Só não
somos imortais devido a vocação explicita do universo ao caos, sendo este tanto
responsável por nossa existência quanto por sua finitude, sonho e poesia são
sim seu contraponto na busca da imortalidade.
Ao
contrário da maioria que vê no sonho e na poesia irrealidade e fantasia, sou um
dos que acreditam que de fato são a vida, organizam-nos na busca da imortalidade
em luta constante contra o caos.
São
contrapontos poderosos, tanto caos como sonho e poesia, pois tudo a ambos é
permitido não existem barreiras para seus propósitos além do próprio confronto
e talvez este justo combate seja a própria definição de vida.
O caos é
poderoso, científico, quase inabalável, tanto é que nos gerou em seu seio,
também nós armados do sonho e poesia, somos os filhos rebeldes a desafiá-lo,
capazes também de gerar.
A
capacidade de criar é o poder de ambos, exercê-lo infinitamente é a vocação do
caos, de nossa parte precisamos lutar contra nós mesmos, momento a momento, nos
recriando para a imortalidade.
Em
nenhum instante temos o direito de permitir que a desorganização nos arrebate,
cada novo sonho realizado nos enche de vida, cada nova poesia feita em seus
diferentes canais de expressão é uma vitória gigantesca contra a morte.
Fomos
feitos pelo acaso, porém com vocação para a vida infinita, e cabe tão somente a
nós exercê-la, esta vocação para o infinito sempre dirigida a abraçar o outro
nosso igual, é o nosso bem maior.
Unos
somos poderosos, andando lado a lado em cooperação mais ainda, à medida que o
sonho e poesia nos libertam da tendencia ao finito nossas possibilidades ampliam
e poderemos realizar a fusão perfeita entre corpo e espirito.
Diferente
dos profetas da competição e do consumo que só trazem destruição, seremos os
profetas do sonho e poesia que nos trazem vida prazerosa e eterna.
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