segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Somos um Espaço Público em Construção.


                Sopram os ventos em tempos de mudança, o que vemos já mais não é, apenas representa o vazio dos novos tempos, embora todos saibamos que em gestação está o que ainda não conhecemos convivemos com expectativa do que virá sem saber o que será.

                O momento é tenso como em qualquer instabilidade da história, o novo ainda não chegou e o que temos é apenas momentos patéticos de baixa estima ocupando o espaço, que por certo nada representam a não ser uma brutal falta de humanidade.

                Nada temos a temer pois o que aí está é natimorto, mesmo não sobrando pedra sobre pedra, mesmo assim elas aí estarão disponíveis para a nova construção, esta avalanche de destruição é caminho inevitável da sociedade em construção.

                Mantermos a comunicação continuada entre nós, criarmos os laços necessários para ampararmos o que está para nascer é a mais importante rede de solidariedade que podemos estabelecer através da empatia vocação primeira do ser humano.

                Pode parecer enlouquecedor, pode parecer desalentador, pode parecer destruidor, mas é apenas o ar revolto que antecede a bonança, os seres humanos se reconstroem de momento em momento em sua insuperável capacidade de adaptação há mudança.

                Preenche o vácuo um discurso vazio ignorante e odioso transvestido de pensamento humano, mal sabem eles que nada tendo a somar apenas são fermento que há de fazer crescer a resistência de onde nascerá o novo espírito do homem.

                Nada de desalento, nada de desesperança, enquanto eles pensam que vieram para ficar nós sabemos que não tem substância para se manterem, suas pseudoverdades de hoje mostrar-se-ão frente ao tempo as mentiras que sempre foram, até porque verdade não tem dono apenas revela-se no tempo.

                A solidariedade entre os seres humanos em busca da liberdade e da igualdade como instrumento de justiça, prevalecerá contra a discriminação e o ódio pelo simples motivo de serem capazes de construir, nos cabe apenas solidificar nossa unidade, dela não abrindo mão, assim acontecendo o espaço público em construção.