Sempre somos luz,
sempre somos rocha, sempre somos mar, nós seres humanos sempre compomos este
arco Iris onde multifacetados expomo-nos ao mundo, ora iluminados, ora firmes
como fortaleza, ora constância em ondas ao encontro do outro, diversificados em
diferentes níveis de intensidade combinamos a cada momento dado os elementos
acima referidos redefinindo-nos.
Todos somos ao
mesmo tempo vitrines e olhares, sempre acabamos avaliando como avaliados nas
mutantes situações, em cada encontro dependentes do nível de intensidade de
cada uma das partes em cada um dos participantes, nunca o momento repete-se,
sempre é uma nova água que passa pelo rio da vida.
Luz, iluminar
depende muito mais do iluminado do que do iluminador, quem absorve os raios os
filtra conforme sua necessidade e possibilidade, portanto não posso querer
iluminar a não ser a mim próprio e por ai reside o foco capaz de garantir
serenidade, tenho que poder brilhar ao máximo para mim mesmo sem nenhuma
pretensão de ser visto e principalmente com a sensibilidade de ver, sentir o
fulgor das outras estrelas que nos cercam.
Rocha, o
reconhecimento de que somos finitos apresenta-se como grande alicerce na
construção do viver pleno, esta fundação base sobre a qual se sustenta o entendimento
pleno do que somos do que podemos e assim nos fortalecemos na aptidão por viver
contra a inércia do fazer o tempo passar, por certo a decisão de optar
constantemente por existir em plenitude é pessoal e intransferível e como no
quesito anterior devemos sempre estar atentos em observar existências plenas
que nos cercam e assim apreendermos.
Não podendo
garantir o nível de consistência físico-espiritual, podemos sim conviver, sempre
que conscientes da fotografia do momento, com nossa maior ou menor
consistência, não estamos condenados por não ser a rocha mais dura, toda força
está em conhecê-la e assim agir e reagir adequadamente a cada situação que nos
apresente.
Mar, o eterno vai
e vem das ondas com potências diferenciadas, com persistência infinita, nos
lança definitivamente no otimismo capaz de garantir um constante ultrapassar
dos inevitáveis obstáculos que nossos passos enfrentarão, em ondas avançamos no
nosso existir fazendo-o de maneira melhor á medida que navegamos na régua do
tempo, o refluxo é sempre um acumular de forças e nunca uma derrota ou um
recuo, é sim sinônimo de ir em frente.
Os Seres humanos,
nos seus encontros e desencontros, vivem relação de completude ao sabor do momento
de luz, rocha e mar de cada um, tal qual camaleão adaptam-se mutuamente na
busca da utopia de eternidade.