o Mesmo, Apesar de Mais Evidente.


                Se hoje a luta se nos apresenta escancarada, não é porque não havia, mas tão somente por esconder-se em uma guerra fria, no jogo democrático o acaso contribui para a alternância no poder desde que bem utilizado pelas forças em disputa.

                Particularmente até prefiro assim com a cara a mostra, a dádiva de perceber que tão pouco são capazes de serem espíritos livres nos mostra o quanto fomos incapazes de evangelizar a necessidade de viver, para nossa tristeza ainda grande parte da humanidade se agarra em dogmas para não desabar.   

                Já perceberam que não fantasio ilusões, em ambos os campos da disputa, na maioria não se percebe o mínimo esforço de pensar e analisar o já pensado, o espírito crítico parece cada dia mais ausente, preferimos o aparente conforto do tédio e sua condição incômoda de tornarmo-nos mortos vivos há apostar no ato do criar.

                Nossas redes sociais espelham isso no dia a dia, pessoas cantando refrões em uníssono sem se atentarem ao seu significado, que parece de somenos importância, o que interessa é passá-lo adiante, defendê-lo com violência, com ódio e muita ignorância com novas palavras de ordem.

                Estamos em momento de lago e não de mar, preferimos a segurança imóvel do vazio de uma falsa verdade adotada ao acaso pelas circunstâncias da vida, ao movimento constante das ondas que em seu eterno retorno nos questionam permanentemente quanto a nossas verdades, obrigando-nos a repensarmo-nos continuadamente.

                Este movimento ao qual entregamo-nos tem nome, o medo a liberdade, nele abraçamos a escravidão validando atos indignos do homem contra a natureza, livrando-nos da nossa culpa por nossa continuada diminuição da vontade do poder.

                Assim passamos a ser e a levar a sério uma caricatura de sociedade, passamos a dar importância a coisas que nem merecem nossa atenção, passamos a combater inimigos que já estão enterrados por sua própria inconsistência como espírito e corpo, abrimos mão do bom combate que é o nascimento dos homens livres.

                Lamentavelmente rebaixamos o tom do debate trocando o evangelizar da criação de um mundo novo por um permanente participar desta ladainha de bobagens que não se sustentam por si só, e isto só serve aos fracos de espírito pois traz em seu rasto o desperdício de nosso tempo em não avanço para a natureza e humanidade.

Nosso brado deve ser pela construção cultural deste mundo novo que todos sonhamos, não podemos abrir mão de sermos arautos da boa nova, o combate ao inimigo deve ser constante sem ser prioritário em relação a construção de espíritos livres.  

terça-feira, 8 de outubro de 2019

É Fraude a Promiscuidade entre Religião e o Poder.


Impossível negar que os projetos de poder bancados por religiões são fraudulentos por natureza por abusarem da boa-fé dos crentes ao se dizerem iluminados por Deus ao qual os mesmos fiéis devem obediência e temor.

                É do ser humano conduzir outros pelos caminhos dos seus interesses particulares, o que pode ser aceito como um problema de conduta, o que não se pode aceitar é a apropriação indevida da palavra de seus deuses.

               A origem é nefasta pelo simples fato de os pastores se outorgarem o direito de falar por seus deuses, no noticiário todos os dias encontramos exemplos de má conduta destes a atestar a exploração da fé em nome de seus interesses particulares.
 
               Quando se misturam religião e governo sempre nos encaminhamos para a exploração da maioria pela minoria, com a auto ungida elite religiosa entregando a nação a interesses particulares que as beneficie.
 
               Quando você prega submissão colhe escravidão, quando gera escravos estabelece um sistema de injustiça permanente, tolhendo a liberdade individual em nome da benção que seria agradar seus deuses e garantir uma eternidade.
 
               Difícil entender esta delegação de vontade como caminho de salvação, criamos uma pátria de eunucos da vontade, castrados pelo medo, encaminhados à um regime de obediência cega que para uma nação é um desastre completo.

               Estamos cansados de ver pastores tomando bens pessoais, cobrando contribuições e inclusive resolvendo suas doentias fantasias sexuais via estrupo de fiéis com alegação de que o fazem em nome de seus deuses.

                Como falamos acima podemos aceitar a sede de poder como característica humana, o que é impossível admitir é a covardia de não a assumir ao outorgar-se o poder da voz divina, transferindo a responsabilidade de seus crimes para uma fictícia vontade dos desuses.   
              
Quando somamos em líderes religiosos o poder desta usurpação da vontade dos deuses com o de governar um povo estamos, por certo, condenando sua população à submissão e a bancarrota, pois é inevitável que não resistam a tentação de se creditarem como divindade.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Não é ruim, não é bom, apenas vida.

                Pode bizarro parecer, mas não encontro motivos que justifiquem este continuado catalogar como ruim ou bom dos acontecimentos em que participamos, a experiência do viver é justificava perfeita em si mesma, dispensando por certo qualquer qualificador.  

                Se aumenta a adrenalina ou baixa a pressão são apenas movimentos necessários das nossas diversas partes e como tal nos são uteis, necessários e pertinentes ao maravilhoso ato de viver, só morrer em vida nos afasta do festival de efeitos que cada ato por nos feito agrega e consagra.

                Se toco neste tema é tão somente para desnudar uma dificuldade minha de entendimento em relação a tantos que vejo entrincheirados entre quatro paredes, escondidos embaixo de cobertores, fugindo da convivência com outros iguais, sob conta de uma suposta proteção a mágoa quando de fato tornam tediosa a existência e impossível a felicidade.

                Também me preocupa, e muito, a adesão gratuita a correntes de pensamento, quase sempre carimbadas por um expoente de momento, ao qual aderimos por incompreensões em relação a nós próprios e não por discernimento.

                Caminhar todos os caminhos, apesar de incógnitos, sem fugir de um vigoroso risco que é o presente, mas só é risco pelo próprio significado do existir que como sabemos é finito, aceitando sua finitude podemos jogarmo-nos por completo na felicidade tanto do que nos é negado como do que é presenteado pela natureza em seu dia a dia.

                Não me comove ver as pessoas adiando o hoje eternamente para o amanhã, me entristece sim a quantidade fantasiosa de barreiras criadas, como se dificuldades não fossem sinônimo do próprio prazer, quanto esforço gasto em fugir do simples viver.

                Como conseguimos criar tantos mecanismos para negar nossos sentidos, como passamos a adorar o medo como justificativa de nossa negação ao movimento, como trocamos a ofensiva trepidante pela paralisia defensiva, como escolhemos á morte e não a vida.

                Amigos cada instante independentemente da cor interna que reflete, ora o azul da tranquilidade, ora o vermelho da paixão, ora o verde da esperança, ora tantas outras com seus respectivos significados, é sim nosso momento máximo mais prazeroso e feliz e é o que nos torna pleno.  

domingo, 22 de setembro de 2019

Nos Subtraíram o Direito à Primavera.


                Penso nas flores, nestas que toda a primavera traz consigo direito aos seus odores, me enche de júbilo com a graça dos seus traços, em minha alma faz brotar a força do renascer e provoca em mim uma vontade imensa de viver.

                Olho este Brasil poluído de movimentos grotescos, sem a delicadeza das pétalas macias, tão somente com seus espinhos autoritários e suas raízes incultas, que estão a gritar em altos brados, foste roubado da primavera e do teu direito ao renascer.

                Nesta virada de noite deveria madrugar em esperança, sentir germinar no país inteiro um novo acontecer, como sintetiza em seu ensino natural a primavera, acordar revigorado vendo ao meu lado um povo saudável e feliz explodindo vida em nossa pátria.              

                Mas sou tomado pela desesperança, percebendo os pequenos e intermináveis meia volta volver, decretos únicos possíveis de uma autoridade sem luz própria que nos comanda e que nos faz como nação andar para traz no tempo futuro há acontecer.

                Relembrando tempos de mudança, por mim já vividos, que tal como a primavera encaminhava todo nosso povo em direção ao calor humano, sonho de todo ser, abate-se sobre mim este gélido recado de ignorância de quem quer nos conduzir á falência do homem como verdade e amor.  

                Só vejo esta escuridão que traz ao meu encontro no caminho corações gelados pelo obscurantismo de uma época que devora boas intenções em nome de uma simples e despreparada fome de poder.    

                Não aceito a desesperança, acredito no óbito inevitável da mesquinhez, bem como no renascer das luzes da inteligência humana, sua excelência a história nos falará desta triste lembrança como ensinamento a nos livrar, nos tempos que hão de vir, de futuras repetições de insensatez humana.

                Se me roubam o direito à primavera por simples egoísta ignorância, me ensinam a nunca mais aceitá-la no porvir de nossa gente e esta promessa de nunca mais desesperança já me leva a acreditar em muitas novas primaveras.   

                Não que acredite em fantasias, mas tão somente que aposto no ser humano como semente de amor e esperança, tão grande é minha fé que entendo como aposta ganha.

De fato, não terão a menor chance de a primavera nos roubar porque o homem é maior que a ignorância.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Somos um Espaço Público em Construção.


                Sopram os ventos em tempos de mudança, o que vemos já mais não é, apenas representa o vazio dos novos tempos, embora todos saibamos que em gestação está o que ainda não conhecemos convivemos com expectativa do que virá sem saber o que será.

                O momento é tenso como em qualquer instabilidade da história, o novo ainda não chegou e o que temos é apenas momentos patéticos de baixa estima ocupando o espaço, que por certo nada representam a não ser uma brutal falta de humanidade.

                Nada temos a temer pois o que aí está é natimorto, mesmo não sobrando pedra sobre pedra, mesmo assim elas aí estarão disponíveis para a nova construção, esta avalanche de destruição é caminho inevitável da sociedade em construção.

                Mantermos a comunicação continuada entre nós, criarmos os laços necessários para ampararmos o que está para nascer é a mais importante rede de solidariedade que podemos estabelecer através da empatia vocação primeira do ser humano.

                Pode parecer enlouquecedor, pode parecer desalentador, pode parecer destruidor, mas é apenas o ar revolto que antecede a bonança, os seres humanos se reconstroem de momento em momento em sua insuperável capacidade de adaptação há mudança.

                Preenche o vácuo um discurso vazio ignorante e odioso transvestido de pensamento humano, mal sabem eles que nada tendo a somar apenas são fermento que há de fazer crescer a resistência de onde nascerá o novo espírito do homem.

                Nada de desalento, nada de desesperança, enquanto eles pensam que vieram para ficar nós sabemos que não tem substância para se manterem, suas pseudoverdades de hoje mostrar-se-ão frente ao tempo as mentiras que sempre foram, até porque verdade não tem dono apenas revela-se no tempo.

                A solidariedade entre os seres humanos em busca da liberdade e da igualdade como instrumento de justiça, prevalecerá contra a discriminação e o ódio pelo simples motivo de serem capazes de construir, nos cabe apenas solidificar nossa unidade, dela não abrindo mão, assim acontecendo o espaço público em construção.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Vergonha é o Nome de Nossa Fraqueza Humana.


                Não consigo esquivar-me de sentir vergonha dos seres humanos que somos em pleno século XXI, imensamente mesquinhos, diminuímos ao não conseguirmos enxergar o outro ao nosso lado como um igual, incapazes que somos de somar para humanidade nos dedicamos a acumular em proveito próprio.

                O prazer de dividir os homens em busca de um imaginário poder, a insensatez de vivermos em estado de guerra com o único objetivo de apoderarmo-nos dos despojos, expõe a olhos nus nossa fraqueza como inteligência humana.

                Ignorante é nossa injusta distribuição da riqueza produzida pela humanidade permanentemente nos obrigando a jogar fora nossos melhores talentos na defesa da injustiça quando eles deveriam estar à disposição do crescimento da humanidade como um todo.

                Nem sei por que me melindro com esta vocação para um egoísmo que nada constrói, não há dúvidas que é pequinês achar-se maior pela diminuição do outro, temos lutado muitos mil anos para acreditarmos nisso e agora chafurdamos nesta lama podre que criamos.

                Estamos em tempos de homens pequenos e inseguros que necessitam de discursos de ódio e violência para proteger-se da sua incompletude, quem não se suporta corre atrás de inimigos imaginários para esquecer de seu desamor por si mesmo.

                Tropeçamos diariamente nas nossas fraquezas, que nos envergonham profundamente, ao caminharmos rumo a construção de uma torre de babel onde cada qual fala sua língua em detrimento de uma palavra universal.

                Sempre que possa lançar-me na direção de melhorar a vida do outro melhorarei a vida de todos e consequentemente a minha própria, difícil entender como nossa cegueira não nos deixa ver algo tão óbvio.

                Quando me dedico a pilhagem do outro estou me tornando candidato a ser pilhado por todos e assim nestes tempos áridos que vivemos gastamos nossos maiores esforços há nos defender do outro quando deveriam estar dedicados a construir com o outro.

                Urge repensarmos  o mundo que queremos em busca de recuperarmos o orgulho de sermos seres humanos em uma comunidade colaborativa que pode nos projetar ao infinito da alegria e do prazer, quanto mais pessoas felizes ao nosso lado mais candidatos a felicidade seremos. 

terça-feira, 25 de junho de 2019

Mundo Cego aos Fatos Ajoelha-se ao Argumento.


                Ficção, pura ficção os fatos perderam seu sentido próprio é a sociedade da pós verdade, nos transformamos em uma fábrica de argumentos, os quais defendemos por citações verdadeiras ou não e se justificam por si só, não interessa o contexto, não interessa as múltiplas facetas do fato, interessa apenas a afirmação da versão que me serve a qual defendo como único dono da razão.

                Nos templos que construímos para adoração destas novas divindades a regra é uma só, ame-o ou deixe-o, assim no incondicional transformamos o amor em ódio, desrespeitando a diversidade de visões em nome de uma fé robótica que nos divide em amigos e inimigos, esta dualidade é uma opção pela cegueira.

                Para os amigos só encontramos acertos para os desafetos todos os defeitos como se houvesse um bem e um mal absoluto o que nos tira a humanidade e nos transforma em simples programas escritos por terceiros, tal qual um código incapaz de decidir por sua própria conta tão somente obedecendo o raciocínio do programador.

                Não é muito difícil para nós humanos construir nossa própria farsa, em verdade por natureza esta é uma tendência que se impõe, nossa memória seletiva visualiza só o que nos interessa com o agravante de interpretar o fato vivido da maneira mais adequada a suportarmos o momento atual de nossa existência.

                Por isso a importância de desenvolvermos o espírito crítico a priori sobre nossas opções e sobre os fatos com os quais partilhamos o viver, reescrever permanentemente nossa visão de nós mesmos, dos outros e dos acontecimentos que presenciamos iluminados pela compreensão das múltiplas facetas possíveis que a sequência de momentos nos permite absorver.                             

                Se sou um ser em constante mutação, o que dá significado ao viver, me obrigo a admitir que o que vi nos minutos precedentes não o vejo mais agora, a não ser que em lugar de usar os meus olhos utilizo os olhos de outrem e que assim o fazendo me deserdo da liberdade de decidir.  

                Os tempos são os de abrir mão do viver em troca da comodidade de nos auto perdoarmos, boiando na cômoda correnteza da fé cega em verdades que nos absolvem pelo nosso individualismo e completo desrespeito ao outro de nós diverso, assim condenamos o diferente para tentarmos calar nossa consciência que insiste em lembrar-nos que não é este o caminho.

segunda-feira, 3 de junho de 2019

O Acaso os Põe a Tremer de Pavor


Inseguros, agarrados em verdades de ocasião, as quais nunca questionam, são especializados no não pensar, a cabresto caminham cegos rumo a ruína humana que a crescente desigualdade social constrói, os novos zumbis da direita comportam-se como mortos-vivos alimentados por ignorância e ódio.

                Cultuam oportunistas vestidos de representantes dos deuses, encarregados de determinar questões de fé como se em nome destes falassem quando se sabe movidos a interesses pessoais, repetindo sem cessar as palavras de ordens que lhes sopram aos ouvidos.

                Não tendo coragem de enfrentar o acaso que é o viver, são mantidos de pé escorados por todos os lados por dogmas inquestionáveis pelos mesmos, só assim conseguem na mediocridade do rebanho ter um pouco de alento e fingir o existir.

                Sua incapacidade de individualizar-se os conduz ao ódio incessante á quem o consiga, além de lutarem desesperadamente para rebaixar o outro como forma de autopreservação, protegem-se em seus grupos fechados guerreando contra todo o resto.

                Toda e qualquer iniciativa que promova a justa distribuição de renda e a promoção do ser humano como um todo em sua diversidade se lhes apresenta sempre como um risco aos seus mesquinhos privilégios tão somente porque sem estes não estão aptos a sobreviver.

                Tem no fanfarrão ego público o contraponto da insegurança interior, especialistas que são de vender sua falsa imagem em lugar de ser e não sendo iludem-se com os ruídos que causam no social esquecendo-se que também estes são falsos em si mesmos.

                São apaixonados por atores sociais violentos e agressivos, pois a irreflexão exige autoridade para manter as coisas no seu lugar e curtir uma falsa sensação de segurança, seus medos internos explodem em buscar apoio incondicional em falsos ídolos a quem se entregam sem nenhum questionamento.

                Pelo medo se agarram em armas, pelo medo substituem a individualidade pelo padrão do grupo, pelo medo agridem sem refletir o diferente, pelo medo substituem o amor ao outro ser humano por idolatrias, pelo medo escravizam-se aos poderosos por proteção.

                São evangelizadores de uma humanidade medíocre incapaz de cooperar, são competidores em batalhas onde as regras sempre os devem privilegiar por saberem que não são páreos para homens livres. 

                Sim a estes devemos continuadamente oferecer resistência para construirmos a tão almejada sociedade dos homens livres e a resistência por si só é um testemunho de vida plena.    

terça-feira, 21 de maio de 2019

Presos em Nossa Própria Armadilha.

                Bem-humorado tento compreender como conseguimos construir esta armadilha, na qual nem bem terminada, descobrimo-nos em um instante mágico, nela definitivamente aprisionados, como diz nosso poeta Gil a perfeição é uma meta defendida pelo goleiro da seleção, contra todos os prognósticos nos superamos embarcando nesta espiral destruidora das difíceis conquistas feitas por nossa jovem nação no último século.

                A cena que mais me veem á cabeça é a do cachorro correndo atrás do seu próprio rabo em um divertido mais infrutífero circular sobre si mesmo, com o tamanho que temos de riqueza territorial e de população, retirar moeda de circulação, estimular o seu acumulo no topo da pirâmide, só pode ter como resultado diminuição do crescimento e aumento da miséria, vamos dando voltas em torno de nossos problemas sem  encaminharmos solução.

                Comprando respostas prontas estendidas no varal da ignorância, o povo assim armado enfrenta os leões como opção de sobrevivência, quem lhes as vende bem sabem que a nada respondem, são meros instrumentos de ilusão a segurar o natural ímpeto de libertação, não que esta classe média agarrada nas migalhas que sobram da elite tenha as perguntas, apenas tem nas arquibancadas o terrível horror de um dia com a maioria estar no palco a gladiar.

                A fábrica de certezas desumaniza o homem ao retirar-lhe a capacidade de questionar-se, subtraindo-lhe o poder de tomar decisões, por isso a importância destas circularem em pouco tempo e em grande quantidade, no formato de palavras de ordem mantendo-o distraído enquanto tomam sob suas rédeas o controle de sua vida, colocando-o escravizado a serviço dos interesses de uma minoria.

                O medo é um divisor de águas na humanidade pois em inevitável reação ou conduz o homem a abraçar a morte em vida submetido a autoridade e disciplina ou o encoraja a engajar-se como rebelde resistente na busca em si próprio do caminho, assim caminham os homens autoritários a propagar o temor, oferecendo-se como resposta com o objetivo de exercer domínio.

                Todos os projetos autoritários sempre tratam como seu primeiro inimigo a capacidade do pensamento crítico porque em sua fraqueza não podem aceitar serem contestados e como aliados a crença em um ser superior que tudo sabe e a todos julga, do qual se dizem escolhidos validando assim quaisquer de seus atos apesar da natural insegurança.
  
                O ato de viver só é prazeroso quando sabemos e curtimos sua finitude, só podemos ser felizes entendendo as leis do acaso que é o nosso grande maestro e sob sua batuta desconstruímos o conceito de bem e mal considerando que todos os caminhos em todos os momentos são merecedores e dignos de nossa imersão por completo como sinônimo de plenitude.

                Aprisionados nas teias que tecemos fortalecemo-nos na investigação, no questionamento, na consciência de homem livre que nos integra na natureza aumentando nossa potência e assim percebemos que a liberdade é impossível de nos ser subtraída a não ser por nós mesmos ao optarmos pela escravidão.

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Desafios na História do Empoderamento

                No céu encoberto de uma humanidade em crise de identidade no que lhe é mais caro a sua natureza humana, o desafio da construção do super-homem de Nietzsche aumenta sua sedução e nos lembra sua profecia que o mundo em sua época não estava preparado para sua “transvaloração dos valores” e que o futuro saberia lê-lo.

                Quanto mais nos aparecem salvadores tanto mais somos instigados a entender a vida como ela é para cada um de nós, este caminho da rejeição da verdade do outro como suporte para o meu viver, receita da muleta tão em moda no discurso dos redentores da humanidade, realiza a construção do homem livre.

                A insanidade dos dogmas instantâneos que o momento atual estimula, por  sua farsa, por sua continuada negação de si mesma, abre o espaço para desacreditar as teses que sustentam o efeito rebanho dos ficcionistas da verdade e nos permitem ir de encontro á vida no que ela tem de mais belo sua permanente incerteza.

                Assim me moldo a mim mesmo como agente de uma vida particular que só eu posso experimentar e absolutamente solitário posso cumprir minha vocação na direção do outro andando sempre lado a lado com ele, ambos transmutados em expressões puras e simples de próprio existir.

                O comportamento de rebanho onde a continuada exigência de atos de fé em contradição com o livre viver aponta por todos os lados sua funesta consequência, cada vez mais vemos falta de alegria, desanimo e depressão que ou negam o direito a existência ou desaguam em bestial violência e como bem sabemos os dois representam o desamor por si próprios.

                Enquanto nos distraímos com os redemoinhos provocados pelas correntes de ar das redes sociais esquecemos de nós mesmos ao buscar lhes respostas intelectuais, esta resposta está na rua no dia a dia que vivemos, no continuado ampliar do cuidar de si mesmo com o carinho de quem sabe do quanto é importante amar-se.

                Não necessitamos de oráculos, não precisamos de seguidores, mais do que respostas almejamos perguntas, abaixo a tranquilidade das verdades para que estas sejam substituídas pelas incertezas com seu poder de nos impulsionar para simplesmente ser vida.

                Não aceitando o desafio da própria desconstrução estamos nos creditando a sermos escravos da ignorância e da mediocridade abrindo mão de nossa humanidade e do papel de construtores de um mundo melhor, estamos entregando nosso destino à morte em vida.    

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Transição da Nação Brasileira em Feudo dos Interesses Internacionais.


            Meus mais sinceros parabéns aos atuais integrantes dos três poderes na esfera municipal, estadual e federal por sua inegável competência em edificar o Feudo (na Idade Média, terra ou direito, renda concedidos por um senhor a um vassalo em troca de serviços) Brasileiro dos Interesses Internacionais e decretar a morte da Nação (agrupamento político autônomo que ocupa território com limites definidos e cujos membros respeitam instituições compartidas) Brasileira.

            Sua atuação como executivos sob ordens de terceiros estrangeiros tem eficiência e eficácia e realmente podem orgulhar-se do alto índice de cumprimento das metas de destruição da nossa nação, nos transformamos em servos a trabalho da espoliação das nossas riquezas nacionais cada dia mais incapazes de refletir sobre nossos atos e completamente alinhados com o pensamento importado de nossos novos senhores.

            Somos cobaias de uma nova ordem mundial que prega a acumulação extrema das riquezas nas mãos de poucos e uma população submetida a viver um ato de fé aos deuses seus opressores, viver de mantras aos quais não se aceita qualquer tipo de reflexão é a ordem primeira e para obtê-la todos os meios são considerados adequados oficializando-se a negação da humanidade como regra de comportamento social, ao povo restou o poder de servir aos interesses da elite internacional.    

            Toda a fé necessita de medos, para tal é preciso criar um local para pagar os pecados, todo trabalho dos ideólogos deste novo modelo fascista é dirigido neste sentido desenhar um inferno fictício para que com o medo da população de ser condenada a este a mesma possa servir feliz, com docilidade ao autoritário regime de concentração de renda e supressão dos homens livres.  

            Seus alvos são os de sempre a educação e a cultura, pois a qualidade destas esta diretamente ligada á criação de uma sociedade humana e justa e a dita nova ordem social, tão antiga como a humanidade, necessita incapacitar o ser humano de pensar com o objetivo de colocá-lo a serviço de uma minoria oportunista.

            Destruir sempre foi tarefa de fácil alcance e uma maioria medíocre sempre luta contra quem se destaca, sempre que seja convenientemente despertada em seus instintos mais simples de sobrevivência, para tal criou-se uma verdadeira torre de babel com intermináveis desencontros de frases feitas e refrãos repetidos a exaustão para como mensagem subliminar tornarem-se atos de fé.

            Reconstruir a Nação Brasileira restabelecendo o espírito crítico e criativo de seu povo é hoje o grande desafio da resistência, pois a enorme quantidade de anos que retrocedemos em conquistas do nosso povo em um curto espaço de tempo, promete ser uma tarefa hercúlea da qual não podemos abrir mão.         

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Agonia da Nação Brasileira por Eutanásia


                Não temos como negar optamos pelo suicídio como nação, o que me lembra muito a história do sapo de do escorpião, estando este último muito necessitado de atravessar um lago tratou de convencer o sapo a leva-lo de carona até a outra margem, para isso tranquilizou-o de que não lhe faria nada pois significaria sua morte também, pois não é que chegando no meio do caminho o escorpião matou o sapo com seu poderoso veneno e morreu dizendo que fazer é de minha natureza.
                O ponto de equilíbrio de uma nação é seu mercado interno, quanto maior mais circula o dinheiro e portanto crescem os serviços, o comercio e a indústria distribuindo abundância para todos, infelizmente adotamos os interesses do mercado internacional, em especial da área financeira, defendendo politicas recessivas de agressão ao trabalho e a previdência que levarão ao empobrecimento da grande maioria da população brasileira liquidando com nosso incipiente mercado interno.
                Além de nos comportamos de maneira desumana com o aumento da já grande diferença na participação na renda nacional por parte da maioria da população em relação a elite e seus feitores, sem mercado interno com a comprovada defasagem entre nossa indústria e nossos serviços seremos meros vendedores de commodities e exportadores de mão de obra barata.
                Os valores da venda de nossa riqueza natural servem tão somente a acumulação de capital que bem sabemos não circula no país e sim nos paraísos fiscais tão em moda neste tempo de concentração da maior parte das rendas na mão de um numero cada vez menor de pessoas.
                Antes de assinarmos em baixo desta proposta de eutanásia da nação brasileira, com o aumento de nossa submissão aos interesses internacionais cabe um amplo debate sobre este tema e na minha opinião uma resistência contra o enxugamento do poder de compra da população pela reforma da previdência e das leis trabalhistas.
                Estão montando uma verdadeira cortina de fumaça para que não vejamos os entreguistas de sempre da qualidade de vida do povo brasileiro assassinarem a nação, com discussões de temas disparatados negando o conhecimento científico enquanto tornam palatável a morte da nação brasileira e a condenação da grande maioria da nossa população à miséria.
               Vamos lutar por pleno emprego, vamos lutar por renda universal, vamos lutar pela ampliação da justiça social enquanto ainda há tempo, pois com a armadilha que nos preparam levaremos muitos anos para encontrar um caminho para a ressurreição da nação brasileira, ainda temos oportunidade de evitar esta morte anunciada da nação brasileira.
                Não podemos abrir mão de analisar com profundidade as consequências das medidas propostas, analises emotivas propostas por especialistas em manobrar a opinião publica precisam ser desmascaradas pela cobrança de um projeto sério de reconstrução do país e não fantasiosas frases de que o mesmo vai quebrar isso é o mesmo que falar de bicho papão para as crianças e assim como a elas nos retira o direito do pensar.

domingo, 17 de março de 2019

Agarrados na Saia da Mãe, Perdemos a Noção de Nação.


                Como chegamos a tal ponto de negação de nação, um conjunto de desesperados sem rumo em busca de salvadores, instituições desmoralizadas, crime organizado estabelecido tanto na elite como na população marginalizada se apoiando mutuamente com o propósito de ampliar as já grandes diferenças entre explorados e exploradores o que facilita em muito sermos como um todo mão de obra barata e fornecedores apenas de commodities para os controladores dos interesses internacionais.
                Este alinhamento automático sem contrapartidas com o império americano e seus principais parceiros como o Chile pós ditador Pinochet na America latina e o estado de Israel ponta de lança belicosa dos interesses americanos no oriente médio nos posiciona como uma criança medrosa agarrada na saia da mãe, pátria americana, em busca de proteção por falta de projeto de nação.
                Perdemos completamente o senso do ridículo, as maiores barbaridades diariamente circulam impunemente na imprensa local que no afã de agradar um poder executivo, comprovadamente sem plano de governo dedicado tão somente a leis de desmonte de uma tentativa de construção de nação, fecha os olhos para a análise crítica e ajuda a entregar a pátria a interesses estrangeiros.
                Desmonte da educação, desmonte da cultura, desmonte das instituições trabalhistas, desmonte da indústria nacional, desmonte da previdência, desmonte do sistema financeiro governamental, desmonte do projeto Brasil terceira via no conjunto das nações, a palavra de ordem é desmontar não há realmente nenhum projeto de construção de nação.
                Não é possível que um governo necessite ter um percentual tão alto de militares em seus principais quadros em proporção muito superior á sua representação dentro da sociedade brasileira, soa como se nós civis fossemos despreparados o que todos sabemos não é verdade e nos ofende como população e bem sabemos que esta construção só é feita pela veia de autoritarismo presente na atual gestão.
                Impossível depois de quinhentos anos nos entregarmos ao sistemático reproduzir de situações existentes no império com nenhuma adequação á nossa história baseado em um falso enunciado de que o que é bom para eles é bom para nós, esquecendo o principal que o poderio militar e econômico dos mesmos faz com que deem as cartas e joguem de mão, são opções que estamos tomando que nos destinam certamente ao papel de perdedores.
                A infiltração deliberada no executivo, parlamento e judiciários de entreguistas treinados nos EUA com o propósito de nos tornar melhores súditos, mais dóceis aos interesses destes, com um único objetivo que é continuar e ampliar o enriquecimento á partir das nossas riquezas naturais de da submissão do nosso povo trabalhador aos seus interesses.
                Como cidadãos precisamos analisar com espírito critico ação por ação dos diversos poderes nacionais não lhes dando tréguas para evitarmos o desmonte da nação brasileira, o que o nosso povo não merece, cuja recuperação levará em anos muitas vezes á mais que este processo destrutivo, ainda tem tempo de evitar o pior.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Nossos Descendentes Lamentarão a Incompetente Geração que Somos.


                Sim lamentarão por termos proposto, apoiado ou não suficientemente combatido esta fraude que é o desmonte da legislação trabalhista e do sistema de previdência social como plano de salvação nacional, fraude sim porque é mentirosa não corrige apenas alonga a vida falida desta estrutura, usa como receita a mesma de sempre ampliar o sacrifício da maioria explorada em beneficio do acumulo de riquezas de uma minoria predatória, aumentando ainda mais a injustiça social.
                Sim lamentarão por termos proposto, apoiado ou não suficientemente combatido o aumento da penalização e da violência gratuita contra os menos favorecidos fornecendo mecanismos para o livre exercício do ódio entre as diversas classes sociais incentivando uma policia justiceira e armando um falido patriarcado do direito de oprimir e matar em defesa de seu patrimônio que todos sabemos sempre tem origem na rapina da humanidade.
                Sim lamentarão por não termos destruído e reconstruído os três alicerces da democracia representativa que são o Judiciário, parlamento e executivo que são legítimos sepulcros caiados bonitinhos por fora podres por dentro, comandados por mafiosas famílias patriarcais e autoritárias na rapinagem sistemática da riqueza nacional.
                Sim lamentarão por não termos destruído e reconstruído o exercito que junta vaidades e vantagens pessoais em nome da farsa de uma possível defesa nacional em tempos de guerra julgando-se elegidos para serem carregados nas costas pela população nacional em seu ócio conspirador contra este mesmo povo.
                Sim lamentarão pela nossa falta de coragem de mudança ao não tomarmos poucas e definitivas medidas de reconstrução do país que podem ser resumidas na criação da renda universal, eliminação de todos os cargos de confiança nos três poderes, criar um plano de carreira para funcionalismo concursado dos três poderes só de salários sem nenhum penduricalho, reinventar a policia e o exercito como instituições de paz e não de guerra e principalmente implantarmos educação e saúde universal e gratuita.  
                A educação, saúde e renda universal se autopagariam ao tornar desnecessária uma pesada estrutura de controle da previdência social e a própria estrutura trabalhista que com a sobrevivência garantida da população teria no trabalho opcional a condição de igualdade de negociação com os patrões, também como países com desenvolvimento social mais avançado tem provado o aumento da justiça social que ela provocaria nos levaria inevitavelmente a diminuição da violência e ao esvaziamento das prisões.
                Estamos falando de uma quebra de paradigma, mudança real não a falácia da salvação nacional que nada mais é do que fazer o mesmo de sempre, oprimir mais os explorados e privilegiar a elite predatória da nação, com o tempo esta nova sociedade bem alimentada, educada e saudável estaria se preparando para abolir em definitivo estas cercas que são municípios, estados e nações que representam hoje os beneficiários da maior parte do nosso tempo trabalhado.  

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Na Escravidão Pós-Moderna Somos Nossos Grilhões.


                A cultura escravocrata aperfeiçoada pela construção de uma moral com fundamentos na competição e no consumo, muito bem construída pelas elites financeiras, aprisiona cada um de nós com seu guarda particular o próprio aprisionado, como eu coloquei em outra oportunidade a vida real superou a ficção cientifica neste item, pois esta última sempre apostou em um chip, um objeto externo, para exercer o controle sobre a humanidade.
                Temos que admitir que o próprio dominador também seja escravo desta idolatria ao falso desejo, apreendemos sempre a querer o que imaginamos tenha o outro, desaprendendo a olhar para nós mesmos, propagamos esta angustia em nosso interior, desafiando todo dia o caminho da depressão, ao qual infelizmente, cada vez em maior quantidade os humanos se precipitam.
                Uma alma justa não pode ser seletiva, pois a seleção carimba no outro nossas próprias dificuldades de compreensão e aceitação, a impossibilidade de nos colocarmos no contexto do outro não justifica nossa descriminação ao contrario deve habilitar a ideia de que os caminhos são diferentes e cada qual deve trilhar o seu e nisto ser respeitado.
                Como separar o trigo do joio em nosso interior? Não posso imaginar opção diferente da reflexão sobre qualquer um de nossos pensamentos tanto quanto ao que se aplica a verdade interior de cada um deles quanto ao nível de aceitação da ideia que nossa igualdade esta exatamente na diferença como qualificador do ser humano.
                Se formos instigados a reagir instantaneamente a cada fato, mais do que isso treinados a ter respostas prontas perante eles, não reservamos tempo para pensá-lo, o que me parece ser a maneira que opera o sistema de formação hoje disseminado na nossa sociedade.
                Correto, estou sendo repetitivo clamo por uma análise séria sobre o tema a competição entre humanos é um grande desperdício, nos impingiram que as conquistas da humanidade vêm da competição quando bem o sabemos o homem não é indolente ele sempre por natureza projeta-se em frente, a competição apenas exige um esforço para sua execução que poderia estar sendo utilizado em maiores e melhores descobertas têm que enfrentar esta inverdade que é a competição ser o motor da humanidade para podermos ser maiores e melhores.
                Na mesma linha de pensamento exigi-se um combate permanente ao consumismo, esta ilusão de que alcançaremos a felicidade ao obter algo, o fato é que todas as conquistas consumistas geram frustração porque obtido perde seu sentido, estão na ideia de obter e não na necessidade do consumo que mantém a vida.
                Escravos destes mantras do consumo e da competição, desrespeitadores de nós mesmos e do outro, nos rebaixamos abrindo mão de nossa natureza humana para os anseios de ódio e violência contra o planeta e a humanidade, é hora de lutarmos pela nossa libertação em busca da construção de uma sociedade colaborativa de homens livres.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Medíocres se Impõem pelo Numero Como Previu Nietzsche.


                Parabéns conterrâneos pela vitória da mediocridade e seu tsunami avassalador a devastar a nobre nação brasileira, impondo este verdadeiro samba do crioulo doido que é o projeto de desmonte do país, com uma só finalidade entregar sua gente empobrecida e nossa riqueza natural nas mãos da elite internacional exploradora.

                Escolhemos e temos o governo que merecemos onde se tira oito reais mensais da renda da grande maioria dos brasileiros em nome da salvação nacional e privilegia-se parlamento e judiciário com caros penduricalhos para legislar e justiçar dentro da máxima aos amigos tudo e aos inimigos a perseguição implacável.

                A justiça sempre trabalhou para o poder, foi criada com este propósito, mas mantinha certo pudor tentando dar respeitabilidade aos seus descaminhos evitando cair no ridículo da submissão escancarada, agora como executivos á serviço da elite presta-se a lamentáveis despachos para manter seus ganhos despropositais em relação à realidade brasileira.

                Do nosso parlamento de eleitos por votos comprados pelo poder econômico há muito tempo é transparente que se legisla para o balcão de negócios no qual foi transformado, seu nível medíocre pode ser visto na tragicômica sessão do impedimento da presidenta Dilma onde o comportamento foi inferior a uma torcida popular em clássico de futebol, não faltando bandeirinha verde amarela, coral de frases feitas e dançinhas da moda.

                Mais cedo ou mais tarde chegaria a hora do executivo, onde o governo Temer representou um modesto trailer do que estava por vir, a gestão Bolsonaro, agora está a mostrar para o que venho com sua cara sem mascara, destruir todos os esforços feitos desde 1930 para sermos uma nação livre, soberana, com o brasileiro exercendo em plenitude sua cidadania.            

                Pouca coisa passa no crivo do bom senso nestes primeiros passos do novo governo, não temos estadistas e sim fundamentalistas em cada um dos postos ocupados, vivemos de chavões que tem um único foco manterem vivo um inimigo para aglutinar apoio enquanto desmontam o que construímos até hoje nesta terra para a emancipação da população, todas as medidas sem exceção penalizam os mais pobres em favor dos poderosos.

                Nestes quinhentos anos avançamos muito pouco no crescimento da cidadania, sempre sob o jugo de escravocratas, ditadores e feitores a serviço dos interesses internacionais cada passo em frente na construção do homem livre foi sempre muito dificil e no momento estamos retrocedendo como nunca, perdendo muitos anos de luta contra a predatória exploração do homem pelo homem.

O Medo a Liberdade, Desafio a Vida.


                Uma das mais queridas lembranças do inicio da minha adolescência foi o impacto que me causou na época a leitura entre tantas outras obras de Erich Fromm de “Medo a Liberdade”, credito grande ajuda na constituição do libertário que me julgo ser as reflexões feitas á partir deste texto bem como na escolha de novas fontes de leitura daí originadas.

                O tema continua atualíssimo encontramos cada vez mais este vazio entre a separação da natureza e a não aceitação da condição de finito do homem a expor sua fraqueza via autoritarismo, conformismo e afastamento dos outros homens abrindo mão do seu livre arbítrio em nome de chavões que utiliza como guarda chuva protetor.

                Sim a escolha de vida, a liberdade humana entre evoluir ou regredir é uma responsabilidade da qual não podemos abrir mão, e cada vez está mais explícita que a ânsia de poder é originada pela fraqueza e não pela força, é o medo e a angustia que levam o homem a cada vez mais buscar uma fuga psicológica de alienação via terem algo ou pertencerem a um grupo e assim se sentirem menos sós.

                Esta experiência tão ampliada no momento atual da sociedade brasileira e mundial de um consumo compulsivo para eliminar a insegurança, ansiedade até mesmo o desespero apenas nos mostra o rumo que tomamos de vazio de realização por não sabermos o que queremos inviabilizando assim a realização pessoal.  

                Ele tem clareza que o processo colonização do comportamento humano a serviço das elites tem diversos agentes como escola, família, igrejas  entre tantas outras organizações sociais utilizando um conjunto de recompensas individuais e assim moldando o caráter individual a serviço de uma aproximação do comportamento coletivo dando sustentação s esta estrutura sócio econômica de exploração que aí temos.

                A grande ameaça aos homens são as sociedades insanas que estão querendo estabelecer-se entre nós, contra estas necessitamos construir uma comunidade cooperativa e solidária valorizando a totalidade social sem negligenciar o indivíduo, infelizmente o que vemos é o ser humano abandonando o esforço pela liberdade por mecanismos de fuga e alienação.

                Apesar de ser do inicio do século passado sua construção filosófica, encaixa como uma luva para o momento atual, parece adequado refletirmos sobre sua obra para vencermos este caminho pessimista para o ser humano livre que estamos percorrendo e encontrarmos os mecanismos para a busca do libertário vivenciando uma totalidade social.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Estado Mínimo com Saúde, Educação e Renda Universal.


                A dignidade do ser humano só pode ser atendida com este tripé saúde, educação e renda universal dentro da sociedade capitalista, a garantia universal destes recursos devolveria a cidadania ao ser humano e atenderia aos anseios tanto da direita como da esquerda.

                Partimos do principio que produzimos riqueza suficiente, sempre que bem distribuída, para uma saúde e educação de alta qualidade e a garantia de renda mínima para a população mundial os números da economia global assim o mostram mesmo respeitando o direito a acumular riqueza dos interessados, apenas estaríamos limitando ao excedente pós-satisfação das necessidades básicas do ser humano.

                A movimentação desta renda de muitos geraria prosperidade econômica que os excessos de poupança de poucos retiram do mercado o que viabilizaria o crescimento da agricultura, indústria e serviços como retorno garantido em novas riquezas para a humanidade.

                Eliminaríamos enormes gastos administrativos da gestão de aposentadorias e assistência social que se tornariam desnecessárias e opcionais com os quais já aliviaríamos parte desta conta, sempre respeitando quem com rendimentos adicionais de seu trabalho queira prover-se de planos de previdência complementares.

                Todo o mecanismo de controle do trabalho tornar-se-ia desnecessário, outra enorme despesa a diminuir-se desta conta, diferente do modelo hoje em execução onde a pessoa é obrigada a sujeitar-se a acordos de trabalho para não morrer de fome estas relações seriam estabelecidas entre homens livres.

                Partindo do principio de que o grande gerador da violência é a injusta distribuição da riqueza entre a população planetária o custo de combatê-la diminuiria consideravelmente, veja que estou considerando a droga descriminalizada sendo tratada como questão de saúde publica o que por si só já baixaria os índices de violência existentes.

                Tudo aponta para qualificação do trabalho pelo novo modelo de liberdade nas relações entre os interessados, temos que aceitar que produzimos muito lixo hoje em dia em nome do movimento financeiro que o mesmo gera, vejo esta mudança como o rompimento definitivo desta camisa de força para o crescimento da ciência e tecnologia que é o mercado.

                Hoje podemos manter neste novo modelo uma sociedade de desemprego zero, desnecessário seria este recurso do desemprego para baixar preço da mão de obra, ter uma semana de vinte e quatro horas de trabalho, a automatização já a justifica, mas o modelo de relações trabalhistas não o permite, e aumentaríamos consideravelmente a qualidade do trabalho realizado pela adequação dos diferentes talentos individuais ao mesmo.

                 
                 Todos os esforços devem ser dirigidos para sanar esta gigantesca lacuna de educação e saúde entre alguns e a maioria dos seres humanos e recuperar sua dignidade pelo justo direito a vida.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Fomos Enganados trocaram a Abundancia da Terra pelo desperdício da Pátria.


                Nasci no planeta Terra em cuja exuberante natureza migrante ganhava o pão de cada dia com o suor do trabalho e a paz do espírito, eis que em ideia brilhante alguém cercou um pedaço do todo, intitulou-se dono deste e passamos a dedicar a maior parte do nosso esforço para manter este cercado como propriedade privada.

                Do espírito cooperativo onde as somas dos esforços aumentava o bem estar de todos passamos a competir para aumentar o cercado de cada um, instrumentando a família em custosos esforços de gestão, defesa e ampliação do ilegítimo espaço, assim nasceram às pátrias de uma convenção autoritária.

                Se pátria é definida pelo lugar em que nascemos todos sem exceção nascemos no planeta Terra, a natureza é nosso bem comum com a qual queremos viver em harmonia, isso só será possível quando derrubarmos os muros que são a causa da violência e do desperdício.

                A falência das instituições judiciárias, parlamentares e executivas nos afronta todo o dia começando pelos privilégios que entre si acordam, tão somente a eles interessa a injustiça da distribuição de renda e suas consequências no desentendimento dos cidadãos só assim podem perenizar-se na exploração da sociedade.

                Milhares de horas de trabalho da população são destinadas a sustentar estes mecanismos de poder com seus caros burocratas, exércitos, julgadores e manipuladores da opinião publica que estão sempre a serviço dos donos da pátria os financistas acumuladores de riqueza s via pirataria do trabalho humano.

                Uma falsa concorrência entre nações é o roteiro de teatro escrito para justificar sacrifícios imerecidos do povo escravizado em nome de sua independência, seus resultados são visíveis no engordar das posses dos dirigentes em contraste com a miséria de qualidade de vida do povo.

                Vivemos nosso dia a dia em harmonia na maior parte do tempo, resolvemos nossas questões com o outro sempre que necessário, dificuldades  que aparecem são corrigidas com parcerias construídas no momento não teríamos nenhum problema de nos autogerirmos desde que não tivéssemos as instituições a semear a discórdia e a violência entre nós sob o pretexto de nos proteger.

                O que é assustador é o pouco esforço que é feito bem como sua quase nula divulgação para termos uma gestão planetária sem estes muros artificiais chamados países e assim estancarmos este gigantesco desperdício do trabalho humano, o que bem verificamos não acontece no pequeno núcleo globalizado dos exploradores que nunca tiveram pátria e as defendem em nome de facilitar seus atos predadores.  

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Novos Governantes Atestam o Óbito da Democracia Representativa.


                Escancarado está que os eleitos não representam ninguém a não serem seus interesses particulares de classe dirigente, comportam-se como executivos da elite financeira sem compromisso algum com a nação e ainda se dão ao luxo de brincarem com o povo através de projetos exóticos tipo construção de muro entre dois países, brincar de guerra elegendo inimigos públicos e com isto distraindo a população de seus objetivos predadores do bem comum.

                O que deveria ser um apostolado voluntário na busca de melhoria para a população virou um serviço muito bem, direta e indiretamente, remunerado para acumulação de riqueza na mão de um número cada vez menor de seres humanos, se assim podemos chamá-los, sangue suga do trabalho escravo da imensa maioria da população de nosso planeta.

                Os processos eleitorais são jogos de cartas marcadas contra a população, primeiro porque verificamos não uma disputa sadia por um ideal de prestação de serviço publico e sim um disputa entre grupos candidatos a trabalharem pela elite econômica, segundo porque as amaras construídas pela sociedade de consumo e competição tem um grande poder de trabalhar a questão do desejo do ser humano em desfavor do mesmo, por sinal muito ampliado neste mundo globalizado.

                O processo é gerar o desejo, alimentar a fogueira da angustia, aparelhar o sentimento das pessoas que o outro é o causador da sua desgraça e sair a enumerar inimigos culpados pela insatisfação artificialmente alimentada pelo próprio sistema, assim o ciclo se completa e mantém a população escrava do processo de acumulação de riqueza, enquanto se distrai combatendo e odiando os pretensos inimigos é espoliada na maior parte do seu esforço laboral.

                Além desta classe de dirigentes que disputam entre si esta pequena parte das benesses de todo o trabalho humano, vemos um conjunto de intelectuais trabalhando com afinco para justificá-la, como se tal coisa fosse possível, prestando um desserviço à nação e ao mundo como um todo tornado hoje quase impossível questionar o sistema, são do mesmo tipo que no passado justificavam o direito divino dos reis em seu próprio beneficio.  

                Em síntese não somos donos de nosso destino, não escolhemos lideranças e sim feitores pagos com as migalhas da mesa dos predadores de sempre, os sacrifícios pelo bem da pátria sempre são exigidos da massa trabalhadora em nome da ampliação da acumulação de riquezas por poucos que foram produzidas por todos.

                Devemos descobrir o que o ser humano precisa realmente para viver em comunidade cooperativa visando o bem estar comum, o que aí está já se mostrou ineficaz pelo alto desperdício que gera e está muito próximo do esgotamento o que bem sabemos sempre acaba por nos conduzir a guerras mundiais como esforço de saneamento global com suas tristes consequências para a humanidade.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Não Sou um Prêmio na Guerra entre o Céu e o Inferno.


                Reduzir-me ao embuste da luta entre o bem e o mal significa abrir mão da minha natureza humana, desumanizar-me em favor desta farsa que esconde sede de poder via manipulação da vontade privando o livre arbítrio, ninguém tem autoridade para definir e julgar qualquer coisa que seja senão o homem como arbitro de si mesmo. 


                Vozes iradas ecoam por todos os lados vomitando suas malditas verdades com o intuito de submeterem os outros a seus caprichos e vontades, lhes falta por completo idoneidade, quem esta com a sua verdade não necessita impingi-la aos outros a não ser por escusos interesses de espoliação.

                Por certo posso ler minha alma quando aos outros observo em suas falas em seus escritos, entretanto nada indica que possa entender o que se passa no interior de quem por meu olhar coleciono fatos externos, para tal necessitaria ter percorrido o mesmo caminho o que como vida é uma impossibilidade.

                Não existe a dualidade entre bem e mal, nós os seres humanos somos bem mais complexos, trabalhamos sempre um arco Iris de opções, escolhemos o caminho adequado às experiências próprias de cada um de nós, e esta coerência conosco mesmo traduz-se como nossa verdade.

                Então quando alguém aponta seu dedo em direção ao outro o acusando de um caminho equivocado, nada mais esta fazendo do que se protegendo da ignorância sobre si mesmo, não temos caminhos a apontar apenas podemos ajudar as pessoas a entenderem-se melhor a buscarem o prumo entre sua individualidade e sua vocação para o social, que por certo não é a convivência com um grupo que segue as mesmas regras e sim a vivência da diversidade através do respeito mutuo.

                Nosso céu existe dentro do nosso inferno sendo diferente de qualquer outro, toda vez que falamos em nome de uma divindade ou de uma população estamos golpeando a verdade impomos a nossa como revelação privilegiada de terceiros o que é um blefe com objetivos claros de obtermos vantagens indevidas.

                Esta guerra entre céu e inferno, não existe, nunca existiu e não existirá a não ser como usurpação do direito dos outros por imposição de vontades particulares em busca de vantagens indevidas à custa dos nossos iguais.

                Porque não buscarmos o caminho da convivência das diferenças entre os homens, pelo respeito à diversidade e a infinita capacidade de homens livres sempre andarem lado a lado, inteiros por si próprios não necessitam de ter seus irmãos como muletas para realizarem-se como seres humanos.

                Não precisamos de inimigos, necessitamos de amarmo-nos o suficiente para amar o outro sem julgá-lo, quem precisa de inimigo é quem conhece sua fraqueza como ser humano.