Sopram
os ventos em tempos de mudança, o que vemos já mais não é, apenas representa o
vazio dos novos tempos, embora todos saibamos que em gestação está o que ainda
não conhecemos convivemos com expectativa do que virá sem saber o que será.
O
momento é tenso como em qualquer instabilidade da história, o novo ainda não
chegou e o que temos é apenas momentos patéticos de baixa estima ocupando o
espaço, que por certo nada representam a não ser uma brutal falta de
humanidade.
Nada
temos a temer pois o que aí está é natimorto, mesmo não sobrando pedra sobre
pedra, mesmo assim elas aí estarão disponíveis para a nova construção, esta
avalanche de destruição é caminho inevitável da sociedade em construção.
Mantermos
a comunicação continuada entre nós, criarmos os laços necessários para
ampararmos o que está para nascer é a mais importante rede de solidariedade que
podemos estabelecer através da empatia vocação primeira do ser humano.
Pode parecer
enlouquecedor, pode parecer desalentador, pode parecer destruidor, mas é apenas
o ar revolto que antecede a bonança, os seres humanos se reconstroem de momento
em momento em sua insuperável capacidade de adaptação há mudança.
Preenche
o vácuo um discurso vazio ignorante e odioso transvestido de pensamento humano,
mal sabem eles que nada tendo a somar apenas são fermento que há de fazer
crescer a resistência de onde nascerá o novo espírito do homem.
Nada de
desalento, nada de desesperança, enquanto eles pensam que vieram para ficar nós
sabemos que não tem substância para se manterem, suas pseudoverdades de hoje
mostrar-se-ão frente ao tempo as mentiras que sempre foram, até porque verdade
não tem dono apenas revela-se no tempo.
A solidariedade
entre os seres humanos em busca da liberdade e da igualdade como instrumento de
justiça, prevalecerá contra a discriminação e o ódio pelo simples motivo de
serem capazes de construir, nos cabe apenas solidificar nossa unidade, dela não
abrindo mão, assim acontecendo o espaço público em construção.