quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Murphy a TI apostando nas bruxas

     Entre a Lei de Murphy, "tudo que pode dar errado, vai dar errado", e um conhecido adágio espanhol, "Nós não acreditamos em bruxas, mas que elas existem, existem!”, dividimos nosso dia a dia de profissional de TI convivendo com projetos bem-sucedidos e outros nem tanto, são os problemáticos que explicam e popularizam as afirmações anteriores, na prática essa abordagem é apenas um erro contábil, na coluna do débito colocamos os problemas esquecendo-nos de colocar as soluções que oferecemos na coluna do crédito.

     A garantia contra as bruxas, nas quais não acreditamos, provoca grandes esforços no desenvolvimento de mecanismos e estruturas de proteção, subtraindo parcela significativa do escasso tempo que dispomos de dedicação ao projeto, em busca de minimizar esse esforço me aventuro a sugerir pequenos passos que talvez nos ajudem.

     Primeiro cuidado, dedicar todo o tempo necessário para entender os objetivos e as metas a serem atingidas por nosso cliente, isso não representa falta de fé no descritivo do projeto que ele nos apresenta, apenas significa que é preciso saber onde queremos chegar e não o que fazer, o detalhamento apenas nos tira do foco do que é básico, a clareza nos objetivos nas metas vai facilitar o caminho.

     Pesquisa sobre o tema é o passo seguinte preciso antes de discutir o detalhamento com o futuro utilizador preparar-me para as conversas que terei com o mesmo, como discutir com alguém um assunto que não domino? Não me preparando onde vou achar o espírito crítico para analisar suas solicitações e garantir sucesso no desenvolvimento, o segredo é fazer as perguntas certas.

     Negociar, sim negociar prioridades é fundamental, agrupando conjuntos de funcionalidades com o objetivo de dividir para eliminar a complexidade, investir tempo na descoberta de "onde estão os ganhos", identificar alternativas, buscar o melhor caminho obtendo uma programação de entregas priorizadas.

     Trabalhar com times pequenos de talentos complementares, ter sempre como parte do time um especialista no tema, consultor interno ou externo que possibilite enriquecer a proposta, não em número de funcionalidades e sim em qualidade.

     Caros agentes de soluções em TI, que por acaso me privilegiaram com a leitura destas linhas, tenho certeza que a vossa experiência em muito vai corrigir e complementar essas ideias, de minha parte eu espero apenas que tenham alguma utilidade.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Meu aplicativo destruindo postos de trabalho

     Cinema mudo, Chaplin e aquela sequência maravilhosa, o nosso simpático herói completamente desajustado na linha de produção da fábrica, por que me lembrei disto? Porque me vejo hoje inserido em uma sociedade cada vez mais comprometida com a qualidade de vida, começando enfim a romper com esta perversa cadeia construída com a revolução industrial.

     Hoje com maior constância ocorrem surpresas, caminhos alternativos, manifestações poderosas, inesperadas e surpreendentes em praça pública, jovens etiquetados como "bem encaminhados profissionalmente" buscando e principalmente criando outro modo de trabalho, são tempos que nos apontam para direções novas.

     São oportunidades para a comunidade de desenvolvimento de sistemas, elas aparecem em suas duas faces, por um lado o compromisso de construir produtos que automatizando eliminem estes enfadonhos postos de trabalho que ferem a dignidade humana e por outro lado aplicativos que sirvam de oportunidade para a manifestação dos talentos inerentes a cada um de nossos clientes.

     Na primeira oportunidade a grande "vedete" é o Workflow, gerenciador de processos de negócio (BPM), rico em facilidades para desenhar e automatizar processos, que permite trabalhar em uma capa de alto nível e com um poderoso instrumental para institucionalizar a melhoria contínua.

     Na segunda o "astro" é a Inteligência de Negócios (BI), que privilegia ações pró-ativas, ou seja, tudo começa pela visualização dos alertas e seus indicadores expostos nas diferentes dimensões que analisados permitem ao cliente gestor decidir e iniciar os processos mais adequados.


     As oportunidades vêm do mercado, a tecnologia é disponibilizada por ferramentas de TI, no meu caso o Genexus integra no ambiente de desenvolvimento tanto o workflow (GXflow) como o BI (GXquery/GXplorer), e eu com desenvolvimento de aplicativos contribuo para mais qualidade de vida, turnos de trabalho menores e a consequente ampliação do tempo dedicado à convivência humana.    

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Meu aplicativo minha a mesa de trabalho

        Participante ativo de uma sociedade de trocas, onde ora sou cliente ora sou fornecedor, tenho a oportunidade de atuando como cliente desenhar as melhores soluções para meu papel de fornecedor, identificando os pontos fortes que me ajudam e principalmente os pontos fracos que me atrapalham e os utilizo como apoio na modelagem da solução que vou oferecer.

       Minha experiência pessoal oportunizou o uso de vários softwares de CRM, alguns desenvolvidos na própria oficina, outros contratados de terceiros, apesar da qualidade destes produtos sempre me defrontaram com a necessidade de somar ao seu uso em paralelo algum recurso manual ou informatizado.  

        Vivendo o evento "negociação com o cliente" necessito um relatório com as últimas negociações, uma síntese das vendas anteriores, uma planilha com os preços e condições, um bloco de notas para minhas anotações, meu foco está todo dedicado na valorização da conversa com o cliente logo o acesso a todos esses recursos deve ser direto, em um mesmo lugar, no modo "em um click", evitando percorrer menus em busca de cada um destes itens.

         Na prática lá estava eu utilizando um excelente software e em paralelo a cada momento necessitando agregar um novo recurso, uma simples folha de papel para anotações, relatórios para consultas ou ainda sofisticadas planilhas, em outras palavras o aplicativo não conseguia substituir a minha boa e velha mesa de trabalho.

         Assim aprendi a olhar o dia a dia de meus clientes, identificando a cada evento como disponibilizar todos os recursos necessários para sua execução, servindo em um formulário a mesa de trabalho na medida em facilidades e quantidades de recursos.
   
         Não foi difícil perceber que o excesso também nada somava, nega o que penso ser básico que é a simplicidade, agregar engenhosas funcionalidades que em verdade mais alimentam o ego do escritor do software do que ajudam o cliente, quando disponibilizadas acabam poluindo a tela e por consequência gerando dificuldade e não facilidade.


         A tecnologia disponível, os novos modelos de relacionamentos entre as pessoas e o trabalho adicionam valor ao software devido ao fato de a mesa de trabalho, por ser virtual, em cada momento acompanhar o seu usuário.