Minha proposta
não é analisar a existência física das linhas de código escritas e sim a
aderência destas ao mundo real, aquele vivido por nosso usuário no seu dia a
dia quando planeja, executa, avalia, e onde o sistema não o ajudando pode ser
apenas um fardo a mais a ser carregado.
Muitas vezes participei de desgastantes e
cansativas reuniões na busca de culpados, onde transferimos para os usuários
via crédito na conta "uso incorreto do software" nossos problemas, se
tem algo que foge da responsabilidade de quem utiliza nosso produto é o seu
conhecimento do mesmo, o sistema oferecido é quem deve conhecer as necessidades
do utilizador.
Meu cliente, por óbvio, não tem nada a aprender
sobre o software que disponibilizo, sua tarefa é conhecer o próprio negócio,
suas principais regras e funcionalidades e é nesta direção que deve ser feito
todo e qualquer investimento de tempo e treinamento, aparecendo o software
apenas como um recurso de otimização do trabalho.
O profissional no processo de
informatização, independente do setor, concentra seus recursos em investimentos
necessários para aumentar sua produtividade, utilizando sistemas que devem ser
naturais, navegados de maneira intuitiva, com conceitos e símbolos usuais na
sua comunidade.
Somos tentados a propor sistemas que pecam
pela falta de simplicidade, onde mostramos nosso apego à tecnologia que bem
serve nossa vaidade, porém pouco compatível com as necessidades do usuário, de
alavanca passamos a objetivo e com isso estamos roubando precioso tempo de
nosso cliente.
Ter um software vivo no mercado significa
evitar somar obrigações para seu utilizador, significa simplificar tarefas
agregando potência a cada uma delas, significa via bons
resultados acrescer alegria e autoestima.