domingo, 13 de outubro de 2024

A Perfeição é uma Merd..., Ops Meta!

 

               Este refrão forte da canção de Gilberto Gil, em seu final nunca consegui ouvir como meta e sempre como merd..., algum problema psicológico por traz deste fato, talvez, mas sempre considerei a ideia de perfeição um injusto domínio da razão sobre os sentidos.

 

               Os sentidos, que hoje sabemos são muito mais do que cinco, quantidade que a humanidade ainda não tem condições de definir, são os que alimentam a razão como atividade extra além da principal que é possibilitar vida.

 

               Já a razão, super pressionada e influenciada por terceiros, é uma construção complicada e rebelde aos sentidos, se somos adeptos da vida por sua ação nefasta corremos o risco de deixar de vive-la.

 

                  Perfeito, por si só é uma farsa, quem o define, com que autoridade, como aplica-lo em tão diferentes experiências de vida senão como uma experiência autoritária de quem não tem este direito.

 

               Não nascemos iguais, não tropeçamos em circunstâncias similares, não temos nem mesmas mortes, ser humano significa uma construção feita com ajuda de todos os sentidos em reação aos múltiplos acasos.

 

               Temos aí um trabalho muito particular de cada um de nós, montar este quebra cabeça tão especial que é cada ser humano, buscando em si como maximizar cada momento da sua existência.

 

               Como racionais construímos esta dualidade entre o bem e o mal, no dia a dia não há bem que não contenha o mal, nem mal que não contenha o bem, somos multifacetados e não duais.

 

               Sempre que possível devemos fugir deste curral, que são conceitos imputados em cada um de nós com o propósito de delimitar nossos passos, assim nos tiram a força de interpretar cada um dos nossos sentidos, nos conduzindo mais para a morte do que para a vida.

 

               Interpretar os sentidos não é uma tarefa fácil, complicada ainda mais por um time de entendidos sempre dispostos a interferir na nossa vida, mas esta tarefa de grande isenção é tão somente ela que nos possibilita viver em plenitude.

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