Seu andar nos
caminhos do tempo não lhe permitiu evitar sucessivos momentos de convivência
com comportamentos sociais baseados em hierarquia de comando o que não lhe exigiu
muito esforço de análise para entendê-los como mecanismos cuja inteligência é
pré-histórica se examinarmos o quesito formas de organização social e mesmo não
se promiscuindo pesou no seu dia a dia essas características do engenho quanto
a sua ineficácia em relação aos seus objetivos, quanto a mostrar-se insalubre
emocionalmente para os envolvidos refletindo uma barbárie violenta e
principalmente por ser um teatro permanente onde cada um dos papeis são
representados sem vivência real dos mesmos.
No contraponto dessa
discussão ele avalia as funções colaborativas como um tema fascinante, para
falar em rede sem a pretensão de conhecimento específico de biologia reporta-se
sempre ao exemplo do corpo humano que funciona com eficiência e eficácia em
alto padrão onde todas as células nascem iguais e, na medida em que o todo tem necessidade,
cada uma é especializada em uma das muitas funções a serem executadas no
conjunto completo, sem a necessidade de hierarquia e comando cada qual fazendo
sua função, ele parte então para transpor esse princípio para as estruturas
sociais caminho pelo qual imagina conseguir nos sensibilizar para a construção
de um modelo justo.
O sucesso que
vemos em exemplos da natureza advém sempre da especialização e nunca do comando
estando mais para o conhecimento e exercício de sua natureza do que por
obediência a um terceiro, o comando é uma invenção nefasta e cruel do ser
humano por desatender os dois lados do jogo o comandante e o comandado, onde o
primeiro dedica-se grande parte do seu tempo útil a justificar-se perante si
mesmo com fantasmagóricas funções sociais e administração do medo de estar
sendo enganado, já o segundo obrigado a viver uma mentira permanente, dedica-se
à arte de encontrar reconhecimento fugindo habilmente do trabalho sem perder
sua condição de sobrevivência.