sábado, 26 de setembro de 2015

Algumas Cartas na Mesa

     Não escrevo em primeira pessoa por entender de respostas e sim por não saber as perguntas, por buscá-las com insistência e afirmá-las como rastos vivos de um existir, encontrada a questão certa, transito por um terreno mais calmo, sem sobressaltos, caminhando ao encontro de momentos de realidade, verdade relativa minha e são nesses que acredito nos eventos reais de cada um, para um instante muito específico de uma pessoa em particular temos a resposta correta para a pergunta certa, o que podemos definir como o orgasmo de um espírito, quantos mais o tivermos mais inteiros o seremos.

     As tentações são enormes para criar o meu deus, com ele conseguiria ter todas as respostas e obter todos os perdões, além do bônus de ser eterno, venço-as não por puritanismo e sim por teimosia, eu poderia estar mais próximo de naufragar na sedução do panteísmo, o famoso Deus sou eu e o todo, apenas não consigo gostar de bengala, transitando no meio que acredita no conceito de eternidade definida como o pequeno espaço de tempo onde como espelho sou confronto ao outro, assim oportunizo descobertas, concluo ser o contraponto para alguém já justifica por completo o existir.

     Não estamos falando de palco lotado, estamos falando do clamor no deserto, levantar a voz na solidão do homem para poder ser ouvido por si próprio, esse maravilhoso mecanismo de falarmos conosco mesmo, de concentrarmos argumentos nas diversas direções que se nos abrem cada tema, distribuindo nossos veredictos contraditórios na busca de um consenso conosco mesmo, sem dúvida uma dádiva abençoada com a qual nos contemplamos.

     Cada um tem a sua morte própria, pessoal intransferível exatamente do seu tamanho, verdade expressa pelo poeta Rainer Maria Rilke, dignidade perante mim mesmo é o meu sonho de morte, os outros nada tem a ver com isso é uma questão pessoal não passa por ninguém senão por mim mesmo, o que me permite ser aceito, marginalizado, reconhecido, contestado, apoiado, ignorado ou percebido e em quaisquer desses casos posso eu valorizar de forma positiva as opções de outrem por respeitar a sua dignidade.


     São essas algumas cartas na mesa que fazem neste momento a definição legítima e particular que direciona e justifica meus movimentos, descarto como fator de mudança os tão em moda agrupamentos e sustento para tal o desabrochar de individualidades que somadas em ritmo crescente vão transformando de dentro para fora este envelhecido modelo baseado na hipocrisia aí estabelecido.     

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

TI - No Mundo GeneXus é Hora de Peregrinação.

     Nossa Meca atende pelo nome de Montevidéu, nesta época do ano migramos por uma semana, o vigésimo quinto encontro anual do povo que trabalha com esta ferramenta de gestão de conhecimento, estarei entre os mais de mil peregrinos como desde sempre, expectativa renovada de refletir sobre as direções por onde andaremos nos próximos anos, somar um pouco, se possível, na amplitude das interações viáveis.

     Na eminência da civilização pós-industrial o software aumenta em muito sua importância por estar no subterrâneo de todas as iniciativas importantes de liberar o homem do foco no trabalho, libertando-o para a cultura e o lazer, que é o anúncio dos novos tempos que estão no porvir, todo esforço por facilitar sua construção é sempre bem-vindo, este é um espaço que a Artech fornecedora do GeneXus procura sempre bem preencher.

     Muito do nosso esforço deve ser dirigido em evitar o desperdício, lembro-me bem ainda quando na década de noventa, era um sonho acalentado pelo Engenheiro Breogán Gonda de sermos arquitetos de soluções, reaproveitando conhecimento existente, buscando sempre que possível a partir destes criar novos mundos, os novos tempos dizem não a repetição dos mesmos códigos milhares de vezes, necessitamos sim escrever código inovador e aproveitar o já construído pela comunidade de desenvolvedores.

     Muitas vezes confundimos tecnologia com inovação, inovação agrega valor à humanidade, tecnologia apenas a serve o que não lhe tira a importância, inovação hoje é liberar o homem do trabalho e facilitar-lhe o acesso à cultura, a tecnologia é necessária, mas definitivamente só avançamos com a inovação, existe toda uma vida pós-industrial a ser construída onde o foco principal é o homem e a sustentabilidade do planeta e para tal nossos softwares são peças chaves desde que comprometidos com esses princípios.

     Na GX2 temos refletido muito sobre processos ponta a ponta e sua cadeia de valor, pretendemos ter a felicidade das descobertas, que liberem o usuário final de todo o trabalho desnecessário, colocando em suas mãos a tecnologia que o possibilite ser inovador, bem o sabemos que isso só se constrói com a participação efetiva de todos envolvidos com a cadeia sustentável, onde não existe menor ou maior importância e sim a parte imprescindível do todo.


     O que levo na bagagem é apenas isso a vontade de estar com nossos companheiros, discutir com eles a construção deste mundo novo, dirigido à descoberta e não à produção, encontrando juntos os caminhos que nos façam mais felizes e completos como comunidade global em harmonia com a natureza.

sábado, 19 de setembro de 2015

Imersão no Passado, Exposição à Verdade.

     Privilegiado o espaço para a arte e a cultura nas agendas pessoais, esse passou a ter assento de horário nobre em quantidade e valor, não para alguns, sim para a maioria da população, consequência primeira desse fato a exposição à verdade interior de cada um, a filosofia renasceu associada a esse novo status das artes na sociedade, atingindo sua amplitude merecida que é a do tamanho da vida, vaticínio já pregado no passado correspondendo ao conceito de civilização pós-industrial, onde o trabalho perdeu sua condição de foco principal sendo substituído pela cultura.

     Novas e interessantes teorias apareceram para explicar a nossa existência, por certo ainda não conseguimos desatar esse nó, mas a vemos com olhos muitos mais abertos, uma valorização acentuada do presente, desse presente que insiste em se tornar passado, hoje pelo menos em ritmo menos alucinante, abriram-se as comportas para o aumento da convivência entre os homens e como condição imprescindível desta o culto à solidão como melhor preparação para a intensidade e fecundidade desses encontros.

     A verdade da morte como ápice da vida exige a troca de experiências físicas e intelectuais, gera o que seria tachado de uma leve irresponsabilidade em outras épocas, mas que de fato é a valorização da liberdade, só o livre arbítrio exercido em sua totalidade nos permite o relacionamento sem o jugo de preconceitos, igualitário por excelência, não estamos falando do “conheça-se a si mesmo” de Sócrates e sim do experimento da potência de Nietzsche.  

        Certamente vocês já se deram conta de que apesar da sofisticação tecnológica das estatísticas, o primado da vontade pessoal não nos permite ter certeza nem do número de humanos, muito menos das suas prioridades, o que vocês não podem ver é o momento de certa inquietação no espaço público compartilhado, alguns grupos analisam ecos de preocupantes ruídos sobre uma perda de individualidade, vindos de manifesta tendência em abdicar da possibilidade de pensar em troca de aderir ao pensamento já existente.         

     Lembrou-me um pouco da questão da Eva, do Adão, do paraíso e da maçã, minha pesquisa do passado sinalizou para um caminho de geração do caos através da ruptura da harmonia entre os próprios homens e da sua relação com a natureza, tem nos parecido claro, e cada vez mais partilhado é o repositório onde coloquei o tema, que urge investigar a história da humanidade, na busca de pistas sobre as motivações que levaram a essas alterações de comportamento com o intuito de não repetirmos o erro histórico.

     Quando fui desafiado a analisar aquele longínquo século vinte e um e seus três mil anos de história, quanto ao seu modo de relações sociais, perguntei-me aonde isso poderia me levar, qual tipo de contribuição aos meus pares isso traria, o desafio estava posto, o entendimento da precariedade que tinha levado o mundo a viver a fábula da torre de babel e a busca da vacina eficaz contra sua reincidência, é disto que se trata essa estória.


quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Imersão no Passado, Mutação da Política.

     A alegria da direita, com seu sonho de estado mínimo, encontra-se com a utopia da esquerda, a inexistência do estado, homens livres decidindo seus destinos é o momento político que abraçamos vocês podem dizer que é o velho sonho da anarquia, prefiro outra interpretação, atingimos a maturidade das relações humanas, no momento que encontramos a justiça social e a igualdade de acesso ao conhecimento, a questão dos poderes passa a ser secundária, mais do que isso é desnecessária.

     O poder judiciário tornou-se obsoleto pelo rearranjo das relações entre as pessoas, hoje qualquer diferença é resolvida entre as partes, ocorre à divergência imediatamente é estabelecido um repositório de pensamento específico que partilha as teses dos contendores, todas as argumentações são transparentes para a comunidade global, tornam-se públicas desde sempre, não há regra nem pressa alguma na obtenção do consenso, o importante é amadurecer o tema e suas respectivas argumentações, voluntariamente um ou mais mediadores integram-se ao processo, por regra todas as pessoas são candidatas a essa participação, o conflito então é fonte geradora de novas descobertas, nunca motor de desentendimentos, logo é desejável e saudável.       

     O parlamento foi extinto pelo simples fato de ninguém aceitar ser representado em questão nenhuma, isso por óbvio só se tornou possível pela capacidade que desenvolvemos de comunicarmos nossas ideias, independente de presença física, criamos espaços virtuais, onde participam desde um, dois integrantes ou até toda a humanidade, a capacidade desenvolvida da participação concorrente em tantos quantos desses espaços quisermos, nos permite partilharmos inúmeros outros plenários menores com esse global, coloquei anteriormente que temos uma só lei que é a aceitação inegociável da unicidade do individuo e sua plena liberdade de exercê-la, podemos resumir dizendo que estamos em sessão permanente não de legislar e sim de obter direções de consenso.

     O desmonte das máquinas de estado, em outras palavras a implosão do executivo, teve motivação e execução de modo muito simples, as mudanças na área do conhecimento e dos meios de produção por si só eliminaram as enormes estruturas de educação e saúde, o indivíduo passou a administrar a obtenção de conhecimento e o controle do seu corpo, o novo homem é multifacetado, não mais um especialista protegido pelos segredos de uma profissão, a eliminação das fronteiras significou de imediato o fim dos aparatos militares por sua perda completa de sentido, uma sociedade que se autogerencia condena judiciário, legislativo e executivo à morte e todas as suas estruturas à extinção.


     O que não gostaria que fosse conclusão de vocês que estamos em um momento do tudo resolvido, como poderão ver nos próximos depoimentos na verdade entramos na era das grandes questões, mas isso já é tema para outro dia. 

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Imersão no Passado, Mutação dos Meios de Produção.

     A tecnologia nos permite via sistemas de automação e orientação a gestão partilhada de conhecimento tornar a sociedade autossuficiente, sem intervenção do trabalho humano, capacitada a oferecer suporte às necessidades inerentes à vida no universo, construímos uma sociedade sem desperdício, onde é vedada a obtenção de gorduras, a paranoia do consumo foi extinta, o paradigma é produzir só o necessário com o conceito da obsolescência de produtos substituídos pela qualidade e longevidade, os meios de produção enfim tornaram-se um bem comum destinado apenas a servir ao homem e à natureza ao qual integra.

     Estamos inseridos em uma sociedade onde não há contrapartida a ser cobrada do ser humano, esse nasce com o direito às necessidades básicas de habitação, alimentação, vestuário, transporte e lazer e ao importante direito universal de ingresso aos repositórios do conhecimento hoje existente, acrescido da garantia de acesso a descobertas futuras que serão conquistadas pela humanidade, a síntese é que não temos mais proprietários de coisas, ideias e menos ainda de pessoas com a sociedade dedicando-se à plenitude do viver.     

     A questão do trabalho, de acordo com a hierarquia de importância por nós definida, após a questão educacional foi na sequência o processo que transformamos, hoje só admitimos um tipo de trabalho a ser realizado por nós, o que agrega valor à humanidade o que corresponde à ampliação do conhecimento através de novas descobertas bem como mecanismos de aumento de qualidade de vida, frente a tal enunciado nunca conseguiríamos justificar a utilização do mesmo na produção de objetos de consumo, que por sua característica de círculo de desperdício são como tal dano ao homem e à natureza.

     Trabalho Voluntário é o caminho único para se enquadrar  dentro do espírito proposto, espontâneo tanto na origem como na característica, sempre aberto à adesão de coparticipantes da comunidade e partindo do pressuposto de que não será a pressão pela sobrevivência e sim a vontade de construir algo que levará as pessoas a aderir a qualquer atividade, exclusivamente destina-se à satisfação pessoal e à construção de um mundo melhor a partir de grupos de interesse sem mediadores, sem incentivadores e sem ordenadores.

     Em nenhum momento menosprezamos o trabalho, ao contrário o estamos valorizando em nível de responder aos altos anseios de satisfação de cada um em particular, as pessoas dedicam as suas melhores horas respondendo a necessidades internas de acrescentar valor à cadeia inteligente da vida do planeta e sabedoras que seus esforços serão destinados a todos no usufruto igualitário dos benefícios obtidos, quanto a sequência do que necessito falar-lhes imagino já adivinharam, falaremos da política.       


domingo, 6 de setembro de 2015

Imersão no Passado, Mutação da Educação.

      Por questão de justiça com quem me lê, antes de me debruçar sobre as inquietações que movem essa estória, necessito contar-lhes algo sobre o processo recente que a nossa civilização vivenciou, caso contrário corro o risco de não ser entendido, como é público e notório as ideias só fazem sentido quando conhecemos o habitat onde elas florescem.

     Iniciamos a derrubada dos muros pela base de todas as coisas, a educação se é que podíamos chamar com esse nome o fantástico processo de demolição de indivíduos em nome da moral e ética civilizatória, tínhamos registrados indícios de alguns experimentos de mudança nessa área, processos que nunca frutificaram devido ao fato de que os melhores são esmagados pela maioria medíocre, isso como mecanismo de preservação da mesmice da civilização que por centenas de anos produziu seres adaptados socialmente em série. 

     Abolimos o conceito de ensinar, passamos a tratar do criar condições para o experimento de oportunizar descobertas, o que só é viável de ser realizado quando a responsabilidade passa a ser da comunidade, não existe escola, não temos professor, não se confecciona roteiros de aprendizado, não temos alunos, há sim o processo interativo entre sociedade e indivíduo com acesso universal a fortes repositórios de conhecimento acompanhado de modo participativo por todos os envolvidos.

     Natural do ser humano observar com curiosidade o seu entorno, o que é incentivado pela própria convivência, o resultado é espontâneo descobre-se oportunidades de agir, esse é o momento em que se entender como único capaz de decidir por si mesmo é o mais importante, apoio na execução dessa decisão pela comunidade envolvida é o próximo passo, segue-se o entendimento da responsabilidade pelo ato executado, todo o método tem como base informação, decisão e ação consciente, ninguém aponta caminho, descobrimos os caminhos possíveis, analisamos no tempo suas consequências, adotamos o que melhor nos convém.

     A evolução do homem quanto à unificação do corpo e do espírito, esse entendimento que são um só ser, a colaboração dessas duas entidades onde o espírito tem noção exata de cada parte de seu corpo e interage com o mesmo no sentido de fazê-lo andar na melhor saúde e na maior disposição, somado à comunicação aperfeiçoada com todos os outros homens e com a natureza foi o que permitiu essa quebra de paradigma.     

     Por certo essa ligação umbilical com a vida plena exige uma organização social que a ampare, como funciona? Deve ser o que estais a me cobrar agora; sob que fundamento pode ser viável esse viver apreendendo a ser? Bom, veremos outros aspectos da mudança ocorrida que talvez o esclareçam.        

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Maldito Estrangeiro Bendito!

     Quando as manchetes das redes sociais são de extrema intolerância, quando vemos a insensatez desta crise migratória enfrentada pela Europa, tantas pessoas terminando seus dias no sofrimento, o absurdo desta estrutura mundial de má distribuição de renda, é o momento certo de buscarmos apoio em grandes pensadores, meu escolhido nesta virada de mês foi o brilhante escritor Albert Camus esse franco-argelino de grande sensibilidade social, talvez por ter enfrentado o problema durante a sua infância e juventude, lendo e relendo seus escritos não consegui esquivar-me de mostrar-lhes nestas linhas a qualidade do pensamento que circula pela humanidade como contraponto ao injusto sistema implantado no planeta.        

     Em especial relendo "O Estrangeiro", livro de poucas páginas e enorme conteúdo, expressão legítima da inconformidade com o que temos, seu personagem é a própria negação da hipocrisia social que infelizmente insistimos em ampliar, é um cara que não consegue mentir para si mesmo o que intuo ser a maior especialidade do nosso mundo hoje, adoramos nos enganar com intuito de fugirmos da necessidade premente de mudança, transformamos vidas humanas em alimento para a insaciável sede de autodestruição que é a arapuca socioeconômica que criamos e onde somos escravos legítimos de regras ilegítimas por nós inventadas.

     A mim em particular me seduz a maneira como o personagem vai interagindo com as expectativas das pessoas com quem trava relações, ele percebe claramente a cobrança de fantasias do coletivo, que para ele não fazem nenhum sentido, entende perfeitamente os mecanismos de desejo de cada um na construção da relação pretendida para com ele, e o que é mais importante fornece como retorno sempre seu modo de pensar com transparência, a sua verdade é comunicada a outrem independente de saber que não é a resposta esperada, evitando em definitivo entrar no jogo que é tentar adivinhar o que o outro quer ouvir, jogo que globalmente nos acostumados a jogar.

     Quanto ao título explico-me, esta dualidade em relação ao estrangeiro passa pela sensação de interferência que nos causa uma cultura diferente da nossa quando nos confrontamos com ela, na verdade nos sentimos ameaçados por este cara tão diferente, não de nós, mas do imaginário que criamos em relação a nós mesmos, bendito por ser tão ele mesmo, pela sua condição primeira de indivíduo e maldito por me deixar inseguro por sua imagem diferente da que tenho de mim mesmo.  

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Imersão no Passado, Momento Atual.

     Quando falo em governo partilhado estou me referindo à opção feita de uma assembleia permanente de mentes, assim é como funciona a gestão planetária para nós, um dos repositórios de pensamentos é dedicado ao compartilhamento livre de todos os habitantes do planeta, é bom salientar que por habitante não especificamos os fisicamente presentes e sim os optantes pelo sistema.

     No geral a gestão funciona a contento, pois maiorias e minorias são sentidas por todos os participantes do repositório no momento, logo não necessitamos de escrutínio como no mundo antigo, também é muito bem delimitado o significado de governança global, considere que a única lei é a de que o individuo é soberano de sua vontade e quaisquer outras coisas se subordinam a essa liberdade individual.

     Além de trabalhar o desenvolvimento individual via aumento da qualidade de decisão por ampliação do conhecimento acompanhado de exercícios de visualização futura das diversas alternativas que apresentam cada oportunidade, trabalhamos forte o foco de reconstrução da natureza, recuperação de espécies e o sistema de comunicação com os diversos seres vivos, esses temas são no social aos quais mais nos dedicamos.

     Temos conseguido grandes avanços, podemos falar em estações do ano definidas como no passado longínquo, podemos falar em recuperação de fertilidade de espécies inclusive algumas que já estavam catalogadas como praticamente extintas e principalmente podemos falar em harmonia entre seres humanos.

     Como é de conhecimento público os pensamentos são em tudo livres, isentos de julgamentos, quando ocorre um pré-conceito é de imediato sinalizado, o grande postulado é de que a verdade é sempre pessoal e intransferível, compartilhamos verdades em pé de igualdade e as respeitamos como parte definidora de outrem não melhor nem pior do que ninguém.


     Manifestações de inquietação espalham-se como ondas em virtude de estudos sobre o comportamento humano no século XXI, questões referentes à justiça e à verdade, a estrutura de relações interpessoais fortemente apegadas a conceitos de consumo e exploração do homem, o que já identificamos como marca registrada do período, significaria nossa candidatura à reincidência? Estamos correndo o risco de quebra da harmonia? Considerando o que já fizemos no passado, alguns grupos começam a realmente se preocupar com isso.