Estamos alguns
anos após 2000 e na mesa do bar o tema "Idade Média" corria solto, a víamos
com a primeira fase sem luz depois do gênesis "Deus criou os céus e a
terra. A terra estava informe e vazia", o que nos
interessava era o porquê e o como chegamos a um momento de obscuridade tão
grande, principalmente em sequência a civilizações do porte das egípcias,
gregas e romanas, entre uma e outra jogada, a bola da vez era a igreja, não por
ser a igreja, mas sim por ser o único poder estabelecido e baseado numa
impossibilidade que é a Fé.
Recordando "No
princípio, Deus criou os céus e a terra. A terra estava informe e vazia; as
trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas. Deus disse:
Faça-se a luz!”. E a luz foi feita, sim, disse presente o renascimento com
pensadores como Descartes, Michelangelo iniciando uma bela resposta para as
trevas.
Graças ao pessoal
da sala PF Gastal pude ver nesta semana documentários sobre Poe, Vitor Hugo e
Sartre com seu "Castor" (a brilhante feminista Simone de Beauvoir) e
as minhas releituras do mês compostas por obras de Poe, Bukowski, Proust e
Henry Miller, que esplendor o mundo até 1970 onde as luzes iniciadas pelo
renascimento e principalmente a partir de Dostoievski brilharam ao máximo.
Agora um pouco
adiante do ano 2200, um mundo de encontros não mais em mesas e sim em temas que
espalhados pelo espaço compartilham pensantes, nos encontramos no ponto
"idade das trevas" e estamos partilhando o sentimento de um conjunto
de anos, 1970 a 2014, tentando compreender como foi possível uma segunda idade
média e entre as muitas explicações a que unia mais pensamentos é a de ser uma consequência
óbvia de um imperialismo (a igreja da época) com sua democracia (a fé da época).
Deus onde estais?
Precisamos um novo “Faça-se a luz!”, com ou sem você necessitamos semear
pensadores e derrubar a sofisticada máquina imperialista, diferenciadora de
homens, estabelecida como verdade hegemônica sobre a humanidade.