segunda-feira, 30 de setembro de 2024

Muita Arte, Beleza e Qualidade cinema Tcheco Eslovaco Anos 60.

 

               Sempre a Cinemateca Capitólio a nos disponibilizar imersão em arte pura, desta vez com apoio das embaixadas das Republicas Tcheca e Eslovaca, uma mostra de filmes de alta qualidade que nos põe frente a frente com a primavera de Praga nos anos 60.

 

               Ansioso desde já de ver os filmes desta semana, quero compartilhar esta experiência por mim vivida na tela grande, confesso que não vi todos, mas os que vi, foram extremamente gratificantes.

 

               Em especial quero destacar dois o Eslovaco 322 e o Tcheco Bons Companheiros, temas muito diversos entre si, mas que nos devolvem a memória de uma época brilhante do pensamento, da visão de sociedade e da vivência da humanidade, os anos 60.

 

               Podem sim objetar restrições a minha opinião, até porque tendo participado daqueles anos, sou suspeito confesso, mas foram horas maravilhosas de imersão em um cinema critico que se propõe a repensar a humanidade.

 

               Me senti, e acredito que mexer com a nossa sensibilidade é o objetivo maior da sétima arte, revivendo toda uma época muito especial, as milhares de perguntas e tentativas de respostas estavam em particular nestes dois filmes presentes.

 

               O ser humano aparece nos mesmos em sua potencialidade máxima com tudo que tem de mais forte e de mais fraco, sempre focado em viver em uma desejada coerência com sigo mesmo, mesmo consciente do escasso número de certezas em relação a si mesmo.   

 

               A primavera socialista Tcheco Eslovaca foi um momento extremamente favorável ao ato de criar, seu cinema demostra isso e deixa seu testemunho para nós nos dias de hoje, criar é sim possível.

 

               Gosto, sempre que consigo, sair assim de um filme, motivado, envolvido e transformado, estes 15 dias de cinema Tcheco Eslovaco tem obtido este êxito comigo, sou muito grato a estes diretores e atores que tão bem exerceram seu trabalho.

 

               Lembro também que não foi só lá que esta qualidade de cinema ocorreu, nesta mesma época estávamos vivendo no Brasil o cinema novo, também de qualidade ímpar, tempos gloriosos do cinema Francês, italiano e tantos outros.

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Toda e Qualquer Ação Esconde uma Intenção.

 

               Sempre apenas enxergamos a ponta do iceberg, existe um mar de intenções por traz de cada ação de outrem por nós visualizada, e nos é completamente vedado navegar no conhecimento deste oceano.

 

               Claro especulamos, construímos múltiplas hipóteses, todas elas completamente limitadas por nosso existir, que é particularmente diferente do outro, logo impossíveis de coincidir.

 

               O próprio executor da ação, apesar de estar convicto de entender as motivações da mesma, tem escondido de si mesmo as reais razões de sua realização, somos o esconderijo perfeito das nossas mais profundas intenções.

 

               Também, nem todas ações, são executadas para o nosso bem, não que não o queiramos, apenas nos falta clareza das reais intenções devido ao fato de que sempre somos insuficientes do conhecimento de nós mesmos.

 

               Caso você pense que este pensamento é cético, lhe advirto o contrário, é extremamente crédulo pois nos joga ao encontro de nós mesmos e do outro, escavando as intenções em nós mesmos e no outro encontramos o conhecimento.

 

               Na verdade, compreender este mecanismo nos remete a um espirito investigativo, que por si só, provoca uma grande expansão do nosso eu, rumo ao continuo auto crescimento, é um processo de universalização do nosso pensar.

 

               Tenho algumas pistas, de fato sempre temos, do que me faz colocar isto no papel, por certo são ações de terceiros vividas por mim, que apesar de não conhecer suas razões, me levam a meditar sobre as contingências do ser humano que somos.

 

               Também não sei se tal reflexão ajuda, não há nenhuma pretensão nisto, é uma reflexão intimista que me propus a compartilhar, talvez para cumprir a sentença da nossa principal vocação, como diria Rainer Maria Rilke, de nos lançarmos em direção ao outro.

 

               Vamos esquecer as intenções, a ação está aí exposta, foi útil para mim expô-la, e caso tenha alguma utilidade para mais alguém me será de muita felicidade.      

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Contraponto ao Caos, Sonho e Poesia.

 

               Só não somos imortais devido a vocação explicita do universo ao caos, sendo este tanto responsável por nossa existência quanto por sua finitude, sonho e poesia são sim seu contraponto na busca da imortalidade.

 

               Ao contrário da maioria que vê no sonho e na poesia irrealidade e fantasia, sou um dos que acreditam que de fato são a vida, organizam-nos na busca da imortalidade em luta constante contra o caos.

 

               São contrapontos poderosos, tanto caos como sonho e poesia, pois tudo a ambos é permitido não existem barreiras para seus propósitos além do próprio confronto e talvez este justo combate seja a própria definição de vida.

 

               O caos é poderoso, científico, quase inabalável, tanto é que nos gerou em seu seio, também nós armados do sonho e poesia, somos os filhos rebeldes a desafiá-lo, capazes também de gerar.

 

               A capacidade de criar é o poder de ambos, exercê-lo infinitamente é a vocação do caos, de nossa parte precisamos lutar contra nós mesmos, momento a momento, nos recriando para a imortalidade.

 

               Em nenhum instante temos o direito de permitir que a desorganização nos arrebate, cada novo sonho realizado nos enche de vida, cada nova poesia feita em seus diferentes canais de expressão é uma vitória gigantesca contra a morte.   

 

               Fomos feitos pelo acaso, porém com vocação para a vida infinita, e cabe tão somente a nós exercê-la, esta vocação para o infinito sempre dirigida a abraçar o outro nosso igual, é o nosso bem maior.

 

               Unos somos poderosos, andando lado a lado em cooperação mais ainda, à medida que o sonho e poesia nos libertam da tendencia ao finito nossas possibilidades ampliam e poderemos realizar a fusão perfeita entre corpo e espirito.

 

               Diferente dos profetas da competição e do consumo que só trazem destruição, seremos os profetas do sonho e poesia que nos trazem vida prazerosa e eterna.

 

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Nenhum Direito a Divulgar Informações Falsas.

 

               Não se iluda, produzir ou reproduzir noticias falsas, não é uma liberdade individual, nada nem ninguém pode lhe dar este direito e sempre que não tenhas condições de comprová-las sendo sua ou de terceiros, estais lesando seres humanos.

 

               Por traz da divulgação de uma notícia, sempre a uma intenção e no caso específico da notícia falsa o seu dolo deve ser multiplicado pela amplitude do seu público, o que o torna réu frente a comunidade humana.

 

                As grandes mídias já são responsáveis por uma repetitiva desinformação da sociedade, atiçando as pessoas com exóticas informações, este é um processo de alienação do ser humano, seu objetivo é apenas o lucro e a condução da opinião pública.

 

               Hoje, os grandes patrocinadores financeiros do mercado, jogam muito dinheiro em ‘influenciadores’, na busca deste dinheiro estes estão fazendo qualquer coisa para cumprirem os objetivos de seus chefes.

 

               O ‘influenciador’ como qualquer executivo está em cima do muro, pressionado pelos patrões e seu público, tem obrigação de agradar quem o ouve para ampliar sua audiência e assim poder garantir as metas do seu chefe.

 

               Estamos sim, como sociedade, muito vulneráveis a projetos socioeconômicos do topo da pirâmide, que por sinal não são indivíduos livres e sim executivos de elite de um movimento de escravidão amplo dos seres humanos.

 

               Hoje quando se fala em autonomia da inteligência artificial, e uma possível rebelião ao ser humano, estamos esquecendo que isso já existe no mundo globalizado, um mecanismo muito mais poderoso, sim, pois tem a engenhosidade do nosso pensamento a atuar como um todo sobre cada um de nós.

 

               Infelizmente, além dá denuncia, estamos completamente perdidos em relação ao caminho para sanar esta doença que nos devora por dentro, urge sim buscarmos uma solução para este dilema e encontrar o caminho da liberdade.

 

               Esta é uma missão de cada um e de todos, libertarmo-nos da escravidão para podermos viver em plenitude e gozo, que é nosso direito primordial. O triste mundo de guerras e desesperança não está aí por acaso.

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Relações Humanas - Os Conflitantes Caminhos.

               Imagine, você de um lado eu do outro lado em frente a você. Para começar de instante a instante para cada um de nós a vida nos oferece múltiplos caminhos, estamos sempre decidindo cada um do seu lado, por certo em algum momento caminhamos juntos, em outros nos cruzamos.

 

               Vamos ampliar esta complexidade, pois frente a mim e a você aparecem outras tantas pessoas, cada qual como nós a escolher e seguir momento a momento seu caminho, isto torna infinitas as possibilidades de uniões ou colisões de rotas.

 

               Avançamos um pouco mais à medida que nos defrontamos, estamos usando a especulação dos diversos caminhos do outro, com o intuito de nos conhecermos e escolhermos no momento nosso caminho.

 

               Obviamente que nos conhecemos muito pouco para saber qual o melhor caminho a escolher, menos ainda conhecemos o outro para sequer imaginar qual o caminho que ele vai tomar.

 

               Também bem o sabemos, à medida que escolhemos e seguimos um caminho, inúmeras outras novas encruzilhadas nos serão oferecidas, ou seja, nunca estaremos isentos a incerteza.

 

               Novamente lembro que tudo isto é multiplicado pela quantidade de encontros que a vida nos oferece, sendo que todos interferem uns aos outros nos fazendo funcionar como uma montanha russa de emoções.

 

               Sempre que não matamos nosso espirito critico, nossa ambição por liberdade pessoal, nossa gana de viver a melhor vida, é assim que vejo as relações humanas.

 

               Sim, esta permanente incerteza sobre o futuro, é o que nos torna ‘Unos’ no presente e está muito claro que tão somente o presente existe, complementando ainda podemos dizer que o passado em nada pode nos ajudar.

 

               Vamos lá, o passado é uma ficção para nós mesmos o criamos conforme nossos mecanismos de defesa, o futuro nem ficção é apenas um buraco negro de incertezas, sobrou o presente que é o confronto entre o eu e o outro.