Alguém
imagina que estas guerras já não iniciaram com ganhadores definidos, tanto Rússia
quanto Israel já as ganharam antes de inicia-las, mas como todos sabemos o
grande ganhador é a indústria armamentista que precisa expor seus brinquedos em
ambiente mais próximo do real possível.
Só não
temos uma outra na fronteira da China porque esta tem tido uma cautela impressionante
em fugir destes jogos belicosos para manter foco no seu desenvolvimento interno
e nas suas relações internacionais.
O mais
impressionante é que os raciocínios desenvolvidos para apoiar um dos lados em
uma das guerras servem para ser exatamente o oposto na outra, como é um
brinquedo entre os poderosos a contradição é defendida sem nenhuma preocupação
com a coerência.
Envolve-se
a opinião publica á tomar partido em algo que por natureza é doentio, usando o
fabuloso mecanismo de construção de verdades com seus influenciadores na mídia
e nas redes sociais pagos em boa moeda.
Os sacrifícios
que todos fazemos para manter a indústria da guerra, com seus altíssimos
orçamentos militares e a quantidade de vida humana desperdiçada são considerados
louváveis em nome de doutrinas que nunca se justificaram.
Desde
que o homem inventou a cerca, assumiu como seu o direito de estendê-la sobre as
terras do vizinho, e assim construiu o direito a matar em nome da propriedade,
da pátria e da família.
Tanta
gente de boa vontade, amantes da paz, já defenderam o fim das cercas, mas como
exercer o poder sem mantê-las, o poder necessita delas para exercer seu
despotismo e explorar o seu próximo.
Na
década de sessenta do século passado avançamos muito no questionamento destas
tendências belicosas, porém os mecanismos de poder foram rápidos em absorver
esta rebeldia e criaram mecanismos de sujeição da maioria potentes que hoje nos
acorrentam e os mantém.
Mais do
que nunca está na hora de estabelecermos um forte questionamento de tudo que
está aí exposto como civilização, precisamos acabar com a indústria do direito
a escravizar o homem pelo próprio homem.