Entre a Lei de Murphy, "tudo que pode
dar errado, vai dar errado", e um conhecido adágio espanhol, "Nós não
acreditamos em bruxas, mas que elas existem, existem!”, dividimos nosso dia a
dia de profissional de TI convivendo com projetos bem-sucedidos e outros nem
tanto, são os problemáticos que explicam e popularizam as afirmações
anteriores, na prática essa abordagem é apenas um erro contábil, na coluna do
débito colocamos os problemas esquecendo-nos de colocar as soluções que
oferecemos na coluna do crédito.
A garantia contra as bruxas, nas quais não
acreditamos, provoca grandes esforços no desenvolvimento de mecanismos e
estruturas de proteção, subtraindo parcela significativa do escasso tempo que
dispomos de dedicação ao projeto, em busca de minimizar esse esforço me
aventuro a sugerir pequenos passos que talvez nos ajudem.
Primeiro cuidado, dedicar todo o tempo
necessário para entender os objetivos e as metas a serem atingidas por nosso
cliente, isso não representa falta de fé no descritivo do projeto que ele nos
apresenta, apenas significa que é preciso saber onde queremos chegar e não o
que fazer, o detalhamento apenas nos tira do foco do que é básico, a clareza
nos objetivos nas metas vai facilitar o caminho.
Pesquisa sobre o tema é o passo seguinte
preciso antes de discutir o detalhamento com o futuro utilizador preparar-me
para as conversas que terei com o mesmo, como discutir com alguém um assunto
que não domino? Não me preparando onde vou achar o espírito crítico para
analisar suas solicitações e garantir sucesso no desenvolvimento, o segredo é
fazer as perguntas certas.
Negociar, sim negociar prioridades é
fundamental, agrupando conjuntos de funcionalidades com o objetivo de dividir
para eliminar a complexidade, investir tempo na descoberta de "onde estão
os ganhos", identificar alternativas, buscar o melhor caminho obtendo uma
programação de entregas priorizadas.
Trabalhar com times pequenos de talentos
complementares, ter sempre como parte do time um especialista no tema,
consultor interno ou externo que possibilite enriquecer a proposta, não em número
de funcionalidades e sim em qualidade.