A corrupção não
é um privilégio da área pública ocorre também na área privada, não é um
privilégio das nações pobres existe nas nações ricas, não é dos dias de hoje em
nossa pátria mas nos acompanha desde nosso descobrimento, talvez nossa
particularidade brasileira seja o seu uso para falsamente validar golpes
autoritários contra governos populares via chantagem moral.
Busquei
ao acaso uma definição para estarmos a conversar sobre uma mesma definição, “A
corrupção social ou estatal é caracterizada pela incapacidade moral dos
cidadãos de assumir compromissos voltados ao bem comum. Vale dizer, os cidadãos
mostram-se incapazes de fazer coisas que não lhes tragam uma gratificação pessoal”
conforme Calil Simão.
Apesar
de podermos transportar para quaisquer períodos destes mais de quinhentos anos
da história brasileira, a corrupção tornou-se instituição generalizada nos três
poderes com o advento da ditadura militar brasileira, gestada no golpe militar
de 1964, políticos e juízes necessitavam serem comprados para esconder o regime
de exceção, enquanto corria a violência de estado, alguns teriam que
representar uma peça teatral de normalidade democrática, como sabemos os cachês
dos artistas podem ser muito altos, porque de verdade só tínhamos um poder o
autoritário executivo.
Como a
ditadura foi muito longa criou-se não mais personalidades físicas nos três
poderes e sim famílias e agregados há usufruir muitas benesses em torno de cada
função, mantê-las e ampliar seu patrimônio transformou os três poderes em um
grande balcão de negociatas e é este o país que tivemos e temos até hoje, por
mais bem intencionado que seja ao entrar no jogo terá que se submeter as regras
internas do mesmo sob pena de não sobreviver no mesmo.
Dentro
do judiciário isto se coloca de maneira muito mais fácil, primeiro pela menor
exposição pública da função, segundo por que o judiciário nasceu para validar o
poder como força auxiliar de combate ao discordante, mas o que era uma facilidade,
pouca exposição, se tornou o canto da sereia se tanto temos porquê não
mostrarmos o quanto podemos, só o ter não foi suficiente para a vaidade tinha
mostrar que podia. .
Temos
hoje mais de duzentos milhões de habitantes e todos contra a corrupção, dos
outros é claro, os interesses internacionais com seus capatazes internos
pegaram muito bem a questão não se julga mais um programa de governo se julga
quem é contra a corrupção, os que saem e os que entram estão envolvidos quer
queiram ou não no esquema onde a corrupção é majoritária, um golpe jurídico-mediático
facilmente caem nas graças da população quando em nome do combate da corrupção
do outro.
Já foi
assim com a vassoura do Jânio, já foi assim com os marajás do Collor e é assim
com os comunistas do Bolsonaro, são colocados a serviço da espoliação das riquezas
nacionais o que só pode ser feito com grande aumento da desigualdade social,
mas infelizmente só atingem parte do objetivo por terem interesses pessoais
muito acima dos interesses da pátria fracassando como governantes, pois não tem
capacidade para tal acabam por matar a galinha de ouro e são tirados do poder
pelos mesmos que lá os colocaram.