Nada
mais conservador do que fazer o mesmo de uma maneira nova, colocamos todo nosso
esforço hoje na inovação desistindo de obtermos quebra de paradigmas, estamos
apenas aperfeiçoando para não mudar.
Confesso
ser um dos beneficiados deste processo, pois quase tudo hoje passa pela TI
quando falamos de inovação, porém meu eu solidário rejeita o “Ainda somos os
mesmos e vivemos como os nossos pais” como dizia o saudoso
Belchior.
O que
pretendo colocar é que investimos muito trabalho e esforço em aperfeiçoar o
modelo que aí está, que por sinal tem se mostrado um grande fracasso em sua
relação com a natureza e com a comunidade humana, desistindo de reescrevermos
nossa história.
Colocar
tecnologia avançada em cima de nossos modelos equivocados de sociedade apenas
ajudam a aumentar nosso insucesso, qual o avanço que podemos enxergar entre o
primitivo bater na porta pessoal, o centro de chamadas telefônicas e o chatbots
onde uma programação de computador substitui os primeiros? Nenhum apenas continuamos
fazendo o mesmo com maximização dos lucros e depreciação do trabalho humano.
Estamos
em uma luta ferrenha, apoiada em grandes avanços tecnológicos, para mantermos e
ampliarmos as desigualdades sociais dedicando enorme esforço para mantermos a
falência social que hoje vivemos, infelizmente sem construções que permitam
atingir um novo patamar de bem estar mundial.
Tal
qual um ciclone a vida moderna arrasa com tudo nos mantendo ocupados em seu
interior a nos equilibrarmos na turbulência, sem tempo de refletirmos sobre os benefícios
que o nosso trabalho possa trazer para a humanidade.
Um
basta a este processo necessita ser obtido e com urgência, precisamos colocar
tecnologia a serviço do homem e da sua emancipação apoiando-o a ser
colaborativo na comunidade e na natureza.
Por
óbvio isto só será obtido quando recuperarmos a individualidade crítica ao
contrário do que ocorre hoje onde apostamos todas as fichas no aparelhamento do
ser humano ao efeito manada.
Romper
com o conservadorismo deve ser nossa aposta.