Disjuntos
curtiram o mesmo tom, dançando em lugares diferentes a mesma música, apesar do número
crescente somos poucos...
Andando a esmo
pelas calçadas de nossas cidades tropeço ante a cena insólita, aqueles dois de
mim perfeitos desconhecidos a enfrentarem-se, na calçada, na rua, nos bares,
nas casas, aos gritos troca de palavras ásperas quando não explosões de
violência física ou ainda exercícios de discriminação com humilhação pública, os
participantes são incógnitos a cena não o é, mais e mais vezes deparo-me com
ela e sempre resulta para mim a sensação de um nocaute próximo do bem querer.
Disjuntos
curtiram o mesmo tom, dançando em lugares diferentes a mesma música, apesar do número
crescente somos poucos...
Quando percebo
esbarro neste murro imaginário, de fato não tão ilusório porque força-me a
interromper a direção do realizar-me como potência, é o discurso e sua força de
possessão sobre o homem, o símbolo se faz criatura e a construção mental poder,
suplantando a própria força do existir, criado à imagem e semelhança deste,
funciona como plena justificação de atitudes dirigidas contra a vida, o que por
certo nos diminui por nossa transmutação de seres donos da existência para fantasmas
escravos das ideias.
Disjuntos
curtiram o mesmo tom, dançando em lugares diferentes a mesma música, apesar do número
crescente somos poucos...
Não estando em
fuga sinto-me foragido não encontro o mundo onde se enquadre o homem que
acredito, neste bailado sinistro do consumismo não me encaixo senão por engano
em momentos de fraqueza que por certo todos os temos, e quando tentado a
abraçar a violência e a fantasia das ideias conto com a luz de tantos outros
que como eu são estrangeiros neste modelo de sociedade para que possa aprumar
meu rumo na busca da sustentabilidade da vida.
Disjuntos
curtiram o mesmo tom, dançando em lugares diferentes a mesma música, apesar do número
crescente somos poucos...