terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

É Tempo de Repensar o Trabalho

     Repensar o trabalho que hoje se concentra em produzir supérfluos objetivando apenas manter um nível alto de ocupação com o intuito de alienar o homem conduzindo-o inexoravelmente à depressão e trazendo muito pouco acréscimo à sociedade humana como um todo, substituição deste por um trabalho criativo focado em melhorias para a humanidade tanto tecnológicas como artísticas e filosóficas que engrandeçam o homem conduzindo-o à felicidade e ao prazer da vida, romper o antigo paradigma da ocupação pelo novo do valor agregado ao homem.

     A cadeia produtiva hoje estabelecida tem em sua fundação a estrutura hierárquica de comando e controle com uma vasta quantidade de horas perdidas em mecanismos de monitoramento muitas vezes disfarçados em mecanismos técnicos de manipulação de grupos, fato que nos leva a dedicar muitas horas de labor em função do próprio ato de fazer o trabalho acontecer, agravado ainda pelo conservadorismo das fórmulas prontas que devem ser executadas ao pé da letra implicando em risco de reprimenda qualquer desvio criativo que o trabalhador ousar, tudo isso acaba por converter os participantes do processo em uma legião de insatisfeitos a produzirem pouco e com qualidade duvidosa do ponto de vista do homem e do negócio o sistema como um todo faliu.

     O trabalho em prol da humanidade não focado em produzir apenas itens de consumo supérfluos ou não é o único que pode redimir o homem, não existe como competentemente operar com trabalhadores pressionados pela necessidade de sobrevivência, só poderemos ter eficiência e eficácia no trabalho a partir da ruptura do paradigma da troca de trabalho humano por mais valia acrescida por recursos mínimos de sobrevivência, independente da unidade de medida que defina este mínimo, ninguém tem foco no que produz e sim nas coisas que necessita ou imagina necessitar na satisfação do desejo implantado pela própria sociedade neste, nenhuma das mudanças foi produzida assim com trabalho escravo em tempo nenhum da humanidade.          

     Ao contrário do mito espalhado pela sociedade o homem tem vocação e gosta de trabalhar, o que o afasta do mesmo é a linha de montagem de exploração destinada a ilegal e injusta acumulação de riqueza por uma minoria, cuja construção tem na base um equivocado direito do mais forte de que é justo, sempre que tiver falta de escrúpulo suficiente para tal, apropriar-se do trabalho de outrem em benefício próprio.

     Sem dúvida dependemos de mudanças nas áreas políticas, econômicas, sociais e principalmente na educacional para devolver ao homem o trabalho livre, há toda uma revolução a ser feita na busca de qualidade de vida individual de bem-estar social que só pode acontecer com suporte de evangelizadores destes novos tempos, não via movimento de massas e sim a partir de testemunhos vivos que fermentarão as mudanças.

     A vocação do ser humano está ligada à associação livre para o trabalho que tenha como retorno bens intelectuais e materiais de cunho comunitário e como destino aumentar o bem-estar individual e social da humanidade produzindo qualidade de vida para cada um e para todos os seres vivos.

     Não temos como negar que já temos tecnologia suficiente para manter a vida com qualidade para todos os seres vivos do planeta dispensando o trabalho humano escravo desde que possamos abrir mão de produzir e consumir lixo, eliminando a acumulação desnecessária de riquezas.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

É Tempo de Repensar o Sistema Político

     Repensar o sistema político onde a democracia representativa é apenas um artifício para o eficaz exercício do poder por forças econômicas amparadas no poderio militar, a vontade do povo exercida pelo voto apenas modernizou os curais eleitorais e nunca se votou tão de cabresto como hoje graças à análise científica e a criação e manipulação do desejo no homem, tão somente como já definia Rousseau a democracia direta pode funcionar para o benefício do homem e a base desta só pode ser estabelecida por contratos realizados a cada momento na direção do bem comum dos contratantes.

     O marketing político é a mola propulsora das vitórias eleitorais e quando falamos nele não estamos apenas nos referindo a uma venda de falsas imagens de felicidade para uma determinada população, estamos falando em ações premeditadas de agentes econômicos gerando crises ou falsos sucessos econômicos, estamos falando de movimentos propositalmente recessivos ou progressivos com aumento ou diminuição de dificuldades para a vida em geral com o fim específico de desestabilizar ou fortalecer um determinado grupo.

     O resultado do processo dito democrático é sempre uma ruptura entre a sociedade que vota e a que é a gerada pelo resultado do voto, não há um contrato entre as partes, após a eleição ocorre o imediato divórcio entre o votado e o votante onde o primeiro é conduzido a trabalhar em prol dos interesses de quem explora o segundo, por uma simples questão de sobrevivência, neste limbo social que é o conjunto dos políticos.

     Estabelecer a democracia de praça pública espaço este definido por qualquer local físico ou virtual onde partes interessadas possam contratar acordos para executar e vivenciar processos específicos por tempo determinado tão somente enquanto persistir o interesse comum é como vejo o contrato social a conduzir o caminhar lado a lado de seres humanos livres, sem representantes, sem mecanismos jurídicos, sem mecanismos repressivos é o caminho político que pode construir a igualdade real a que sustenta a diversidade em sua unicidade, o homem se unirá, se for este o caso, por interesses momentaneamente comuns em múltiplos trabalhos.

     Não nos parece necessário nenhum tipo de organismo com suas regras pré-definidas exigindo submissão às mesmas para adesão, esses mecanismos sempre são totalitários criando senhores e servos logo incentivando a violência como garantia de sua execução, corrompendo o homem para o princípio do tirar vantagem em tudo como afirmação da lei do mais forte físico ou cerebral.

     Não é o Homem que é bom ou mau, são os interesses das organizações que o classifica nestes graus conforme sua utilidade às mesmas como consequência o fim destas devolverá o ser humano à sua essência que é realizar-se no ato de existir e assim o fazendo transcenderá na direção dos outros que ao seu lado e em igualdade também estão.

     Esta dinâmica do movimento permanente onde em paralelo nos associamos em diferentes necessidades com diferentes pessoas resgata a individualidade e provê todos os mecanismos necessários para autossuficiência e maioridade do ser humano, estes diferentes contratos estabelecidos entre as partes têm o tempo contendo força necessária e suficiente de realizar a vocação política social do homem tornando desnecessários organismos legislativos, executivos e judiciários.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Sempre é Bom Ver o Povo na Rua.

     Agora que baixou a poeira, pergunto-me sobre o que acompanhamos na última semana, tento reordenar os fatos que presenciei entre manifestações populares, fatos políticos e manifestações da mídia, e me encontro frente a uma orquestra bem armada, inteligente e muito precisa em suas estratégias e objetivos.
     Unanimidade nacional, e não teria como ser diferente, é a luta contra a corrupção, somam-se as dificuldades do momento econômico, que sim refletem no padrão de vida de cada um de nós, com uma escalada de aumentos em tarifas públicas e impostos imediatamente repassados para os custos de todos os produtos obrigatoriamente consumidos por cada um de nós.
     Não me surpreendi com o padrão de preparação do evento público do último domingo, forte chamada nas redes sociais via vídeos e textos aparentemente refletindo desabafos pessoais com uma linguagem agressiva de desmonte das estruturas, carregada de expressões chulas, com tom de bate-boca de fundo de quintal, o que tão bem cai no gosto do público sedento por desastres e cliente passivo de Big Brothers e outros entretenimentos menos votados, de concentração na mídia de manchetes com o tema corrupção e com associação imediata ao PT e ao governo Dilma.
     Sim, sempre o povo na rua corresponde a um avanço na qualidade de organização de um povo, mesmo que ao final da manifestação haja disputas acirradas por um táxi para buscar o conforto do lar, sendo necessário e muito importante que o governo, qualquer que seja, esteja sentindo, percebendo que está sob a mira da população.
     Diferente das manifestações do ano passado, que em minha opinião foram legítimas sim uma manifestação é legítima ou não, pois não existe meio termo, e o eram porque reivindicavam com clareza necessidades da população como por exemplo o direito de transporte público gratuito, o reerguimento do sistema educacional, uma mudança completa do conceito de segurança pública, já nas deste ano não tinham esse espírito e sim um  repúdio a pessoas e organizações políticas, incitação a processos sem nenhum amparo legal de impedimento da presidente e até intervenção militar.

     O que nos parece mais triste é a tentativa de manipulação de todos nós com o objetivo de transformar uma luta que é realmente de todo um povo, a erradicação da corrupção, em um alvo pessoal e político, o que representa um completo desrespeito à grande maioria da população que tem lutas importantes para cobrar do governo na melhoria da relação entre povo e estado, sendo exposta a manipulações de interesses antipopulares dirigidos à retomada de governos que trabalham em benefício da minoritária elite nacional.              

domingo, 12 de fevereiro de 2017

É Tempo de Repensar o Conceito de Nação

     Sim, repensar as nações indefensáveis como organizações comunitárias tanto na determinação geográfica como cultural, pois foram constituídas pelas forças das armas tanto os territórios conquistados como os seres humanos agregados, fronteira é uma grande mentira destinada apenas a compor exércitos e criar governos com a finalidade de gerar castas de exploração do trabalho da maioria, as nações não existem são apenas uma estória inventada para tirar a liberdade do homem.

     Tem se mostrado extremamente conveniente manipular as populações em torno dos ideais de nacionalidade para os jogos da guerra desde os destinados a aumentar a submissão ao poder constituído internamente quanto os com objetivo de agregar território e riquezas de outros povos, um inimigo externo na maior parte das vezes artificialmente criado sempre propicia o estabelecer de leis de exceção que automaticamente são colocadas a serviço da acumulação de poder e riqueza.

     Uma humanidade amante da paz que rejeite qualquer tipo de discriminação não encontra nenhuma justificativa para separar irmãos por muros físicos ou demarcados por convenções de fronteiras e cabe a esta denunciar a fraude que significa a constituição de nações, toda e qualquer doutrina destinada a separar os homens entre si é apenas reflexo do desejo de poder de poucos, os seres humanos devem ser livres para conviver com quem quiserem no momento e no local que desejarem.

     A nação cobra do homem livre pesados encargos para sustentar instituições que só se justificam devido a esse falso conceito de unidade nacional, retiram-lhe o direito de ir e vir por engenhosos pactos de interesses, lhe é exigido o exercício militar na participação como mão de obra para a guerra e na sustentação de todo um caríssimo equipamento armamentista com suas instalações inúteis o que é no contexto da humanidade como um todo um desperdício inutilmente multiplicado pelo número de nações existentes, onde todas querem estar mais preparadas, melhor armadas que suas concorrentes, com o objetivo de expandir este sacrifício ao infinito pela continuada lei da ação e reação.

     O que ganhamos com o conceito de nacionalidade? Absolutamente nada, ser brasileiro, francês ou americano de nada nos serve a não ser o desejo de nos apropriamos dos esforços de outrem pela submissão das nações mais fracas ao interesse das mais fortes com a distribuição diferenciada das riquezas em proveito como sempre dos poderosos, agravado pelo fato de obrigatoriamente gerar discriminações entre os povos que é um contraponto à indiscutível vocação política do ser humano, política no sentido de que o homem lança-se sempre em direção ao outro, sempre na literatura e nas artes em geral sonhou-se uma unidade entre os povos e muito pouco se caminhou nesta direção infelizmente, não seria a hora de somarmos esforços para que isso se concretizasse? Penso que no mínimo é nossa obrigação pensarmos em um mundo sem fronteiras.


     Longe de mim ter alguma pretensão de ter a verdade sobre o tema, apenas penso desta maneira e me obrigo a partilhar com vocês essas ideias para que juntos possamos amadurecer um caminho que seja de paz para a humanidade onde o homem crescerá em direção ao ilimitado e eterno o que é um desejo que percebo muito forte em quase todas as pessoas com quem convivo.  

domingo, 5 de fevereiro de 2017

É Tempo de Repensar o Homem e suas Relações.

     Repensar o sistema educacional que é hoje uma estrutura arcaica destinada a colocar as pessoas nos trilhos da observância cega aos preceitos pré-definidos, sua cartilha é encaixá-las como instrumento útil a serviço de minorias, é preciso zerar e recomeçar o processo de educar este deve oferecer dúvidas e não certezas, para que assim cresçam pessoas inovadoras por sua capacidade de ver alternativas e fazer escolhas, pois o homem é a sua capacidade de optar.

     Repensar o modelo econômico estruturado na obtenção e manutenção de privilégios a qualquer preço sempre calcados na escravidão da multidão dos que são historicamente mantidos como menos iguais, os pensamentos falsos tipo tradição família e propriedade são usados como amparo de direito à expropriação do que é de todos por alguns, o novo rumo deve apontar para a vida digna, pelo direito à produção global da humanidade e a partilha mínima de todo ser humano, somos todos sem discriminação herdeiros do trabalho da humanidade enquanto não implantarmos o sistema que a isso contemple estaremos sujeitos ao permanente estado de guerra tanto individual como coletivamente quando o destino do homem deveria ser a paz.

     Repensar o sistema político em que a democracia representativa é apenas um artifício para o eficaz exercício do poder por forças econômicas amparadas no poderio militar, a vontade do povo exercida pelo voto apenas modernizou os curais eleitorais e nunca se votou tão de cabresto como hoje graças a análise científica e a criação e manipulação do desejo no homem, tão somente como já definia Rousseau a democracia direta pode funcionar para o benefício do homem e a base desta só pode ser estabelecida por contratos realizados a cada momento na direção do bem comum dos contratantes.                  
    
     Repensar o trabalho que hoje se concentra em produzir supérfluos objetivando apenas manter um nível alto de ocupação com o intuito de alienar o homem conduzindo-o inexoravelmente à depressão e trazendo muito pouco acréscimo à sociedade humana como um todo, substituição deste por um trabalho criativo focado em melhorias para a humanidade tanto tecnológicas como artísticas e filosóficas que engrandeça o homem conduzindo-o a felicidade e ao prazer da vida, romper o antigo paradigma da ocupação pelo novo do valor agregado ao homem.

     Sim, repensar as nações indefensáveis como organizações comunitárias tanto na determinação geográfica como cultural, pois foram constituídas pelas forças das armas tanto os territórios conquistados como os seres humanos agregados, fronteira é uma grande mentira destinada apenas a compor exércitos e criar governos com a finalidade de gerar castas de exploração do trabalho da maioria, as nações não existem são apenas uma estória inventada para tirar a liberdade do homem.

     Repensar o existir que na verdade para a grande maioria é pura ilusão, fantasia de quem não sabe o que faz nem o porquê e muito menos o para que, não que seja fácil compreendermo-nos, necessitamos das ferramentas para fazê-lo, a humanidade já as obteve e as suprime da maioria por um exigido movimento permanente em direção ao nada, necessitamos urgentemente recuperar o preocupar-se consigo e assim abrir a oportunidade do encontro do eu integral isto é a felicidade.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Blefar é o Padrão do Bate Boca na Rede.

     Na mesa armada em redes sociais conhecidas escondidos atrás das cartas posicionam-se profissionais e amadores, uma insalubre mistura explosiva de muitos interesses, participam desse jogo organizações de diversificados matizes ideológicos, seus objetivos nesse meio são somados aos esforços dos meios de comunicação usuais, é um jogo moderno que busca reproduzir o efeito líder de rebanho em que ovelhas guias habilmente dirigidas por pastores conduzem-no na direção desejada.

     Cria-se um muro a dividir o que é serviço à humanidade e o que é servir-se desta, se por um lado a exposição sistemática de argumentos consistentes nos permite abrir a perspectiva de ampliar a reflexão por parte das pessoas que participam da discussão, em contrapartida oportuniza a divulgação de slogans de guerra habilmente construídos com apoio de sérios estudos do comportamento humano buscando em seus efeitos seduzir o homem para as práticas que o escravizam.

     Neste vale tudo caracterizado por ser panfletário logo destituído de preocupação maior com a construção de verdade editam-se notícias, criam-se fatos, manipulam a ciência, fraudam documentos e com base nessas falsas ocorrências produz-se a sentença no sentido da justificação de objetivos predefinidos, sempre com uma pitada de agressividade que traz como vantagem mexer na indignação do leitor desatento.                  
    
     Encontramos muita gente bem intencionada na busca da boa batalha tentando colocar argumentos e lucidez na mesa, isso até perderem a paciência com a intromissão premeditadamente zombeteira debochada e violenta na busca do desarmar a conversa espalhando uma nuvem de fumaça sobre o tema real, escondendo assim a lucidez dos argumentos com um cobertor de frases de efeito de fácil aprovação e vazio significado.

     Duvidar da premeditação marqueteira destas intervenções é esbanjar ingenuidade quanto aos assalariados do poder econômico com seus interesses muito conhecidos em momento do mais absoluto sucesso da acumulação econômica e manipulação social, seus esforços para manter e aumentar a superficialidade do conhecimento via degradação da arte, da filosofia e da lógica matemática com especialização do pensar que nos transforma em simples peças desta construção desumana que é a sociedade da guerra pelo maior consumo.

     Os homens livres têm por obrigação denunciar este blefar que é o padrão do bate boca na rede evitando cair nas armadilhas da dualidade de argumentação, não existe esta disputa entre o bem e o mal esta orquestração interessa apenas aos mesmos de sempre e é preciso combatê-la em cada trincheira trazendo esclarecimento e reflexão em todos os espaços que lhes são oportunizados, não como donos da verdade que é por si só uma manifestação fascista e sim para construir a verdade que traz o crescimento da natureza e como parte desta do homem.