Assim como na tragédia grega, tão
valorizada por Nietzsche, um pouco antes da entrada do coro e da orquestra,
também aqui vou anunciar o que pretendo com esta Regressão de Corpo e Alma,
espero no final todos estarmos preparados para viver a apoteose estética e
sensorial do “ditirambo”, expressão máxima desta.
Na psicanálise os especialistas dão muita
importância, ao voltar no tempo com o objetivo de esclarecer o presente, a discussão
permanente e continuada dos diversos flashes no tempo, detectando e analisando marcantes
pontos de impacto em uma existência, o que termina por permitir limpar o
presente das amarras colocadas pelo outro, eliminando as diversas falsas aparências
visualizadas durante a vida.
Bom
minha proposta passa por aí vamos dissecar estes marcos da vida de meu
personagem, pequenos fatos congelados no tempo e tentar reconstruir o hoje
deste protagonista, conto com vocês para juntos deciframos quem e o que é o
misterioso ser.
Bom não podemos com certeza prever que todos
verão a mesma figura, o mesmo ser humano, talvez tenhamos um ser multifacetado impossível
de ser reconstruído em um só espaço, que seja, vamos buscar conhecer esse cara
pelos seus rastros, vocês e eu funcionando como equipe.
Depois podemos sentar em uma mesa de bar,
organizarmos um “ditirambo” como na tragédia grega e invocarmos sobre a mesa a
figura exata que detectamos sua personalidade limpa de interferências
psicossociais, ou caso incapaz, criarmos nossa torre de babel onde
desencontrada resulta apenas um borrão por sobre a mesa.
O que tenho hoje em mãos são milhares de
palavras que anotei durante inúmeras sessões de regressão partindo do hoje até
o seu mais antigo passado recuperável, claro o que ainda não fiz e o quero
fazer com vocês é olhar na sequência cronológica da vida dele, por isso vamos publicação
a publicação para ver o que conseguimos.
Que seja o que a Natureza quiser, esse é o
desafio proposto, já comprei esta briga, imagino alguns de vocês também o
farão, vamos analisar o momento de cada publicação e projetar o hoje do
personagem como justa e direta consequência da sequência de momentos vividos, bom
em frente...