domingo, 11 de junho de 2023

Fantasiosa Inteligência Artificial.

 

               Não sabemos viver fora da bolha de ilusão, fantasiamos a vida tratando como novo algo que sempre esteve presente no nosso dia a dia, nada mais fazemos do que retemperar o prato de ontem para vende-lo por um preço melhor, então o xodó hoje é inteligência artificial, a mover a roda do consumo.

 

               Desde que me conheço no mundo de TI, tratamos de uma mesma coisa processar muita informação rapidamente usando apenas dois segredos, o loop (laço) e o IF (escolha), o que agregamos é muita tecnologia o que aumenta em muito a velocidade de processamento e a quantidade de informações que podemos armazenar.

 

               Certamente estamos muito longe dos complexos circuitos do celebro humano, sua capacidade de processar os sentidos com herança genética e memórias constantemente reescritas em novas versões com uma velocidade de processamento incrível é ainda um mistério a ser decifrado.

 

               Fica muito fácil exemplificar, só precisamos movermos nosso olhar para os famosos jogadores de xadrez eletrônicos, cujo segredo é tão simples, guarda milhares partidas das quais conhece cada situação do tabuleiro, e principalmente conhece os resultados, logo com velocidade de processamento pode pesquisá-las e ver quais são os movimentos já feitos das peças com maior possibilidade de vitória.

 

               Mas vender o velho maquiado por novo é a própria definição do estado atual da humanidade, precisa enxergar diferente para satisfazer o desejo de consumo, vírus pacientemente injetado em cada um de nós durante o viver percorrido desde o nosso nascimento até a morte.

 

               Sempre que colocamos a criação de novidades como resposta ao desejo artificialmente administrado, estamos apenas servindo ao tirano do consumo e muito pouco agregando ao prazer e a felicidade humana.

 

               O defeito não está na obra, mas sim na concepção da mesma, enquanto não orientarmos nossas descobertas para encontrar uma sociedade mais integrada, solidaria e feliz, continuaremos a viver o mundo da fantasia e da ilusão.

 

               Como quebrar esta cadeia que nos aprisiona e escraviza é o desafio do presente, não somos uma sociedade sadia e urge buscar sua cura para mudarmos nosso status para saudáveis humanos felizes.