sábado, 9 de dezembro de 2023

Sou Muito Pouco para o Muito que sois.

 

               Sem precipitação adianto que o meu muito pouco não é menor nem maior do que o seu muito, estamos tão somente tratando das intersecções entre teus e meus desejos com o modelo de desejos oferecido.

 

               Como construir uma sociedade de consumo sem modelar um conjunto de desejos e trabalhar freneticamente para que os mesmos sejam parte do modelo mental da maioria dos seres humanos.

 

               Então voltando ao primeiro parágrafo, meu muito pouco é a falta de aderência a este pré-fabricado modelo de desejos e o seu muito é a opção sua pelo mesmo, resulta que na vocação de ambos de lançarem-se um ao outro ficamos em dificuldade para seguir um mesmo caminho lado a lado.

 

               Somos seres vivos com uma incrível condição de adaptabilidade, tanto as condições naturais como nas construídas pela própria humanidade, mas todos nos adaptamos de maneiras diferentes particulares de cada um.

 

               Por princípio a infância, a pré-adolescência e está ultima em particular imprimem um modo operante que vamos levar a partir dos tempos como guia comportamental para enfrentarmos os diversos acasos do porvir.

 

               As décadas 50/60/70 foram propícias a desenvolver indivíduos de perfil anárquicos e revoltados, como fruto de grandes mudanças do pós-guerra e este time se adapta ao controle social dos desejos estabelecidos a partir de 80, questionando-os um a um, portanto como consequência rejeitando a maioria.

 

               Esse processo por certo os torna recessivos ao mundo de consumo, conseguem compreender perfeitamente as necessidades do outro, entretanto há não ser sob farsa, não conseguem viver o que não acreditam.

 

               Continuamos insistindo que não há melhor ou pior nestes diferentes comportamentos, são apenas as diferentes faces dos seres humanos no existir e que por certo temos que valorizar com muito respeito.       

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