segunda-feira, 29 de julho de 2019

Vergonha é o Nome de Nossa Fraqueza Humana.


                Não consigo esquivar-me de sentir vergonha dos seres humanos que somos em pleno século XXI, imensamente mesquinhos, diminuímos ao não conseguirmos enxergar o outro ao nosso lado como um igual, incapazes que somos de somar para humanidade nos dedicamos a acumular em proveito próprio.

                O prazer de dividir os homens em busca de um imaginário poder, a insensatez de vivermos em estado de guerra com o único objetivo de apoderarmo-nos dos despojos, expõe a olhos nus nossa fraqueza como inteligência humana.

                Ignorante é nossa injusta distribuição da riqueza produzida pela humanidade permanentemente nos obrigando a jogar fora nossos melhores talentos na defesa da injustiça quando eles deveriam estar à disposição do crescimento da humanidade como um todo.

                Nem sei por que me melindro com esta vocação para um egoísmo que nada constrói, não há dúvidas que é pequinês achar-se maior pela diminuição do outro, temos lutado muitos mil anos para acreditarmos nisso e agora chafurdamos nesta lama podre que criamos.

                Estamos em tempos de homens pequenos e inseguros que necessitam de discursos de ódio e violência para proteger-se da sua incompletude, quem não se suporta corre atrás de inimigos imaginários para esquecer de seu desamor por si mesmo.

                Tropeçamos diariamente nas nossas fraquezas, que nos envergonham profundamente, ao caminharmos rumo a construção de uma torre de babel onde cada qual fala sua língua em detrimento de uma palavra universal.

                Sempre que possa lançar-me na direção de melhorar a vida do outro melhorarei a vida de todos e consequentemente a minha própria, difícil entender como nossa cegueira não nos deixa ver algo tão óbvio.

                Quando me dedico a pilhagem do outro estou me tornando candidato a ser pilhado por todos e assim nestes tempos áridos que vivemos gastamos nossos maiores esforços há nos defender do outro quando deveriam estar dedicados a construir com o outro.

                Urge repensarmos  o mundo que queremos em busca de recuperarmos o orgulho de sermos seres humanos em uma comunidade colaborativa que pode nos projetar ao infinito da alegria e do prazer, quanto mais pessoas felizes ao nosso lado mais candidatos a felicidade seremos.