quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Medíocres se Impõem pelo Numero Como Previu Nietzsche.


                Parabéns conterrâneos pela vitória da mediocridade e seu tsunami avassalador a devastar a nobre nação brasileira, impondo este verdadeiro samba do crioulo doido que é o projeto de desmonte do país, com uma só finalidade entregar sua gente empobrecida e nossa riqueza natural nas mãos da elite internacional exploradora.

                Escolhemos e temos o governo que merecemos onde se tira oito reais mensais da renda da grande maioria dos brasileiros em nome da salvação nacional e privilegia-se parlamento e judiciário com caros penduricalhos para legislar e justiçar dentro da máxima aos amigos tudo e aos inimigos a perseguição implacável.

                A justiça sempre trabalhou para o poder, foi criada com este propósito, mas mantinha certo pudor tentando dar respeitabilidade aos seus descaminhos evitando cair no ridículo da submissão escancarada, agora como executivos á serviço da elite presta-se a lamentáveis despachos para manter seus ganhos despropositais em relação à realidade brasileira.

                Do nosso parlamento de eleitos por votos comprados pelo poder econômico há muito tempo é transparente que se legisla para o balcão de negócios no qual foi transformado, seu nível medíocre pode ser visto na tragicômica sessão do impedimento da presidenta Dilma onde o comportamento foi inferior a uma torcida popular em clássico de futebol, não faltando bandeirinha verde amarela, coral de frases feitas e dançinhas da moda.

                Mais cedo ou mais tarde chegaria a hora do executivo, onde o governo Temer representou um modesto trailer do que estava por vir, a gestão Bolsonaro, agora está a mostrar para o que venho com sua cara sem mascara, destruir todos os esforços feitos desde 1930 para sermos uma nação livre, soberana, com o brasileiro exercendo em plenitude sua cidadania.            

                Pouca coisa passa no crivo do bom senso nestes primeiros passos do novo governo, não temos estadistas e sim fundamentalistas em cada um dos postos ocupados, vivemos de chavões que tem um único foco manterem vivo um inimigo para aglutinar apoio enquanto desmontam o que construímos até hoje nesta terra para a emancipação da população, todas as medidas sem exceção penalizam os mais pobres em favor dos poderosos.

                Nestes quinhentos anos avançamos muito pouco no crescimento da cidadania, sempre sob o jugo de escravocratas, ditadores e feitores a serviço dos interesses internacionais cada passo em frente na construção do homem livre foi sempre muito dificil e no momento estamos retrocedendo como nunca, perdendo muitos anos de luta contra a predatória exploração do homem pelo homem.

O Medo a Liberdade, Desafio a Vida.


                Uma das mais queridas lembranças do inicio da minha adolescência foi o impacto que me causou na época a leitura entre tantas outras obras de Erich Fromm de “Medo a Liberdade”, credito grande ajuda na constituição do libertário que me julgo ser as reflexões feitas á partir deste texto bem como na escolha de novas fontes de leitura daí originadas.

                O tema continua atualíssimo encontramos cada vez mais este vazio entre a separação da natureza e a não aceitação da condição de finito do homem a expor sua fraqueza via autoritarismo, conformismo e afastamento dos outros homens abrindo mão do seu livre arbítrio em nome de chavões que utiliza como guarda chuva protetor.

                Sim a escolha de vida, a liberdade humana entre evoluir ou regredir é uma responsabilidade da qual não podemos abrir mão, e cada vez está mais explícita que a ânsia de poder é originada pela fraqueza e não pela força, é o medo e a angustia que levam o homem a cada vez mais buscar uma fuga psicológica de alienação via terem algo ou pertencerem a um grupo e assim se sentirem menos sós.

                Esta experiência tão ampliada no momento atual da sociedade brasileira e mundial de um consumo compulsivo para eliminar a insegurança, ansiedade até mesmo o desespero apenas nos mostra o rumo que tomamos de vazio de realização por não sabermos o que queremos inviabilizando assim a realização pessoal.  

                Ele tem clareza que o processo colonização do comportamento humano a serviço das elites tem diversos agentes como escola, família, igrejas  entre tantas outras organizações sociais utilizando um conjunto de recompensas individuais e assim moldando o caráter individual a serviço de uma aproximação do comportamento coletivo dando sustentação s esta estrutura sócio econômica de exploração que aí temos.

                A grande ameaça aos homens são as sociedades insanas que estão querendo estabelecer-se entre nós, contra estas necessitamos construir uma comunidade cooperativa e solidária valorizando a totalidade social sem negligenciar o indivíduo, infelizmente o que vemos é o ser humano abandonando o esforço pela liberdade por mecanismos de fuga e alienação.

                Apesar de ser do inicio do século passado sua construção filosófica, encaixa como uma luva para o momento atual, parece adequado refletirmos sobre sua obra para vencermos este caminho pessimista para o ser humano livre que estamos percorrendo e encontrarmos os mecanismos para a busca do libertário vivenciando uma totalidade social.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Estado Mínimo com Saúde, Educação e Renda Universal.


                A dignidade do ser humano só pode ser atendida com este tripé saúde, educação e renda universal dentro da sociedade capitalista, a garantia universal destes recursos devolveria a cidadania ao ser humano e atenderia aos anseios tanto da direita como da esquerda.

                Partimos do principio que produzimos riqueza suficiente, sempre que bem distribuída, para uma saúde e educação de alta qualidade e a garantia de renda mínima para a população mundial os números da economia global assim o mostram mesmo respeitando o direito a acumular riqueza dos interessados, apenas estaríamos limitando ao excedente pós-satisfação das necessidades básicas do ser humano.

                A movimentação desta renda de muitos geraria prosperidade econômica que os excessos de poupança de poucos retiram do mercado o que viabilizaria o crescimento da agricultura, indústria e serviços como retorno garantido em novas riquezas para a humanidade.

                Eliminaríamos enormes gastos administrativos da gestão de aposentadorias e assistência social que se tornariam desnecessárias e opcionais com os quais já aliviaríamos parte desta conta, sempre respeitando quem com rendimentos adicionais de seu trabalho queira prover-se de planos de previdência complementares.

                Todo o mecanismo de controle do trabalho tornar-se-ia desnecessário, outra enorme despesa a diminuir-se desta conta, diferente do modelo hoje em execução onde a pessoa é obrigada a sujeitar-se a acordos de trabalho para não morrer de fome estas relações seriam estabelecidas entre homens livres.

                Partindo do principio de que o grande gerador da violência é a injusta distribuição da riqueza entre a população planetária o custo de combatê-la diminuiria consideravelmente, veja que estou considerando a droga descriminalizada sendo tratada como questão de saúde publica o que por si só já baixaria os índices de violência existentes.

                Tudo aponta para qualificação do trabalho pelo novo modelo de liberdade nas relações entre os interessados, temos que aceitar que produzimos muito lixo hoje em dia em nome do movimento financeiro que o mesmo gera, vejo esta mudança como o rompimento definitivo desta camisa de força para o crescimento da ciência e tecnologia que é o mercado.

                Hoje podemos manter neste novo modelo uma sociedade de desemprego zero, desnecessário seria este recurso do desemprego para baixar preço da mão de obra, ter uma semana de vinte e quatro horas de trabalho, a automatização já a justifica, mas o modelo de relações trabalhistas não o permite, e aumentaríamos consideravelmente a qualidade do trabalho realizado pela adequação dos diferentes talentos individuais ao mesmo.

                 
                 Todos os esforços devem ser dirigidos para sanar esta gigantesca lacuna de educação e saúde entre alguns e a maioria dos seres humanos e recuperar sua dignidade pelo justo direito a vida.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Fomos Enganados trocaram a Abundancia da Terra pelo desperdício da Pátria.


                Nasci no planeta Terra em cuja exuberante natureza migrante ganhava o pão de cada dia com o suor do trabalho e a paz do espírito, eis que em ideia brilhante alguém cercou um pedaço do todo, intitulou-se dono deste e passamos a dedicar a maior parte do nosso esforço para manter este cercado como propriedade privada.

                Do espírito cooperativo onde as somas dos esforços aumentava o bem estar de todos passamos a competir para aumentar o cercado de cada um, instrumentando a família em custosos esforços de gestão, defesa e ampliação do ilegítimo espaço, assim nasceram às pátrias de uma convenção autoritária.

                Se pátria é definida pelo lugar em que nascemos todos sem exceção nascemos no planeta Terra, a natureza é nosso bem comum com a qual queremos viver em harmonia, isso só será possível quando derrubarmos os muros que são a causa da violência e do desperdício.

                A falência das instituições judiciárias, parlamentares e executivas nos afronta todo o dia começando pelos privilégios que entre si acordam, tão somente a eles interessa a injustiça da distribuição de renda e suas consequências no desentendimento dos cidadãos só assim podem perenizar-se na exploração da sociedade.

                Milhares de horas de trabalho da população são destinadas a sustentar estes mecanismos de poder com seus caros burocratas, exércitos, julgadores e manipuladores da opinião publica que estão sempre a serviço dos donos da pátria os financistas acumuladores de riqueza s via pirataria do trabalho humano.

                Uma falsa concorrência entre nações é o roteiro de teatro escrito para justificar sacrifícios imerecidos do povo escravizado em nome de sua independência, seus resultados são visíveis no engordar das posses dos dirigentes em contraste com a miséria de qualidade de vida do povo.

                Vivemos nosso dia a dia em harmonia na maior parte do tempo, resolvemos nossas questões com o outro sempre que necessário, dificuldades  que aparecem são corrigidas com parcerias construídas no momento não teríamos nenhum problema de nos autogerirmos desde que não tivéssemos as instituições a semear a discórdia e a violência entre nós sob o pretexto de nos proteger.

                O que é assustador é o pouco esforço que é feito bem como sua quase nula divulgação para termos uma gestão planetária sem estes muros artificiais chamados países e assim estancarmos este gigantesco desperdício do trabalho humano, o que bem verificamos não acontece no pequeno núcleo globalizado dos exploradores que nunca tiveram pátria e as defendem em nome de facilitar seus atos predadores.  

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Novos Governantes Atestam o Óbito da Democracia Representativa.


                Escancarado está que os eleitos não representam ninguém a não serem seus interesses particulares de classe dirigente, comportam-se como executivos da elite financeira sem compromisso algum com a nação e ainda se dão ao luxo de brincarem com o povo através de projetos exóticos tipo construção de muro entre dois países, brincar de guerra elegendo inimigos públicos e com isto distraindo a população de seus objetivos predadores do bem comum.

                O que deveria ser um apostolado voluntário na busca de melhoria para a população virou um serviço muito bem, direta e indiretamente, remunerado para acumulação de riqueza na mão de um número cada vez menor de seres humanos, se assim podemos chamá-los, sangue suga do trabalho escravo da imensa maioria da população de nosso planeta.

                Os processos eleitorais são jogos de cartas marcadas contra a população, primeiro porque verificamos não uma disputa sadia por um ideal de prestação de serviço publico e sim um disputa entre grupos candidatos a trabalharem pela elite econômica, segundo porque as amaras construídas pela sociedade de consumo e competição tem um grande poder de trabalhar a questão do desejo do ser humano em desfavor do mesmo, por sinal muito ampliado neste mundo globalizado.

                O processo é gerar o desejo, alimentar a fogueira da angustia, aparelhar o sentimento das pessoas que o outro é o causador da sua desgraça e sair a enumerar inimigos culpados pela insatisfação artificialmente alimentada pelo próprio sistema, assim o ciclo se completa e mantém a população escrava do processo de acumulação de riqueza, enquanto se distrai combatendo e odiando os pretensos inimigos é espoliada na maior parte do seu esforço laboral.

                Além desta classe de dirigentes que disputam entre si esta pequena parte das benesses de todo o trabalho humano, vemos um conjunto de intelectuais trabalhando com afinco para justificá-la, como se tal coisa fosse possível, prestando um desserviço à nação e ao mundo como um todo tornado hoje quase impossível questionar o sistema, são do mesmo tipo que no passado justificavam o direito divino dos reis em seu próprio beneficio.  

                Em síntese não somos donos de nosso destino, não escolhemos lideranças e sim feitores pagos com as migalhas da mesa dos predadores de sempre, os sacrifícios pelo bem da pátria sempre são exigidos da massa trabalhadora em nome da ampliação da acumulação de riquezas por poucos que foram produzidas por todos.

                Devemos descobrir o que o ser humano precisa realmente para viver em comunidade cooperativa visando o bem estar comum, o que aí está já se mostrou ineficaz pelo alto desperdício que gera e está muito próximo do esgotamento o que bem sabemos sempre acaba por nos conduzir a guerras mundiais como esforço de saneamento global com suas tristes consequências para a humanidade.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Não Sou um Prêmio na Guerra entre o Céu e o Inferno.


                Reduzir-me ao embuste da luta entre o bem e o mal significa abrir mão da minha natureza humana, desumanizar-me em favor desta farsa que esconde sede de poder via manipulação da vontade privando o livre arbítrio, ninguém tem autoridade para definir e julgar qualquer coisa que seja senão o homem como arbitro de si mesmo. 


                Vozes iradas ecoam por todos os lados vomitando suas malditas verdades com o intuito de submeterem os outros a seus caprichos e vontades, lhes falta por completo idoneidade, quem esta com a sua verdade não necessita impingi-la aos outros a não ser por escusos interesses de espoliação.

                Por certo posso ler minha alma quando aos outros observo em suas falas em seus escritos, entretanto nada indica que possa entender o que se passa no interior de quem por meu olhar coleciono fatos externos, para tal necessitaria ter percorrido o mesmo caminho o que como vida é uma impossibilidade.

                Não existe a dualidade entre bem e mal, nós os seres humanos somos bem mais complexos, trabalhamos sempre um arco Iris de opções, escolhemos o caminho adequado às experiências próprias de cada um de nós, e esta coerência conosco mesmo traduz-se como nossa verdade.

                Então quando alguém aponta seu dedo em direção ao outro o acusando de um caminho equivocado, nada mais esta fazendo do que se protegendo da ignorância sobre si mesmo, não temos caminhos a apontar apenas podemos ajudar as pessoas a entenderem-se melhor a buscarem o prumo entre sua individualidade e sua vocação para o social, que por certo não é a convivência com um grupo que segue as mesmas regras e sim a vivência da diversidade através do respeito mutuo.

                Nosso céu existe dentro do nosso inferno sendo diferente de qualquer outro, toda vez que falamos em nome de uma divindade ou de uma população estamos golpeando a verdade impomos a nossa como revelação privilegiada de terceiros o que é um blefe com objetivos claros de obtermos vantagens indevidas.

                Esta guerra entre céu e inferno, não existe, nunca existiu e não existirá a não ser como usurpação do direito dos outros por imposição de vontades particulares em busca de vantagens indevidas à custa dos nossos iguais.

                Porque não buscarmos o caminho da convivência das diferenças entre os homens, pelo respeito à diversidade e a infinita capacidade de homens livres sempre andarem lado a lado, inteiros por si próprios não necessitam de ter seus irmãos como muletas para realizarem-se como seres humanos.

                Não precisamos de inimigos, necessitamos de amarmo-nos o suficiente para amar o outro sem julgá-lo, quem precisa de inimigo é quem conhece sua fraqueza como ser humano.