Imagine,
você de um lado eu do outro lado em frente a você. Para começar de instante a
instante para cada um de nós a vida nos oferece múltiplos caminhos, estamos
sempre decidindo cada um do seu lado, por certo em algum momento caminhamos
juntos, em outros nos cruzamos.
Vamos
ampliar esta complexidade, pois frente a mim e a você aparecem outras tantas pessoas,
cada qual como nós a escolher e seguir momento a momento seu caminho, isto
torna infinitas as possibilidades de uniões ou colisões de rotas.
Avançamos
um pouco mais à medida que nos defrontamos, estamos usando a especulação dos
diversos caminhos do outro, com o intuito de nos conhecermos e escolhermos no
momento nosso caminho.
Obviamente
que nos conhecemos muito pouco para saber qual o melhor caminho a escolher,
menos ainda conhecemos o outro para sequer imaginar qual o caminho que ele vai
tomar.
Também
bem o sabemos, à medida que escolhemos e seguimos um caminho, inúmeras outras novas
encruzilhadas nos serão oferecidas, ou seja, nunca estaremos isentos a
incerteza.
Novamente
lembro que tudo isto é multiplicado pela quantidade de encontros que a vida nos
oferece, sendo que todos interferem uns aos outros nos fazendo funcionar como
uma montanha russa de emoções.
Sempre
que não matamos nosso espirito critico, nossa ambição por liberdade pessoal,
nossa gana de viver a melhor vida, é assim que vejo as relações humanas.
Sim,
esta permanente incerteza sobre o futuro, é o que nos torna ‘Unos’ no presente
e está muito claro que tão somente o presente existe, complementando ainda
podemos dizer que o passado em nada pode nos ajudar.
Vamos lá, o passado é uma ficção para nós mesmos o criamos conforme nossos mecanismos de defesa, o futuro nem ficção é apenas um buraco negro de incertezas, sobrou o presente que é o confronto entre o eu e o outro.
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